Neste mesmo espaço e nesta mesma cidade fiquei a conhecer
projectos e pessoas apostadas na sensibilização para o meio
ambiente e também para a inclusão de pessoas de etnia cigana.
Clarisse Lobo, ao centro na imagem, e a sua equipa de causas
do Mundo da Lua (ver mais em: www.mundodalua.org) tiveram
a generosidade de ir ter comigo para me falar dos seus sonhos.
É incrível como nos tempos que correm, em que tudo à nossa
volta é tão duro e adverso, tantas pessoas estão tão apostadas
em recriar, em construir, em renovar e em manter um sentido
positivo sobre uma realidade que também pode ser negativa.
Ao meu lado esquerdo na fotografia, está o Jorge Sousa, hoje
já um grande amigo que conheci no MEP, que me acompanha
nas minhas andanças pelo norte, é engenheiro e trabalha na
Quimonda. Ou antes, trabalhava, pois as últimas notícias dão
como certo o encerramento desta empresa. O Jorge tem sido
um grande exemplo e um testemunho de verdade e coragem.
Também ele constrói com sentido positivo a partir do negativo.
Fiz uma pequena entrevista a Clarisse Lobo sobre um projecto que
ainda estão a preparar. Chama-se "Rio para não chorar" e se tudo
correr bem vai contribuir para recuperar grande parte do lixo que há
no Rio Ave, um dos rios mais poluídos da Europa, que muda de cor
todos os dias por causa das descargas das tintureiras nas margens.
Este e outros projectos vão hoje ser reapresentados oficialmente a quem
tem o poder de decidir e de lhes dar sequência. Espero que corra tudo bem
e que esta equipa possa finalmente dar gás ao "Rio Para Não Chorar" e, ainda,
ao "Ciga-nos Para a Igualdade", o nome do projecto de inclusão de pessoas de
etnia cigana. Obrigada Clarisse pela alegria e por esta sua equipa extraordinária!
Toda esta gente trabalha em condições adversas, num tempo
difícil em que é muito mais fácil desistir e baixar os braços do
que arregaçar as mangas e construir. Trabalham com voluntários e
desempregados de longa ou curta duração e envolvem-nos a todos
em projectos comunitários e de sensibilização em áreas fundamentais.
Imagem que vale por mil palavras. Não preciso de dizer mais
nada, pois não?Vi este cartaz numa rotunda de Leiria e deixo
aqui o apelo que se lê em letras garrafais e mais o endereço
para quem quiser contribuir para aquecer estas pessoas.Os
sapatos são apenas um contributo mas podemos dar mais!
Casa cheia ontem à noite na Travessa das Pedras Negras,
a Sede Nacional do Movimento Esperança Portugal.OMEP
é um movimento curioso que desperta um interesse cada
vez maior e reune à sua volta cada vez mais gente diferente.
A diversidade dos que se juntaram para fundar este partido
que é mais um movimento de cidadãos que se dispôem a
ir a votos, é fascinante e muito agregadora. Embora eu não
pertença à estrutura do partido estou de alma e coração no
MEP e reconheço que há pessoas de todas as origens, com
percursos profissionais e histórias de vida complementares.
Nesta imagem, a Maria de Assis Swinnerton apresenta aos
presentes as exposições e os artistas que contribuiram para
esta festa de inauguração. Havia várias salas com obras de
arte de artistas plásticos que quiseram colaborar com o MEP.
A sede do MEP está giríssima e as salas mais performativas
dos artistas estavam lindas. Parecia mais um acontecimento
cultural do que político e isso trouxe mais alegria e uma outra
profundidade à festa. Nas imagens estamos sempre a rir ou
a sorrir porque na verdade esse é o clima deste 'dream team'
que se juntou para criar um partido apostado em fazer mais e
melhor e em construir uma política da esperança. Até Obama
ninguém sabia exactamente o que queria dizer esta coisa da
'política da esperança' mas com a sua eleição ficámos mais
conscientes do valor que tem acreditarmos no nosso trabalho.
