Faz-me bem visitar o blog da Mariana Sabido porque está sempre cheio de beleza, de alegria, de amor e laços de ternura. Nestes tempos de ressaca e day after é bom recomeçar a partir destas janelas que a Mariana abre para a vida.
O Marco Espírito Santo, realizador da série de TV que estamos a gravar, olha para o cimo do edifício da SAMP - Sociedade Artística Musical dos Pousos - enquanto esperamos que o Paulo Lameiro saia para filmarmos com ele algumas cenas que nos faltam desde o dia em que o fomos entrevistar a Leiria. Esta academia musical e artística é extraordinária e o Paulo Lameiro tem feito uma obra notável com a sua equipa de profissionais das artes.
Passámos o dia em Leiria mas gravámos mil e uma actividades, desde aulas de flauta e saxofone, a ensaios de órgão de tubos, mais os preparativos para um concerto de crianças, e ainda uma ida a um lar onde vivem pessoas com problemas psiquiátricos. Foi um dia intenso, muito cheio, marcado pela personalidade exuberante e alegremente contagiante do Paulo Lameiro, músico e barítono, que trocou o palco da ópera em São Carlos (e muitos outros, pelo mundo fora) para dar vida à SAMP, academia que teve o escritor Eça de Queiroz como um dos membros fundadores. Mais coisas sobre a SAMP e o Paulo Lameiro, só quando o programa for para o ar...
Estou (continuo!) numa fase on the road e vim de Leiria a tempo de apresentar um livro e uma exposição de pintura da Filipa Saragga no CCB. Não tenho fotografias do momento, mas vou pedir aos fotógrafos que lá estavam, porque gostava muito de falar desta miúda, da sua pintura e das causas que ela abraça. Hoje, quarta-feira, acabo o dia em Cantanhede, mas dou notícias antes de ir.
Depois de um cúmulo de nervos e frustração logo de manhã por causa da perda de um avião (10' de atraso na hora do check in foram suficientes para a TAP dar o meu lugar a outro passageiro, coisa que achei inacreditável. Acho esta política de overbooking dos voos absolutamente perversa) e ao fim de uma longa espera de 5h, acabei por conseguir aterrar em Paris. O primeiro grande prazer foi apanhar um táxi-mota logo no aeroporto para vir para o centro da cidade. Adoro andar de mota e só se chover muito é que troco estes táxis pelos carros. A temperatura ainda por cima está óptima e, também por isso, o passeio foi bom. Só é pena ser tão rápido...
Hugo e Mário, eis os nomes dos bombeiros que nos foram buscar esta tarde ao hospital e nos transportaram de ambulância por ser a única maneira de trazer o Martim de volta a casa. Passaram 11 dias sobre o acidente, dias que foram muito difíceis e dolorosos, mas hoje começa um novo ciclo. A recuperação vai ser lenta, demorada, exigente e ainda com dores, mas a partir de agora e em princípio vai ser tudo cada vez mais suportável. Deus queira! As partituras continuam pousadas em cima do piano, à espera de melhores dias que sei que virão. Obrigada a todos e a cada um pelas mensagens, pelo apoio, pela amizade, pelo respeito, pela cumplicidade, pela inspiração e pela força que nos deram neste tempo tão adverso, de sustos atrás de sustos. Foi duro, confesso, mas insisto: o pior já passou!
Passo a vida entre Lisboa e o Porto, realidade que adoro aliás. Desta vez vou por 3 dias, primeiro a Aveiro para visitar o 4º dos 7 projectos Entre Gerações sobre os quais vou escrever um livro para a Fundação Gulbenkian; depois à RTPN ao fim da tarde de hoje para comentar em directo algumas notícias do dia, e amanhã para dar um workshop sobre questões ligadas à comunicação entre homens e mulheres. Apetece-me imenso acabar esta semana desta maneira, a conhecer gente interessante com projectos inovadores e transformadores. E a debater algumas das manias tipicamente femininas e tipicamente masculinas num círculo alargado de pessoas apostadas em compreender melhor e aceitar mais o sexo oposto. João Lobo Antunes, neurocirurgião, gosta de dizer que muitas destas manias típicas de cada género estão inscritas no código genético. Se calhar estão mesmo.
