Todas as imagens que nos chegam dos massacres na Síria são de tal maneira brutais que é impossível fingir que não sabemos o que se está a passar naquele país. Dia após dia vemos o regime sírio desrespeitar as recomendações das Nações Unidas e ignorar os apelos que chegam de todos os pontos do globo, enquanto os filhos são mortos em frente dos seus próprios pais dentro e fora de casa. Pelas crianças sírias, mas também por todos os inocentes vítimas desta guerra civil não podemos deixar de assinar esta petição internacional. Basta clicar aqui para nos juntarmos a uma causa que é de todos nós: http://www.avaaz.org/en/syria_will_the_world_look_away_c/?fZyFhbb&pv=155
Há dias que acabam de uma forma quase perfeita, num lugar inesperado. Foi o caso.
Estive no Navio-Escola Sagres, para uma invulgar mostra de produtos biológicos.
A responsável pelo convite foi a Maria Palmira Gonçalves, presidente da ARABBI.
Conheci a Palmira na campanha ao PE e percebi a força mobilizadora desta mulher.
Desta vez trouxe a Ministra da Agricultura ao mar para conhecer produtores biológicos.
O cenário escolhido não podia ter sido mais improvável, mas também mais certeiro.
Assunção Cristas ouviu os agricultores com tempo e atenção. Valeu a pena a Sagres.
O fim da tarde e este horizonte líquido transformaram-se num cenário de filme ...
Dia de receber a visita do Tiago Azevedo Mendes para gravar o comentário mensal para o programa 70X7, que passa aos domingos de manhã cedo, logo às 9h. Desta vez falo sobre os filmes nomeados para os Óscares e o sentido da vida que fica plasmado em alguns deles. Logo à noite vou estar na Igreja do Campo Grande com o José Ribeiro e Castro, deputado e ex-eurodeputado, mais o pe Hermínio Rico, jesuíta, num debate promovido pelo Movimento Juntos Pela Europa, que tem como ponto de partida a interrogação "Europa, onde está a tua alma?". O encontro começa às 21h e a entrada é livre. Fica mais este convite para quem se interessa pelos temas da actualidade numa perspectiva mais humanista, por assim dizer. A ideia é revisitar a História, conferir o passado remoto e recente do projecto comunitário, tentar perceber a lógica de cada etapa de evolução neste já longo processo de construção da União Europeia, e avaliar o presente sem a tentação do 'indiferentismo religioso'. As raízes cristãs da comunidade europeia são um facto que nenhum historiador pode negar ou ignorar, e são também o património espiritual de todo o continente europeu. Como escreveu T.S.Elliot, "a força dominante na criação de uma cultura comum é a religião. Um europeu pode não crer nem viver a fé cristã, mas parte daquilo que pensa, diz e faz, surge como herança cultural cristã e adquire significado perante esta mesma herança". Esta noite cada um de nós vai dar o seu contributo numa discussão historico-filosofica, mas também política, cívica e espiritual. A mim cabe-me falar do valor do perdão e da importância da entreajuda, mas também da pior de todas as crises: a crise de memória, que ao apagar valores essenciais como a partilha e a conciliação, nos deixa a todos mais sós, mais vulneráveis e ... mais desalmados.
Dias destes são muito inspiradores e regeneradores. Re-energizadores, mesmo. Amanhã não faço greve e ainda que respeite profundamente quem adere a esta forma de manifestação, não vejo vantagem nenhuma em paralisar o país no auge da crise. Já aqui disse e repito: há 5 anos que sou freelancer, vivo sem subsídios de férias e de Natal, nunca estive no Fundo de Desemprego (embora já tenha estado vários meses desempregada), quando trabalho ganho e quando não há trabalho não ganho um único cêntimo; passo a vida a recriar-me, a inventar novas ideias ou novos projectos e a tentar que outros acreditem neles e em mim. Olho para estes anos e realizo que trabalho pelo menos 3 vezes mais para ganhar 3 vezes menos e nisto estou em absoluta comunhão com aqueles que sentem na pele a precaridade dos contratos de trabalho e a efemeridade dos projectos. Tal como muitas outras pessoas que conheço, continuo a fazer muitas coisas pro bono, a envolver-me em causas e a fazer voluntariado. Reformulei a minha vida, reorganizei as minhas prioridades e fiz o chamado downsizing. Vendi o carro e não voltei a comprar outro, ando a pé e de transportes públicos e, no geral, contenho todas as minhas despesas. Ou seja, estou entre os milhões de pessoas no mundo que estão a ser chamados a lutar, a trabalhar, a construir e a viver de acordo com critérios mais afinados e solidários. Por tudo isto e não só por isso, amanhã trabalho e dou o meu contributo a este país.
Sou pelo direito à greve e por outros direitos fundamentais, mas nestes tempos de crise global e neste momento tão particular que o país atravessa defendo o dever de trabalharmos, de contribuirmos e de construirmos muito mais e muito melhor. Chocam-me algumas medidas, em especial aquelas que continuam a proteger os mais ricos e a desproteger os mais pobres. Também me repugnam as reformas vitalícias de milhares de euros de alguns políticos precisamente por terem sido eles a tomar decisões que contribuiram para enterrar o país (e falo de políticos de todo o espectro partidário, notem!), mas sinto que não é tempo de fazer greve, muito pelo contrário! Todos não somos demais para evitar que este país afunde. Por tudo isto, enquanto alguns apelam à greve geral eu aposto na convocação nacional ao trabalho.
nota: importei esta fotografia de Paul Keleher da sua galeria no flickr.
Dia da tomada de posse do novo governo e dia de deitar mãos à obra. Há muito trabalho para fazer e cabe-nos a todos contribuir.
Corre a notícia de que fui contactada pelo PSD e estou a ponderar um convite para integrar as suas listas de candidatos a deputados na Assembleia da República. Como não é verdade e nem sequer houve qualquer contacto entre mim e o PSD, não dei importância à coisa e fui desfazendo o boato. Cada dia que passa percebo, no entanto, que este equívoco aumenta e gera outros equívocos e perplexidades. Como sou adepta da verdade, deixo aqui o meu desmentido radical. Não fui contactada, não estou a ponderar nada e não teria outra resposta senão declinar respeitosamente tal desafio/convite no caso de ele ter existido. Felizmente não existiu e assim não se ferem sensibilidades. Espero que este post contribua para esclarecer a confusão mediática.
Não percebo o que é que mudou em Fernando Nobre para aceitar ser cabeça de lista do PSD por Lisboa. Sinceramente ainda percebo menos porque é que um homem com o seu perfil e estatura moral se propõe desperdiçar o melhor do seu tempo na gestão política-partidária-burocrática-administrativa-logística da Assembleia da República e dos deputados.
Naturalmente preocupado com a crise política e financeira do nosso país, e consciente dos custos elevados das campanhas eleitorais, Marcelo Rebelo de Sousa fez três apelos aos dirigentes partidários com os quais concordo inteiramente. A saber: não gastar nem um cêntimo em outdoors, aproveitando melhor os tempos de antena, os debates televisivos e as entrevistas nos media para passar as mensagens de campanha; não entrar numa escalada de ataques partidários e ofensas pessoais; não desproteger os mais frágeis na próxima campanha eleitoral. Ele disse, eu sublinho e assino por baixo.
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