Para começar bem a semana, aqui ficam fragmentos de um poema de Novalis, poeta de que tanto gosto:
(...)
Teremos de assumir sempre um tom grave?
Quem for demasiado velho para sonhar,
que evite os encontros de jovens.
(...)
As cores da vida:
quanto mais vivas, melhor.
in Fragmentos são Sementes, Novalis, Roma Editora
"Desenha-me um sorriso" era o título do concurso de desenhos que a Acreditar, Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, lançou para crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos, a quem pediu para desenhar uma resposta à pergunta "o que me faz sorrir?". A ideia era mais uma vez sensibilizar para a realidade de oncologia pediátrica em Portugal, bem como sublinhar a importância da solidariedade e valorizar a criatividade e o imaginário infantil.
Fui júri deste concurso, juntamente com a ilustradora Carla Antunes (na foto) e o designer gráfico Henrique Cayatte. Passámos a tarde a ver centenas de desenhos vindos de todos os pontos do país, feitos por crianças e jovens. Tínhamos que eleger o vencedor para ser capa da Agenda de 2012, da Acreditar, e tínhamos que chegar a um consenso relativamente a outros 10 desenhos, para serem reproduzidos pelos CTT em forma de selos. A selecção não foi fácil.
Finalmente reunimos os vencedores. Aquele onde está escrita a palavra "Zoriso" foi o que ganhou o primeiro prémio e foi o seleccionado para a capa da Agenda. Os outros 10 ficaram em 2º lugar ex-aequo, e vão ficar gravados para sempre como selos dos correios. Vai ser giro para os autores e para as suas famílias verem os desenhos nesta forma... Muitos parabéns aos vencedores, mas também a todos os que participaram e não ganharam. Valeu a pena, dado o embaraço da escolha!
Uma bicicleta atirada para o chão não tem nada a ver com crianças com cancro? Sim e não, mas de alguma forma representa o momento em que estas crianças deixam de poder viver a sua vida de crianças. Deixam de poder brincar na rua com os amigos, de ir à escola, de viver despreocupadamente e sem dores nem angústias. Hoje é o Dia Internacional das Crianças Com Cancro e a ACREDITAR celebra este dia de muitas maneiras, mas acima de tudo alertando-nos para o facto de haver 300 novos casos por ano em Portugal. Sou voluntária da ACREDITAR há quase 15 anos, desde que a Joana, minha afilhada, teve um cancro. Tinha 10 anos e esteve um ano inteiro internada, sem grandes esperanças de se salvar. Felizmente sobreviveu ao calvário de operações e tratamentos, mas foi duro, muito duro. Em Portugal o cancro é a primeira causa de morte não acidental após um ano de vida. A leucemia continua a ser a neoplasia mais frequente nas crianças, seguida de perto pelos tumores do sistema nervoso central e pelos linfomas. Embora na maioria dos casos de cancro infantil o prognóstico seja favorável, chegando a uma taxa de sobrevivência na ordem dos 70 por cento, é um tempo muito doloroso para as crianças, as suas famílias e amigos.
Mais uma conquista do Salvador e de todas as pessoas com deficiência ou limitações físicas: a Microsoft lançou hoje um novo programa de computador radicalmente inovador e inclusivo e fez uma parceria com a Associação Salvador. O Windows 7 tem aplicações que facilitam ainda mais a vida a quem vê mal, tem dificuldades de audição ou uma amplitude de gestos condicionada e vai dar 3 euros à Associação por cada programa vendido. De forma muito resumida, esta foi a grande conquista do dia do Salvador. Esta, mais uma parceria de longo termo com a Microsoft que vai ficar disponível para adaptar sistemas informáticos em função de necessidades individuais específicas de pessoas com deficiência que recorram à Associação. Muito bom. Muitos parabéns ao Salvador e à sua equipa!
Assumo aqui no blog que o tempo de campanha é um tempo muito exaltante e gratificante mas, também, esgotante. Ainda só passaram três dias e já estou sem voz e nem sequer é por causa dos jantares-comício e encontros públicos.
Tem a ver com as diferenças de temperatura, com o sol em excesso, a chuva imprevista e o frio ainda meio-granítico destas noites no norte. Fazer campanha optando pela proximidade aproxima-me realmente das pessoas e, por isso, posso dar-me ao luxo de falar numa voz mais natural e menos gritada, por assim dizer. Melhor assim.
Hoje, domingo, o dia tem sido mais tranquilo em termos de visitas. Começámos em Braga, já fomos a Viana e estamos a caminho de Esposende. É a 5ª vez em 5 meses que ando pelo Minho. Paramos o autocarro nas praças e vamos andando pelas ruas. É muito bom poder alternar o tipo de actividades de campanha. Amanhã retomamos o ritual de entrega das Estrelas MEP Europa mas depois explico melhor a lógica desta estratégia positiva.
Para já queria enquadrar os novos vídeos e links que tenho no blog. Como os grandes media (em especial as televisões) resistem a dar espaço aos novos partidos políticos, publico aqui neste meu espaço uma síntese diária mais ou menos impressionista daquilo que vamos vivendo. Amanhã, dia 25, começa a campanha oficial e como os tempos de antena já estão todos online no Youtube, vou deixando aqui os do MEP.
