Braga foi um verdadeiro ponto de encontro... Reencontrei a Gina Meleiro, um dos elementos mais importantes e expressivos da minha equipa de candidatura ao Parlamento Europeu pelo MEP. Importante, porque o seu contributo na área da educação foi essencial; expressiva porque juntou a tudo o que fez uma alegria e uma dedicação incríveis. Trabalhámos todos imenso on e off the road, mas devo dizer que a Gina teve o condão de nos encher de forças e coragem para o caminho graças a um sentido de humor e um sentido crítico muito apurados. Adoro esta forma de inteligência dos que fazem tudo com seriedade e profundidade, sem nunca se levarem demasiado a sério. Gostei de reencontrar a Gina e de retomar as nossas conversas e gargalhadas de 'ontem'. Muito bom.
Esta imagem tem quase um ano e uma longa história que já contei numa crónica no jornal Público e no meu blog de campanha. O processo de António Garcia (o rapaz de óculos que está sentado numa cadeira de rodas e conheci na CERCI de Guimarães quando estava em campanha pelo MEP) foi finalmente resolvido. Ou seja, após longos anos de esquecimento e graves injustiças, António Garcia vai ter o apoio do Estado que lhe é devido. A notícia chegou-me hoje, pelo Ricardo, irmão de António, e fiquei comovida. 'Só' por termos contribuido para que este processo se resolvesse valeu a pena termos dado estes passos na política. Falo por mim, pelo Rui Marques, pelo Jorge Sousa e por toda a equipa MEP Europa, com quem atravessei o país de norte a sul pela realidade mais dura e difícil. Pela realidade social, quero dizer.
Felizmente tenho um blog que é só meu, onde escrevo com toda a liberdade e sem outros condicionalismos para além do código ético e de valores morais pelo qual oriento a minha vida pessoal e profissional. Nesta lógica impressionista de caderno diário, onde registo palavras, detalhes, acontecimentos, paisagens e gestos mas também as pequenas e as grandes coisas que são, para mim, reveladoras da substância da vida, não posso passar ao lado nem deixar de partilhar aqui, com o meu círculo alargado de amigos, o momento comovente que vivi no fim da semana que passou. Falo do jantar do MEP em Lisboa, no Mercado da Ribeira, o mesmo local onde há pouco mais de 3 meses se realizou o último jantar da minha campanha enquanto candidata ao Parlamento Europeu.
Acreditem que ter mais de 500 pessoas a apoiar o MEP numa altura em que só os cinco grandes partidos têm acesso aos media e cobertura jornalística diária é obra. Desta vez eu não estou a votos nem faço campanha e se já antes tinha toda a liberdade por ser candidata independente pelo MEP, agora esta minha liberdade torna-se ainda mais evidente. Sou mandatária nacional de um partido ao qual não pertenço mas que apoio com toda a convicção por conhecer bem as pessoas que o compõem e, mais importante ainda, por saber de onde vêm e para onde vão os seus fundadores. Ou seja, por conhecer a linha humanista, o percurso profissional e a obra social levada a cabo por Rui Marques e pelas suas equipas é que eu acredito na sua política pela positiva. Como todos sabem, fiz campanha pelo MEP durante os primeiros seis meses deste ano e foi um tempo muito exigente mas extraordinariamente gratificante. Dei o meu contributo de cidadã livre e independente para que este movimento de cidadãos igualmente livres e independentes pudesse converter-se na 6ª força política logo nas primeiras eleições a que concorreu. Depois retirei-me de cena e voltei para a minha vida de colunista, entrevistadora e conferencista. Assumi o compromisso de não escrever nos jornais sobre a política partidária nesta fase de campanha e cumpro diária e escrupulosamente este compromisso. Aqui, no meu blog, é diferente mas desde já aviso que esta é a única vez que escrevo sobre o MEP antes das eleições. Acontece que não podia deixar de partilhar um momento tão importante para mim como foi o jantar e o momentos dos discursos de sexta-feira passada.
E pronto. Aqui fica a minha partilha que é, ao mesmo tempo, um gesto de verdade, coerência e consequência que passa por assumir também aqui que apoio o MEP nas legislativas. Sinto que se não o fizesse poderia parecer que estava a esconder alguma coisa ou, pior ainda, a vivê-la de coração dividido. Felizmente estou inteira nesta minha opção e insisto que é com toda a liberdade e gratuidade que dou o meu voto a um novo movimento de cidadania ao qual não pertenço mas cujas pessoas, ideias, medidas e programa conheço muito bem.
Num dia em que todos comentamos os resultados eleitorais é impossível não assumir aqui a minha alegria por termos sido votados no país inteiro. O MEP é conhecido em Portugal de norte a sul e essa é a nossa maior conquista. Em tão pouco tempo e com tanta adversidade é notável o que esta pequena-grande equipa conseguiu fazer. Em política, como na vida, é preciso semear bem para colher melhor. Sinto que é o que estamos a fazer. Mais à frente poderemos ver os frutos de todo este esforço e dedicação. Obrigada de coração sincero a todos os que depositaram a sua confiança nesta candidatura e, em especial, aos que permanecem firmes na convicção de que é sempre possível fazer mais e melhor. Acredito nisso e é essa a minha aposta e a minha motivação de fundo. Sei que há um tempo para tudo.
