QUEM QUER CONCORRER AO FAZ: IDEIAS DE ORIGEM PORTUGUESA? Estão abertas as candidaturas para a edição deste ano do concurso FAZ - IOP (Ideias de Origem Portuguesa). Na fotografia vemos José Paixão e a sua equipa de estudantes de arquitectura, autores do projecto Arrebita! Porto, que venceu a edição passada. Todos eles e mais uma legião de arquitectos, designers e estudantes estão a recuperar edifícios degradados no centro histórico do Porto a custo zero. O FAZ distingue as melhores iniciativas de portugueses que vivem no estrangeiro e têm ideias para melhorar Portugal. Na edição deste ano a Gulbenkian formalizou uma parceria com a COTEC, que também tem um prémio dirigido à diáspora. Esta parceria agrega as duas iniciativas no FAZ. O prémio da COTEC reconhece quem já faz, o IOP incentiva a fazer. Ambos partem da certeza de que a diáspora é um activo do nosso país com o qual importa contar, aproximando e valorizando a sua participação na vida portuguesa. A iniciativa tem o site específicowww.faz.com.pt e o concurso mantém o site www.ideiasdeorigemportuguesa.org
O primeiro prémio tem o valor de 50 mil euros.
As sessões multiplicam-se semana após semana e ultimamente temos tido vários encontros entre 'multidões'. Ontem em Lisboa estiveram cerca de 70 estudantes de arquitectura da Faculdade de Arquitectura do Porto, mais os professores e directores, que vieram à Gulbenkian numa visita de estudo e acabaram por vir todos ao Dialogue Cafe assistir à 'Lecture' que Camilo Rebelo, arquitecto co-autor do Museu do Côa, deu para uma turma de palestinianos finalistas de arquitectura na Universidade de Birzeit. A aula foi muito interessante e alongou-se porque os palestinianos não queriam ir embora e as perguntas sucediam-se. Muito bom. Antes desta sessão tivemos a abertura oficial do Dialogue Cafe em Wroclaw, com discursos de políticos e direito a cobertura jornalística. Dias marcantes e para celebrar a muitos níveis.
Fui com o meu filho ao recital de piano que Gabriela Montero, venezuelana, deu esta noite na Gulbenkian. Ele voltou hoje de fora e como o voo se atrasou só conseguimos assistir à segunda parte do concerto. Ficamos com o melhor: os improvisos de uma pianista virtuosa, apaixonada e particularmente dotada para improvisar a partir de notas soltas e músicas mais ou menos populares e conhecidas. Não sei de nenhum outro músico clássico capaz destes improvisos, mas sei que a noite foi uma alegria e cada improviso um poema. Gabriela Montero deu o seu primeiro concerto público aos 5 anos de idade em Caracas e quando completou 8 anos o governo venezuelano atribuiu-lhe uma bolsa para poder estudar nos EUA. Recebeu o seu primeiro prémio aos 12 e interpretou com a Orquestra Sinfónica de Cincinnati o primeiro concerto para piano de Tchaikovsky. Gravou para a EMI Classics um duplo CD com obras de Rachmaninov, Chopin, Liszt, Granados, Ginastera e Scriabine e ainda um disco de improvisações sobre temas clássicos que diz muito sobre este seu dom do improviso que é, afinal, parte substantiva e inspiradora da sua actividade artística. Fiquei na primeira fila, no lugar de uma amiga cirurgiã que estava a operar esta noite, e foi um privilégio e uma beleza ver e ouvir Gabriela Montero tocar e falar. Gostei particularmente da alegria e paixão com que toca.
Michael Wolff, Designer inglês com 50 anos de experiência e mundialmente reconhecido pela sua criatividade e sentido de humor, mas também pelas mil e uma marcas que criou para pequenas e grandes empresas e iniciativas em todas as áreas (foi ele o autor da imagem dos Paralímpicos 2012, para dar apenas um exemplo recente, actual), esteve hoje sentado à mesa do Dialogue Café. Ele em Londres, nós em Lisboa. Ao meu lado Julia Cassim, uma mulher absolutamente fabulosa que aposta no Design Inclusivo e percorre o mundo a fazer workshops e a provocar especialistas nas áreas do Design, Arquitectura, Artes, Educação, Medicina e Inclusão Social para desafios de co-criação de novas peças, objectos e ferramentas desenhados para todos e não apenas para alguns. Julia Cassim veio do Japão para um 24h Challenge em Lisboa, promovido pelo British Council, e Michael Wolff acabou de chegar de Moscovo.