E percebermos que a verdadeira esperança é aquela que nos
faz agir e dar passos no presente para construir bem o futuro.
Margarida Cabral a cortar a fita que
marcou uma nova era de um novo
partido político. Grande momento!
P.S.: Só mais uma coisa: a partir desta noite o meu novo blog vai estar online. De hoje em diante tudo o que se relacione com a minha candidatura ao PE pelo MEP vai estar no blog crónicasdecampanha. Mas é só a partir desta noite! Até lá há este.
Este pequeno vídeo mostra de forma eloquente que uma imagem vale
por mil palavras. Cerca de 250 alunos da Escola de Avelar esperaram
pelo Salvador no ginásio e bateram palmas quando entrou. Chegámos
com um atraso de meia hora devido ao mau tempo e aos enganos nas
estradas secundárias mas os alunos permaneciam firmes no seu posto.
Agora que cheguei a Lisboa depois de horas de estrada debaixo de chuva,
estou demasiado cansada para resumir o encontro extraordinário entre os
alunos e o Salvador. Há experiências tão intensas e tão comoventes que
precisam de tempo para assentar. Como amanhã é dia de escrever as
crónicas do Público de sexta, acho que vou guardar o tema para o jornal.
Agora não só estou cansada como também atrasada para a inauguração
da nova sede do MEP e, por isso, deixo aqui estes vídeos impressionistas:
um mostra o impacto que o Salvador tem nas escolas sempre que faz uma
campanha de sensibilização para os acidentes na estrada; o outro mostra o
tempo e as pessoas que foram precisas para o ajudar a descer um simples
degrau. Três pessoas e uma 'eternidade' para vencer 1 barreira arquitectónica.
Hoje quero agradecer à professora Lurdes Cotovio o convite para voltar à escola
e ao Salvador por existir e ser como é: alegre, forte, disponível e sempre capaz de
fazer das fraquezas, forças. Também quero agradecer aos meus amigos do blog
porque hoje ultrapassaram um número mítico para mim: 200 mil visitas. Obrigada!
Hoje acordei cedo para chegar a horas à Associação Salvador onde me vou encontrar com o próprio Salvador para irmos à Escola de Avelar (mais ou menos a meio caminho entre Lisboa e Castelo Branco) fazer uma acção de sensibilização junto dos adolescentes em idades de começar a guiar motas e carros. Esta é uma das campanhas mais impressivas de Salvador e aquela que mais provoca um debate aceso na plateia. Recordo que o Salvador ficou em cadeira de rodas aos 16 anos, após um acidente de mota que o deixou tetraplégico e passados 11 anos continua apostado em dar testemunho para que não aconteça aos outros o que aconteceu com ele.
Era uma noite de Verão e o Salvador voltava de mota de uma noitada de saídas e copos com os amigos. Apesar de não ter bebido demais, bebeu o suficiente para adormecer ao volante e se esbarrar numa rotunda. O acidente custou-lhe uma vida inteiramente dependente de terceiros para tudo mas não lhe roubou a alegria nem a vontade de construir um mundo melhor, despertando as consciências para as dificuldades acrescidas dos que têm handicaps físicos ou outros.
Para mim e para todos os que o conhecem, o Salvador é um exemplo extraordinário e um testemunho permanente de superação. Transcende as suas limitações de uma forma tão espantosa que nos comove a todos pois todos sabemos que não pode fazer nada sem a ajuda de terceiros. Não consegue sequer puxar o lençol para cima ou para baixo na cama se tiver frio ou calor durante a noite. E estou a dar apenas o exemplo de um gesto banal, que todos fazemos sem pensar e nem sequer implica grande esforço.
Apesar de ser dependente de terceiros para a sua vida do dia-a-dia, o Salvador é dos homens mais livres que conheço. Conheço outros como ele mas isso não faz dele menos completo. É impressionante a sua força interior e é comovente a sua alegria estrutural, mesmo nos momentos ou nas fases de maior quebra.