Adoro flores frescas em jarras e gosto de encher a casa de cores. Hoje estas flores têm um sentido especial porque me foram oferecidas pela equipa MEP e entregues pelos juniores com abraços demorados, cúmplices e alegres. Muito bom.
Chuva e filas de trânsito na cidade no último dia de campanha.
Hoje todos sentimos um movimento diferente e a agitação das
vésperas do dia das eleições. O autocarro continua on the road
pelas ruas e avenidas de Lisboa e não parámos de distribuir a
informação sobre o MEP. As pessoas acolhem-nos muito bem.
No Saldanha hoje e no Mosteiro de Alcobaça ontem, o autocarro
vai estacionando durante breves períodos de tempo e funciona
como outdoor em movimento. A equipa atravessou o país de
norte a sul, sempre com o mesmo entusiasmo e espírito. O dia
de ontem foi muito duro e este mesmo espírito revelou-se numa
atitude incrivelmente positiva e contagiante. Sentir à minha volta
a solidariedade dos amigos que se unem para o melhor e o pior
foi radicalmente importante. E muito transformador para todos...
No auge da perplexidade fatalmente associada às perdas brutais
esta equipa uniu-se ainda mais e encontrou forças para devolver
a alegria aos mais tocados pela dor. No centro do grupo, o Nuno
Frazão contribuiu para recuperar a alegria com a sua viola. Ele e
os outros todos, que não pararam de cantar e improvisar novos
hinos e músicas originais. Confesso que me impressionou esta
capacidade de união e esta forma tão natural e tão querida de ser.
Na imagem, o Joca que é o nosso cameraman, acompanhado
do Bernardo numa versão aprendiz de operador de televisão...
Há outras versões do Bernardo e não tenho nada a certeza de
que não me fique a detestar depois de publicar esta imagem
mas não resisto a mostrar o escaldão que apanhou ontem em
Leiria numa única conversa com um único senhor que veio ao
seu encontro para conversar sobre a política e a vida. Dedicado,
atento e sensível à sensibilidade dos outros, o Bernardo pode
ficar horas a ouvir histórias de vida e isso faz dele muito melhor.
As duas violas que alguém se lembrou de trazer para o autocarro
nestes dois últimos dias fizeram toda a diferença. A despedida de
campanha está marcada para logo à noite, num lugar à medida da
equipa MEP Europa e dos que nos acompanharam neste caminho.
Vamos ser apenas os da casa e é bom acabar em alegria e união.
Estamos todos muito confiantes em relação aos resultados de dia
7 e sabemos que qualquer que seja a votação, tudo é uma conquista!
Uma das motas que acompanhou a caravana de apoio ao MEP
esta manhã pelas ruas de Lisboa. Também fui de mota. Não foi
possível resisitir à tentação. Fui na mota do Fernando Mendes,o
designer gráfico do MEP e o autor dos cartazes, revistas e flyers.
Houve muitos carros e motas na caravana e foi uma emoção
sentir este apoio festivo e vibrante ao MEP. Antes e depois do
'cortejo' MEP o dia foi vivido a acelerar. De manhã visitámos a
Misericórdia da Amadora, instituição onde convivem crianças
e seniores num complexo arquitectado e ampliado à medida.
Entre os edifícios do complexo da Misericórdia da Amadora há
um enorme terraço onde as crianças se cruzam a toda a hora
com os mais velhos, num convívio alegre, natural e saudável.
Estive com pessoas de todas as idades que moram ou passam
os dias na Misericórdia da Amadora e fiquei impressionada com
a qualidade desta instituição que acolhe, serve ou cuida de mais
de 5 mil pessoas por dia. Dou os meus parabéns a toda a equipa.
Depois de nos termos despedido do 'dream team' da Misericórdia
fomos à sede da OIKOS entregar mais uma Estrela Mep Europa e
também ali foi possível celebrar o trabalho humanitário e de ajuda
ao desenvolvimento que a OIKOS presta há mais de vinte anos em
situações de emergência e catástrofe mas também no dia-a-dia ...
Canto Moniz agradeceu a Estrela MEP e com a simplicidade e
humildade que o caracterizam, falou do espírito de missão, da
disponibilidade e acolhimento que movem e marcam a OIKOS.
Logo a seguir fomos assinar o Manifesto pró-voluntariado proposto
pelo Centro Europeu de Voluntariado e mais uma vez o MEP foi o
primeiro partido português a comprometer-se com matérias vitais:
o voluntariado, o ambiente e os direitos do consumidor. No último
mês de campanha o MEP subscreveu o Pacto dos Consumidores
na DECO, o Manifesto "Ambiente no Coração da Europa" com a
QUERCUS, a LPN e a GEOTA e agora o Manifesto que compromete
os eurodeputados a lutar para que 2011 seja o Ano do Voluntariado.
