(Um breve parêntesis para dizer que estou sem internet em casa desde sexta-feira, o que é inconcebível e me provoca um enorme caos na vida profissional e até pessoal. Pergunto-me quantas reclamações serão precisas para a PT mandar um assistente, porque já vou na terceira e não acontece nada...) Dito isto, estou neste minuto de partida para Foz Côa e Porto, em trabalho e gravações, e só volto no fim-de-semana, mas não queria deixar de publicar aqui algumas fotos da fabulosa exposição do Miguel Branco, que se pode ver até ao próximo domingo. Tive a sorte de ter o próprio Miguel Branco a fazer uma visita guiada pela exposição e confesso que as figuras dos seus monges, a quietude do silêncio do pavilhão, onde eles contemplam um mundo de árvores povoado por pavões, mais as borboletas gigantes, metamorfoseadas, lindas, exuberantes, e ainda os utensílios de cobre que parecem de outras civilizações, em contraste com o branco puro e neutro de tigelas e objectos aos quais o artista deu um lugar importante no início do percurso da exposição, tudo isto não me sai da cabeça desde que visitei a exposição. O Miguel Branco está no seu auge e este seu Deserto é exaltante e muito interpelador. Gostei muito da exposição. Quem puder, não perca! Está até domingo no Pavilhão Branco do Museu da Cidade, no Campo Grande. Depois segue dali para Paris.
. O deserto de Miguel Branc...