A vida não é fácil para quem está bem de saúde e ainda é mais difícil para quem sofre doenças ou tem sequelas graves de acidentes. E é sobre isto que o Salvador vai falar na Escola de Avelar com os alunos e os professores. Sobre isto e sobre o facto de acharmos sempre que os acidentes só acontecem aos outros. Ele também achava o mesmo.
Deixo aqui um funny video que se pode ir buscar ao YouTube e que o Rui
Marques se lembrou de mostrar no fim da Convenção Nacional do MEP,
onde estivemos todo o fim-de-semana em teambuilding e brainstorming
(perdoem-me o abuso de estrangeirismos mas a língua inglesa tem uma
precisão irresistível). Nada melhor e mais motivador do que encontrar as
imagens certas no momento certo, para ilustrar aquilo que queremos dizer.
Ou estamos a viver, para ser mais exacta. Quando a realidade ultrapassa a
ficção e não há palavras que cheguem para traduzir o que sentimos, vale a
pena ver a vida e perceber melhor a nossa realidade através do espelho de
um pequeno filme, mesmo quando este foi produzido com outros propósitos.
Embora se trate de um vídeo comercial, este filme é uma grande metáfora da
condição humana. Serve para perceber que está nas nossas mãos construir
pequenas e grandes coisas, realizar sonhos desmedidos e aceitar desafios
colossais. O desafio do MEP é isto mesmo: uma construção com o avião em
movimento. E não julguem que exagero, porque não há nenhum excesso aqui.
Nenhum de nós tem experiência partidária mas todos temos ideias políticas e todos decidimos dar este passo de nos comprometermos com um movimento
de cidadãos que se dispõe a ir a votos. Contra toda a lógica e contra todos os
conselhos de muitos sábios, decidimos pôr este 'avião' em marcha e mesmo
sabendo que ele precisaria de largos meses de estaleiro e de um tempo longo
de preparação para voar ( o 'avião MEP' e a sua 'tripulação', leia-se!) apostámos
em levantar voo e ir construindo em movimento. Gosto particularmente da ideia
de um movimento de cidadãos em movimento e gostei da metáfora do avião em
construção. Confesso que foi inspirador e motivador. Talvez nada disto seja muito
evidente para quem está de fora, mas para quem vai dentro e sente esta vertigem
de voar em contra-relógio, com tudo para aprender e quase tudo por construir, as
imagens deste vídeo são muito eloquentes. Obrigada Rui por mais este estímulo
e acima de tudo pela oportunidade de crescimento pessoal que é o desafio MEP.
É bom perceber que todos juntos afinal podemos construir um avião em pleno voo!
Esta é a imagem que vejo da minha janela na Foz do Arelho,
onde estou desde ontem numa formação intensiva sobre as
questões e matérias europeias. O início deste ano e o desafio
de concorrer ao Parlamento Europeu marcam um tempo mais
intenso que me apaixona e fascina. Sei que este é um desafio
colossal, que exige muito de toda a equipa de 'novos políticos'
da qual agora faço parte. O que me apaixona ao estudar estas
matérias é perceber como estão tão actuais a mensagem e as
intenções dos fundadores do projecto europeu. O que prende e
fascina é perceber a natureza de uma construção que tem sido
um pilar de paz e estabilidade, e um motor de desenvolvimento
em tantos países num continente com um passado tão agitado
e marcado por guerras e conflitos no passado. A união Europeia
pode ser (é!) um projecto ainda incompleto e imperfeito mas tem
cinquenta anos de história de entendimento e prosperidade, de
partilha e solidariedade entre povos que agora são amigos mas
já foram grandes inimigos. E é por isto (e por muito mais) que sou
uma entusiasta da Europa; e é por ser um projecto em construção
que acredito que todos podemos ajudar a construi-lo mais e melhor.
Esta janela é uma inspiração, este tempo aqui é uma oportunidade!