Graças ao sistema de TelePresença da Cisco usado no Dialogue Cafe e à ideia visionária do Diogo Vasconcelos, podemos sentar à 'mesma mesa', na 'mesma sala' pessoas em vários países e diferentes continentes. Esta tarde a conversa envolveu quatro salas de Dialogue Cafe: Lisboa (fomos nós os anfitriões), Londres, Amsterdão e Cleveland. Julia falou de peças de design que habitualmente não classificamos como tal. Falo de pernas artificiais, próteses, olhos mecânicos, aparelhos para surdos, etc, etc. Tudo isto e muito mais é a substância do Design Inclusivo.
A conversa durou cerca de uma hora e meia e durante este tempo houve sempre assistência na sala. É fabuloso conhecer pessoalmente gente inspiradora que muda o mundo e transforma o nosso olhar. Que nos interpela e abre novas perspectivas. Foi o que aconteceu esta tarde. A boa notícia é que o Dialogue Cafe é uma ferramenta poderosa que pode ser usada por pessoas, organizações e instituições da sociedade civil. Quem estiver interessado em saber mais, contacte-me através do blog, do facebook ou na Fundação Calouste Gulbenkian, onde estou todas as tardes.
Já disse e repito que o DC é um projecto apaixonante e é um privilégio sem tamanho poder ter um papel, poder estar envolvida. Sou a manager-curator-gatekeeper de Lisboa, o que quer dizer que a minha função é gerir, programar e facilitar a realização de sessões de Dialogue Cafe em que pessoas de várias áreas e de países diferentes trocam ideias e partilham experiências. É de conversas como estas que nasce muita luz e é destas pontes, destes links e conexões que saem excelentes projectos e novas parcerias. O Dialogue Cafe é um projecto onde cabem muitos outros projectos e é fascinante ver como todas e cada uma das pessoas que fazem esta experiência saem da sala com uma espécie de urgência interior para agir, seja para replicar as ideias que acabam de ouvir, seja para criar novos projectos.
Graças a este Dialogue Cafe desta tarde a Julia Cassim e a equipa do DC de Amsterdão vão tentar organizar um 24h Challenge naquela cidade. Grande pinta! O Diogo Vasconcelos gostaria muito de saber isto e teria adorado estar presente nesta sessão, tenho a certeza. Que bom podermos dar continuidade às suas ideias visionárias, à sua narrativa do futuro...
Termino agradecendo à Lígia Lopes, à Filipa Pias e às directoras do British Council o apoio na organização deste DC. Foi mesmo muito bom. Felizmente a partir de Setembro teremos uma programação diária. Até lá aceito sugestões, desafios e pedidos. O DC não tem custos associados e é interessante ver como de uma parceria feliz entre as Nações Unidas/Aliança das Civilizações - Cisco - Gulbenkian nasceu um novo produto social, uma nova ferramenta com tanto poder transformador e tanto impacto no mundo à nossa volta.
Uma pata e quatro patinhos cruzaram-se no meu caminho esta tarde, nos jardins da Gulbenkian. Durante o instante em que nos acompanhámos uns aos outros não pude deixar de atrasar o passo, para evitar que se assustassem e fugissem. É tão improvável um encontro destes no centro da cidade, que apetece fazê-lo durar. Este momento já teria feito a minha tarde, se não fosse um encontro maior, mais à frente, já a caminho do 'planeta' Dialogue Cafe.
O Mia Couto estava a dar uma entrevista na Fundação Calouste Gulbenkian e desafiei-o a ir ter comigo depois à sala 3, a sala do Dialogue Cafe, onde está instalado o sistema de Telepresença da Cisco e onde me sento sempre que estou na Fundação. Este espaço é mais do que um sonho e no tempo em que não há sessões de DC, reina um silêncio e uma paz muito inspiradores para trabalhar. Esta tarde o privilégio maior foi poder explicar ao Mia o sistema do DC e combinar com ele uma sessão para breve. Grande pinta e grande surpresa.
Inaugurei hoje a 'minha' sala do Dialogue Cafe, na Fundação Gulbenkian, com uma ligaçao Lisboa/Cleveland, Ohio, sobre crianças com necessidades educativas especiais. Do lado de lá a Wendy e a Taan Saphiro, falaram de projectos com crianças cegas no Uganda; do lado de cá Miguel Palha, neuropediatra do desenvolvimento e especialista no acompanhamento a portadores de Trissomia 21, mais duas mães de crianças com T21 que são muito activas e multiplicam talentos e esforços nestas áreas da integração e valorização da diferença. A Francisca Prieto e a Marcelina Souschek criaram projectos admiráveis que apoiam o Centro Diferenças, mas também contribuem para mudar mentalidades e transformar o olhar sobre estes e outros handicaps. Durante mais de uma hora estivémos todos sentados à volta da mesa numa intensa partilha de conhecimentos e experiências. Esta troca só foi possível graças ao sistema de Telepresença da Cisco, a ferramenta ideal para ligar pessoas de todo o mundo e de todas as áreas, para passar palavra e fazer a diferença nos universos em que gravitamos e temos influência. É fascinante perceber como nestas sessões de Dialogue Cafe as pessoas se conhecem e dão a conhecer, como vibram com as ideias umas das outras e como sentem que de certa forma passam a estar próximas. Ouvir a Taan falar do que vive e experimenta no Uganda, com crianças com handicaps físicos e outros, deixou-nos a todos mais conscientes daquela realidade, mas também mais certos de estarmos todos a contribuir para um mundo melhor. Os ecos de Cleveland chegaram logo a seguir ao Dialogue Cafe e tal como a Wendy disse, mais do que uma partilha de ideias e experiências, este DC selou o início de uma amizade. A partir destas conversas inaugurais, muitas parcerias e ideias podem surgir nestas e noutras áreas, com estes ou outros protagonistas. Grande, grande pinta! Graças ao olhar visionário do Diogo Vasconcelos e do team Cisco/Aliança das Civilizaçoes/Nações Unidas/Gulbenkian o Dialogue Cafe vai revelando todo o seu potencial. Em breve volto ao tema para dizer quantos DC já há espalhados pelo mundo e como é que tudo isto se processa.