A síntese já vai longa e ainda não falei do que aconteceu depois
da chegada da caravana MEP aos Restauradores: uma sucessão
de encontros, entre os quais com alguns leitores do blog, e uma
sucessão de entrevistas, primeiro à Renascença (para passar
amanhã às 9h da manhã) e depois em directo para a TSF. Deixo
as imagens da Maria Helena Pinto Ribeiro, médica veterinária que
é visita regular neste blog, e as fotos dos bastidores das entrevistas.
Tudo isto e mais, nos últimos dias de campanha intensamente vividos.
Helena Vieira na TSF e Marina Pimentel na Renascença foram
as entrevistadoras do dia. Deixo, finalmente, um vídeo só com a
música e o hino do MEP para me acompanharem mais um pouco...
Amanhã voltamos à estrada para Peniche, Leiria e Porto. Voltamos
na madrugada de sábado, dia em que termina o tempo de campanha.
Eu, que ando de mota desde os 16 anos e espero poder ter esse prazer e essa liberdade por muitos mais anos, aproveito o serão de hoje para lembrar que amanhã vai haver uma concentração de motas e carros de apoio ao MEP.
Começa às 12h45 no Centro Comercial Fonte Nova, perto das Portas de Benfica, e termina nos Restauradores por volta das 14h. Todos os que puderem estar presentes são muito bem vindos! Eu estou na primeira linha do cortejo e agradeço sinceramente a todos os que puderem dispor da hora do almoço para nos apoiarem. Muito obrigada.
Fui 'apanhada' em flagrante, a comer um Cornetto de chocolate
dentro do autocarro MEP, numa pausa para sobreviver ao calor
e ao vento da tarde em Lisboa. Três amigas vieram abraçar-me
quando estavamos parados no Terreiro do Paço. Ao meu lado a
Cassandra e a Irina; à minha frente a Sayonara, que é irmã de Irina.
As duas amigas estudam Comunicação Social e têm 23 e 22 anos,
respectivamente. Sayonara, a mais nova, tem apenas 16 anos e não
mora em Portugal, está apenas de visita. O meu dia hoje ficou mais
alegre com esta e outras visitas ao autocarro. Na imagem de baixo
está a Nucha, visita assídua aqui no blog que conheci pessoalmente
esta manhã em Setúbal. São muito bons estes encontros on the road..
Em breve espero ter tempo para publicar aqui imagens de outras
pessoas e outros encontros radicalmente marcantes deste tempo.
Hoje voltei à ArtesanalPesca, em Sesimbra, onde entregámos uma
Estrela MEP Europa. As imagens e a reportagem podem ver-se no
site do MEP, onde vamos publicando o dia-a-dia desta campanha.
De volta a Lisboa por umas horas, depois de ter estado no
Algarve e em Évora, e com a noção de que estes 4 dias que
faltam até à véspera do dia das eleições, vão ser ainda mais
acelerados, dou comigo a ver a paisagem através da janela
do autocarro e a 'puxar o filme para trás'. O filme do dia e dos
momentos de campanha. O dia foi vibrante, cheio de emoção
e de pessoas que ficam para sempre no meu coração. Voltei
a ver pessoas com quem tinha estado no Lar da Mexilhoeira
e os abraços que trocámos comoveram-me. A mim e a todos.
À tarde, já em Évora, quando voltava de mais uma distribuição
de material de campanha pelas ruas, conheci uma mãe e uma
filha que deram ainda mais sentido a este tempo de campanha.
Etelvira Cota, 57 anos, e a sua filha Flor de Liz de 27, foram
ter comigo à Feira do Livro, na Praça do Giraldo, onde parou
o autocarro MEP. Etelvira ficou por ali à conversa comigo, já
no fim de tudo, mas tivemos tempo para nos conhecermos e
trocarmos contactos. Etelvira contou-me que não tem a mão
direita (o braço que segura o saco é uma prótese) desde os
26 anos, por estar a trabalhar na máquina de fazer chicletes
e lhe ter escapado um gesto inadvertido. A mão foi triturada
mas Etelvira não desanimou. Sofreu o que só ela sabe mas
3 anos depois casou com Manuel Cota, o amor da sua vida,
e tiveram 2 filhos. Flor de Liz, que tem 'um ligeiro atraso' como
diz Etelvira, e o Luís Manuel. Nem o facto de ter ficado sem a
mão direita nem a deficiência da filha tiraram o sorriso a esta
mulher que diz sobre o marido que 'Deus mo conserve comigo'.
Obrigada Etelvira pelo seu sorriso, pela confiança, pela partilha
e pela grandeza de alma e coração que revela a quem a conhece.
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