Last but not least, gostava de pedir a todos queles que me acompanham ao longo deste caminho e me enchem de força, confiança e sentido 'só' pela certeza da sua presença neste círculo cada vez mais alargado, dizia eu que gostava de pedir a todos os que puderem e quiserem que vão dando uma olhadela no site do MEP onde vamos publicando filmes e informação eloquente desta nossa aposta. Obrigada por estarem tão próximos e se fazerem tão presentes num tempo em que as opiniões forçosamente se dividem e as convicções se aprofundam.
Leio e releio apaixonadamente o discurso fundador que
Robert Schuman, ministro dos Negócios Estrangeiros
francês, proferiu há precisamente 59 anos e dou comigo
a celebrar interiormente o espírito dos 'pais fundadores'
que permitiu realizar este sonho que parecia impossível
após duas Grandes Guerras, num continente muito ferido
e trespassado de dores e ódios. Sobre os escombros da
II Guerra Mundial, quando era impensável sentar alemães
e franceses à mesma mesa e esperar que convergissem
nos ideais, um grupo de políticos visionários e humanistas
conseguiu estabelecer uma lógica de solidariedade e de
interdependência que permitiu a reconstrução da Europa.
Começou por ser a Comunidade do Carvão e do Aço, dois
bens escassos que potenciavam as guerras entre franceses
e alemães, e evoluiu para a União Europeia. De seis países
passámos para 27, com mais alguns à porta a pedir para
entrar e nenhum a pedir para sair. Estamos mais conscientes
das virtudes e excessos deste ambicioso projecto europeu em
construção mas também mais certos de que a união faz a força.
Uns mais cépticos e centrados nas imperfeições, outros mais
entusiastas e apostados em poder atenuá-las, todos fazemos
caminho sabendo que há grandes assimetrias e desigualdades
que importa corrigir. Sou uma entusiasta assumida e, por isso,
hoje ouço a voz de Schuman e sou capaz de voltar a um tempo de
pós-guerra e grande crise que não vivi mas os meus avós viveram
e, de certa forma, os meus pais também. E são estes 50 anos de
paz e prosperidade num continente turbulento que me entusiasmam
num dia em que nem sequer posso participar nas comemorações
oficiais por ter fracturado o dedo de um pé. Wrong thing, wrong time!
Espero que as dores passem rápido, para voltar à estrada neste
tempo de campanha em que preciso tanto dos pés como da cabeça...
Amanhã não falto à Feira do Livro às 17h mas vou ter que ficar sentada.
Esta é a imagem que vejo da minha janela na Foz do Arelho,
onde estou desde ontem numa formação intensiva sobre as
questões e matérias europeias. O início deste ano e o desafio
de concorrer ao Parlamento Europeu marcam um tempo mais
intenso que me apaixona e fascina. Sei que este é um desafio
colossal, que exige muito de toda a equipa de 'novos políticos'
da qual agora faço parte. O que me apaixona ao estudar estas
matérias é perceber como estão tão actuais a mensagem e as
intenções dos fundadores do projecto europeu. O que prende e
fascina é perceber a natureza de uma construção que tem sido
um pilar de paz e estabilidade, e um motor de desenvolvimento
em tantos países num continente com um passado tão agitado
e marcado por guerras e conflitos no passado. A união Europeia
pode ser (é!) um projecto ainda incompleto e imperfeito mas tem
cinquenta anos de história de entendimento e prosperidade, de
partilha e solidariedade entre povos que agora são amigos mas
já foram grandes inimigos. E é por isto (e por muito mais) que sou
uma entusiasta da Europa; e é por ser um projecto em construção
que acredito que todos podemos ajudar a construi-lo mais e melhor.
Esta janela é uma inspiração, este tempo aqui é uma oportunidade!
Este é o título do novo livro de Vasco Pinto de Magalhães, editado pela Tenacitas. Ainda não o tenho porque foi lançado esta semana mas o título acompanha-me desde que o próprio pe Vasco me falou deste seu novo livro. É mais uma colecção de pensamentos para ler ao longo do ano. 365 pensamentos construtivos, 365 ideias para pormos a vida em perspectiva e para percebermos por onde entra o ânimo e o desânimo. Como ainda não tenho o novo livro, deixo aqui hoje um dos pensamentos do livro 'antigo', que está sempre esgotado nas livrarias mas também vale a pena encomendar para ter à cabeceira.
Cada um vê aquilo que espera. Parece estranha esta afirmação. Vemos o que esperamos! É assim. Se o que espero são desgraças, só vejo desgraças e tudo me parece já mal. Mas se o que espero (e sei que vem) é o Bem, tudo já são sinais desse bem. É isso que me purifica o olhar e me liberta de fantasmas. Quem sabe que o Bem vem, já vê o bem a vir. Vê com bons olhos, mesmo no meio do nevoeiro. (in Não Há Soluções, Há Caminhos, ed. Tenacitas)
Nas próximas duas horas torço pela concentração e inspiração do meu filho, dos amigos e de todos os que fazem hoje o exame nacional de Geografia. Que nervos.
Já me tinha esquecido destas dores de barriga. Ou melhor, nunca tinha pensado que como mãe também podia sofrer tanto no dia dos exames. Ele e os amigos estão no 11º ano e este é o segundo exame nacional que fazem mas como são todos de estudar só nas vésperas, nunca se sabe...
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