A Betriz e a Juliana passaram a tarde no Parque da Cidade de Aveiro e saíram de lá com duas plantas num copo de terra, para as fazerem crescer em casa, mais duas carteiras para guardar moedas, feitas com materiais reciclados, que elas próprias cortaram e armaram com divisões e um fecho. As carteirinhas delas foram feitas com restos de pacotes de leite, mas ninguém diria. Pedimos aos pais autorização para as fotografarmos e aqui ficam as duas irmãs a mostrar as suas obras de arte e os seus vasos improvisados. Muito queridas, estas miúdas. Lindas.
Mais um dia de trabalho bem passado, desta vez no Parque Infante Dom Pedro, em Aveiro, com a equipa do projecto Entre Gerações/Gulbenkian. Concluímos hoje neste pequeno-grande paraíso as reportagens no terreno com os sete projectos.
Percorremos o Parque da Cidade, que também ficou conhecido pelo Parque da Macaca na altura em que existia uma macaca enjaulada e era uma atracção para os habitantes de Aveiro (a propósito, lembrei-me imenso da Moura Aveirense esta tarde!), com as anfitriãs do projecto intergeracional que, ao longo deste ano, se empenharam em revitalizar um parque muito belo, mas também com partes decadentes ou aparentemente abandonadas.
Uma das actividades promovidas no parque foi pendurar nas árvores os desejos dos mais novos e dos mais velhos, escritos pelos próprios. Durante algumas semanas a alameda de tílias esteve repleta de papéis ao sol, ao vento e até à chuva, mas hoje ainda havia bastantes desejos pendurados. Alguns deles curiosos, outros muito eloquentes das prioridades de quem os escreveu...
A Adriana, a assistente de fotografia da Isabel Pinto que hoje nos fez companhia em Aveiro, procurou nas Árvores dos Desejos os que lhe pareceram mais ternos ou mais divertidos. Aqui fica um dos mais queridos que encontramos: "desejo que todas as crianças tivessem um amigo".
Voltei a Lisboa depois de três dias intensos no norte. Primeiro em Aveiro, numa reunião na Universidade, com a equipa que pretende dinamizar e promover a preservação deste parque maravilhoso, no centro da cidade. Acabámos a dar um passeio pelo parque, claro. É lindo, mas sobre ele e sobre esta equipa e este projecto voltarei a falar mais à frente, quando lá voltar. Esta foi apenas uma primeira visita, para nos conhecermos pessoalmente e ficarmos em contacto.
Tirei uma fotografia a toda a equipa de frente para a minha máquina, mas ficou péssima e, por isso, uso esta. É pena, porque ainda não ficam a saber quem são as professoras, investigadores e especialistas que se propõem preservar o espólio bio-social do parque. Liliana Sousa é a coordenadora da equipa onde se inclui a Sara Guerra, a Sacha Vieira, o Henrique Vicente, a Natália Abrantes e a Celina Silva, todos eles ligados à universidade de Aveiro. O projecto tem este blog.
Passo a vida entre Lisboa e o Porto, realidade que adoro aliás. Desta vez vou por 3 dias, primeiro a Aveiro para visitar o 4º dos 7 projectos Entre Gerações sobre os quais vou escrever um livro para a Fundação Gulbenkian; depois à RTPN ao fim da tarde de hoje para comentar em directo algumas notícias do dia, e amanhã para dar um workshop sobre questões ligadas à comunicação entre homens e mulheres. Apetece-me imenso acabar esta semana desta maneira, a conhecer gente interessante com projectos inovadores e transformadores. E a debater algumas das manias tipicamente femininas e tipicamente masculinas num círculo alargado de pessoas apostadas em compreender melhor e aceitar mais o sexo oposto. João Lobo Antunes, neurocirurgião, gosta de dizer que muitas destas manias típicas de cada género estão inscritas no código genético. Se calhar estão mesmo.
Ando por aqui a mil, numa vida acelerada e com problemas na net, e daí também a minha ausência. Ontem fui à inauguração da exposição de fotografias de Jorge Colombo na Casa Fernando Pessoa e fiz uma entrevista ao Jorge que ainda não consegui publicar por estar a usar um PC que não é meu e está sempre a ser preciso.