São duas e meia da manhã, está um frio de rachar e vim a
correr para casa porque não aguentei mais o vento gelado
da noite. Eu vim embora mas eles ficaram todos.Valentes!
Eles todos são três em cadeiras de rodas, mais o staff de uma
campanha organizada pela Associação Salvador, de prevenção
de acidentes rodoviários. A ideia de ir pela noite dar testemunho
a quem sai para bares e discotecas onde muitas vezes se bebe
demais foi do Salvador, que sabe por experiência própria o valor
dos conselhos que dá aos outros. Ficou tetraplégico por causa
de um acidente de mota numa noite de saídas e copos, e nunca
se esquece de nos lembrar que estas coisas não acontecem só
aos outros. Ontem e hoje, ele e o Carlos e o Helder andaram de
bar em bar pelo Bairro Alto a dar balões com mensagens úteis.
A campanha é original, inédita e radical. Nunca ninguém se
tinha lembrado de uma iniciativa destas e, daí, o interesse
das televisões em acompanhar três amigos em cadeira de
rodas que ficaram assim depois de terem tido acidentes de
carro ou mota. O testemunho de cada um vale por mil e mil
palavras que se possam dizer ou escrever. Mais: o facto de
darem do seu tempo aos outros e de andarem ao frio pela
noite de Lisboa a passar mensagens construtivas, sem ter
a tentação de moralizar, mas apenas com o objectivo de dar
bons conselhos que funcionam como alerta, é extraordinário.
Estes são alguns dos amigos e voluntários que andam com
eles pela noite. Gravei pequenas entrevistas com o Salvador,
o Helder e o Carlos que amanhã publico aqui ao princípio da
tarde pois o upload demora sempre mais do que eu gostaria.
As mensagens escritas nos cartões e autocolantes dos balões
são muito claras e objectivas: "Faz as figuras que quiseres mas
não pegues no carro se tiveres bebido; gasta dinheiro em Táxis;
fica em casa de uma amiga; faz a festa toda mas não pegues no
carro". Muito boa a ideia e muito corajosa a abordagem. Parabéns!
Nota final: como as entrevistas ficaram muito escuras deixo aqui apenas
a do Helder. Com imensa pena porque cada um deles dizia coisas muito
importantes e complementares. Na minha máquina as caras viam-se bem
mas depois do upload e de importar para aqui os filmes, a coisa ficou pior.

(Imagem de uma campanha recente feita no Brasil
Acabo de ver nas notícias que morreram 80 crianças, vítimas de maus tratos, e não consigo esquecer estes e outros números trágicos. 5939 crianças e adolescentes chegam ao hospital com sequelas graves provocadas por maus tratos nas suas próprias casas e é aflitivo pensar que todos eles dormem com o inimigo dentro de casa. Ao contrário do que se espera, estes jovens e estas crianças não se sentem protegidas pelos pais e pelas famílias porque é justamente ali que são ameaçadas, atingidas e maltratadas. É difícil aceitar esta realidade e é duro saber que tantos lidam diariamente com esta adversidade. Notícias como estas não nos podem deixar indiferentes! Temos a obrigação moral de estar mais atentos e de denunciar os casos que conhecemos. À nossa volta há homens e mulheres maltratantes? Sabemos de alguém mais desprotegido ou frágil que pode estar a ser vítima de agressões? Se sim, temos que denunciar. Se não, podemos ficar mais atentos e até dar passos mais concretos no sentido de tentar perceber como podemos ajudar estas vítimas. Ser voluntário também passa por nos voluntariarmos ao serviço do bem comum, procurando pessoas e instituições que precisem da nossa ajuda. Esta tarde vou gravar uma pequena entrevista com o Pedro Sottomayor que criou a Casa das Cores, projecto em fase final de remodelação, cuja casa vai abrir já em Fevereiro para acolher crianças e jovens em risco. Estas mesmas crianças e jovens que são agredidos ou negligenciados pelos pais e familiares, note-se. Voltarei ao assunto, portanto.
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