Há duas semanas que eu e um núcleo duro (mas alargado) de amigos acompanhamos diariamente os pais e a família de um bebé muito querido e muito especial, que continua internado a evoluir lentamente de uma operação extraordinariamente delicada. Voltei agora de um serão no hospital e deixo aqui a imagem da cama que o Vasquinho tem em casa dos pais, onde todos esperamos vê-lo em breve. Quem é de rezar, reze uma Avé-Maria por estes e outros pais com filhos que atravessam sofrimentos parecidos. Quem não é de rezar não se preocupe nada com este meu pedido e acredite que só o facto de sentir que posso partilhar aqui estes sentimentos é uma grande ajuda numa altura como esta. Obrigada.
P.S.: (escrito já esta manhã) Esta noite era fundamental para a evolução do Vasquinho e ele atravessou-a e conseguiu vencê-la. Que maravilha! Mais uma etapa cumprida...
Eis o ramo de flores que o Diogo me entregou no fim de uma tarde de conversa no Colégio do Sagrado Coração de Maria, a propósito do Dia da Filosofia. Devo as flores, a conversa e estas horas tão bem passadas, rodeada de 90 alunos com idades entre os 14 e os 16 anos, à professora Ângela Curral. Leitora assídua deste blog, a Ângela desafiou-me a dar uma 'aula' sobre política e cidadania aos seus alunos e como é professora de Filosofia, esperou pelo Dia da Filosofia no Colégio. Hoje estes teens fizeram a diferença no meu dia! Adorei ter ido ao 'Sagrado' (nome pelo qual também é conhecido o colégio) depois de ter passado a manhã inteira na sala de espera de um hospital, num círculo mais íntimo e familiar, a dar (e a receber!) forças enquanto um bebé muito pequenino e muito querido, filho de dois grandes amigos, era operado ao coração. Os dias que se seguem continuam a ser difíceis e delicados, mas estamos juntos e esta certeza ajuda a atravessar o sofrimento e a viver a angústia. Há casais e famílias inteiras que são verdadeiros monumentos de coragem. É o caso.
Tirei esta fotografia em Bruxelas, no escritório do pe Alberto de Brito. Deixo-a aqui porque no meu círculo íntimo (mas alargado) de amigos hoje todos rezamos para que uma operação extraordinariamente delicada corra bem e sem sequelas. Quem for de rezar, reze por esta nossa intenção. Obrigada de todo o coração!
Um post dedicado a todos os pais e mães com filhos hospitalizados que vivem à sua cabeceira. Tenho dois casais de amigos que conhecem bem esta realidade. Uns viveram este calvário ao longo de muitos meses sem conseguir que o filho voltasse para casa; outros estão quase a levar o seu bebé querido com eles mas todos têm sido monumentos de coragem, força e alegria. Impressiona sempre ver alguém fazer das suas fraquezas, forças. Quando estamos próximos do coração destas pessoas e conhecemos os contornos da sua realidade, ficamos não só impressionados como também gratos pela inspiração e capacidade de transformação. Deles e nossa, quero dizer. É impossível não nos sentirmos interpelados e é impossível não passarmos a relativizar muitas coisas no nosso quotidiano. Para além de dedicar este post às famílias e amigos, quero deixar umas palavras de reconhecimento e gratidão aos profissionais de saúde que também estão à cabeceira, com uma dedicação e um amor igualmente transformador. Há pessoas incríveis!
Dia de ressaca do futebol. Dia de não dizer muitas coisas, para não errar muito. Sou das que ficaram mesmo, mesmo tristes, mas sinto-me incapaz de criticar. A sério! Não é fácil ficar calado nestas alturas mas sinto que é uma forma de prestar homenagem a tanto esforço, empenho, correrias e desafios. Deixo aqui esta imagem de três cães ao sol sobre uma ponte em Berlim. Habitualmente usamos a expressão "vida de cão" pela negativa, mas hoje uso-a pela positiva para ilustrar o sentimento (ou a necessidade, para ser mais exacta) de alguém que gostaria de se estender ao sol, sem pensar em nada, para repor a energia e acordar com outra disposição depois da letargia...
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