Vale a pena ver Lisboa Revisitada pelo Jorge Colombo, que saiu de cá há 20 anos porque se apaixonou por uma americana, casou com ela e ... não voltou. Começou por viver em Chicago e agora mora em Nova Iorque e faz imensa falta aqui. Aliás o Jorge Colombo é daquelas pessoas que fazem sempre falta onde não estão. Digo isto porque o conheço bem e porque adoro toda a sua arte, seja fotográfica, gráfica, literária e outras.
Esta manhã estive no Centro de Congressos do Estoril a comentar uma conferência do Prof. Gomes Pedro, pediatra célebre pela sua ciência e por ser um dos grandes defensores dos direitos das crianças, que falou justamente sobre o sentimento de pertença. Tenho uma verdadeira devoção por Gomes Pedro e foi com um misto de prazer e ternura que o ouvi e, depois, o comentei. Também o entrevistei para o blog mas a entrevista fica na fila de espera até eu resolver os problemas com a net.
Entretanto estou de mala feita à porta, a caminho de Águeda e Aveiro. Mais logo dou notícias. O dia vai continuar acelerado mas tudo por boas causas. Sorte a minha!
Quinze dias depois de 2009 ter começado e vinte dias depois da queda da minha mãe dou comigo a sentir que hoje inauguro verdadeiramente um novo ano. Embora a manhã ainda tenha sido passada no hospital, o facto de a minha mãe ter percorrido pelo seu pé (com a ajuda do andarilho, claro!) o longo corredor da Unidade onde esteve internada encheu-nos a todos de confiança. O pior definitivamente já passou. Que bom!
Hoje é um dia importante por esta pequena-grande conquista e também por marcar o início de um tempo novo na minha vida: durante quatro meses e meio vou passar metade da semana, todas as semanas, a percorrer o país de norte a sul (ilhas incluídas, naturalmente) em acções de campanha para as eleições europeias.
Confesso que adoro este contacto com as pessoas e sinto que mais do que um desafio, é um enorme privilégio poder fazê-lo por causas em que acredito. O facto de o MEP ser um partido recém-criado, sem recursos financeiros nem margem para extravagâncias mediáticas ou de comunicação, faz com que esta campanha dure os quatro meses e meio que faltam até às eleições (marcadas para dia 7 de Junho). Acho uma sorte esta falta de recursos pois exige de todos nós ainda mais verdade e criatividade.
Amanhã vou estar em Águeda e no sábado em Aveiro, cidade onde me sinto completamente em casa. Passo a vida a ir a Aveiro, seja para a Feira do Livro, para participar em conferências, encontros e debates temáticos, ou para os meus Exercícios Espirituais numa casa maravilhosa na Costa Nova, entre a ria e o mar. Gosto muito de começar por aqui e de voltar a Águeda.
Se tudo correr bem, a partir de amanhã terei o meu segundo blog onde escrevo as minhas Crónicas de Campanha. Este blog continua a ser um espaço abrangente onde cabe a substância da vida e coisas tão diversas como as que compôem a sua história. Espero que esta duplicação na escrita não seja 'esquizóide' no sentido de desenvolver em mim uma espécie de segunda ou terceira personalidade...
Digo isto a rir, como graça, mas também com o realismo de quem sabe que os próximos tempos vão ser vividos em contra-relógio, numa corrida contra o tempo em que muitos dias será difícil (senão mesmo impossível!) alimentar dois blogs. Se for esse o caso ou quando for esse o caso, já sabem que não é falta de interesse em estar aqui ou uma preferência por estar ali. É apenas falta de tempo. E só!
Este blog vai ter um link permanente para o novo blog e, por isso, os que tiverem mais saudades aqui, podem procurar-me ali. Boa? E agora não resisto a deixar aqui o meu primeiro cartaz de campanha nesta minha condição de 'nova política' e candidata independente pelo MEP. Aqui fica a partilha do dia de hoje, com a verdade e o entusiasmo que me movem nesta fase em que tudo é muito exigente mas também muito desafiador. Espero estar à altura quer na família, quer na vida!
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