Começo pela grande notícia do dia, para mim e para toda a equipa da Take It Easy com quem trabalhei nos últimos seis meses: já temos data de emissão para o programa Feitos em Portugal. A série estreia no dia 17 de Março, na RTP 2, e vai passar sempre aos sábados, às 19:30. Estou muito contente e gosto particularmente do dia e da hora, pois os fins-de-semana são os melhores dias de audiências da RTP2 e o horário não podia ser melhor, porque permite ver a seguir o Telejornal, seja em que canal for, e liberta as pessoas para os seus programas de sábado à noite, dentro ou fora de casa. Grande pinta. Estou radiante. Ainda por cima hoje em dia os programas ficam online imediatamente a seguir à emissão, e isso permite a cada um gerir a sua vida e as suas prioridades sem perder as séries e programas de TV. Apesar desta nova alegria de hoje, não posso deixar de voltar a ontem, para referir o momento do lançamento do livro Entre Gerações, e agradecer mais uma vez à Fundaçao Calouste Gulbenkian o desafio e a confiança que depositaram em mim para acompanhar estes 7 projectos intergeracionais. Também agradeço ao Mário Crespo a excepção que ele abriu na sua vida para apresentar um livro e, acima de tudo, a forma como o fez. Muito interessante o seu olhar sobre esta matéria, e muito actuais todos os pontos que sublinhou, com imensa liberdade e verdade. Põs o dedo em muitas feridas e falou de um livro que também é um livro político, um manifesto social, e as suas palavras ficaram a fazer eco em nós. E agradeço, muito comovida e de coração muito grato, ainda a transbordar de emoção, a presença de todas e cada uma das pessoas que encheram dois auditórios. Grande pinta, insisto! Obrigada a todos e parabéns à Isabel Pinto, fotógrafa, às equipas dos projectos, aos designers gráficos e, em especial, à equipa coordenadora do Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano. Rui Vilar, o presidente do Conselho de Adminsitração da Fundação, foi muito eloquente e muito incisivo na sua apresentação, e a presença de Artur Santos Silva, o seu sucessor, bem como do Ministro Pedro Mota Soares, da Drª Isabel Mota e da Engenheira Luisa Valle encheram-nos a todos de confiança e de certezas em relação ao valor humano, político, social e cívico deste tipo de iniciativas. Mesmo correndo o risco de me repetir, todos nunca seremos demais para nos juntarmos por boas causas!
Passou um ano desde o dia em que eu e a Isabel Pinto fomos a Vila Nova de Foz Côa e a Orgal fazer a reportagem de algumas actividades do projecto Arquivo de Memória, um dos 7 projectos intergeracionais financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian. Hoje voltamos a sentar-nos lado a lado, mas já noutro cenário, porventura menos monumental mas nem por isso menos bonito e inspirador. Às 6 da tarde lá estaremos no lançamento do livro Entre Gerações, na Gulbenkian, rodeadas por quem apoiou e quem desenvolveu as actividades, bem como de quem se junta e atravessa pela causa da solidariedade entre gerações. Vai ser muito bom. Deixo aqui as minhas fotografias do avô e da neta que vivem em Orgal, perto de Foz Côa, e são a minha memória de uma cena muito tocante entre duas gerações aparentemente tão distantes, mas tão próximas. Esta é a única criança que vive naquela povoação e impressionou-me a sua tranquilidade, a sua alegria e a sua confiança. Os pais trabalham durante o dia e ela fica entregue ao avô. Olhando para eles percebe-se de onde vem toda a segurança e serenidade de um e outro. A Isabel Pinto também fotografou o avô e a neta e foi uma das suas fotografias que escolhemos para a capa do livro, que ficou linda.
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