BOAS RAZÕES PARA ESGOTARMOS O TEATRO CAMÕES: as receitas de toda a plateia do Ensaio Solidário da CNB de dia 24 de Abril revertem directamente para os Leigos para o Desenvolvimento. Os bilhetes para o ensaio de DANCE BAILARINA DANCE, pela Companhia Nacional de Bailado, custam 15 Euros e devem ser reservados pelo 21 757 42 78 ou através do e-mail: ldconchatello@gmail.com também até dia 19 de Abril. Sou embaixadora dos Leigos para o Desenvolvimento (ler: voluntária para fazer pontes e dar a conhecer o extraordinário trabalho desta ONG) e gostava de sublinhar que cada euro investido no apoio aos Leigos é uma aposta segura numa das causas mais sólidas e solidárias que conheço. Sólida, pelos mais de 25 anos de missões em África e Timor; solidária, porque os Leigos promovem efectivamente o desenvolvimento de acordo com a grande máxima: "mais do que dar o peixe, ensina a pescar". Os Leigos ensinam a pescar, mas também a construir as canas de pesca...
Comecei a trabalhar como jornalista na RTP há precisamente 33 anos. Entrei no dia 4.4.80 e todos os anos esta data me recorda um episódio inaugural, que se passou uns meses antes e marcou a minha vida profissional: candidatei-me à RTP quando entrei para a Faculdade porque li um anúncio no Expresso e achei graça responder, mas como faço anos em Dezembro andei sempre um ano adiantada e cheguei à Universidade com 17 anos. Ou seja, tinha 17 anos quando também fui admitida para um concurso já na altura muito disputado, entre centenas de candidatos. Depois de uma série de provas consegui ficar em 2º lugar ex-aequo com outro candidato, e no fim da entrevista que decidia tudo (e era feita por um júri solene e de certa forma intimidatório de 5 pessoas graves e sérias) fez-se silêncio e um dos elementos, que já morreu, disse:
- Muitos parabéns, ficou muito bem classificada e gostamos muito de si, mas como tem apenas 17 anos e a RTP é uma Empresa Pública não a podemos contratar.
Novo silêncio, mais demorado e interrogativo, comigo a tentar decifrar rapidamente o que tinha acabado de ouvir e não me fazia sentido nenhum. Se sabiam que não me podiam contratar, porque é que me deixaram chegar ao fim das provas e no fim fazer a entrevista? E eis que passado o suspense, o mesmo elemento júri avança para mim e declara:
- Muitos parabéns. Não a podemos contratar agora, mas como realmente gostamos de si, vamos esperar que faça 18 anos.
E assim foi. Estavamos no fim de 1979 e passados 6 meses entrei para a RTP, já com 18 anos feitos.
Este episódio ficou para sempre gravado na minha memória por todas as razões e mais algumas, mas acima de tudo pela confiança que depositaram em mim e pela gratidão que ainda hoje sinto por aquelas pessoas que mesmo sem me conhecerem e sem eu ter dado mais provas do que as que dei, apostaram em mim e ajudaram-me a traçar o meu futuro profissional. Hoje, passados 33 anos, olho para trás, volto ao momento da entrevista, e espero sinceramente ter estado à altura desta confiança.
P.S.: Esta fotografia foi tirada uns anos mais tarde, quando o Emídio Rangel me desafiou para inaugurar a moda das reportagens em directo para a TSF, feitas com jornalistas que atravessavam a cidade de mota. De manhã era eu e de tarde era o José Manuel Mestre. Bons tempos.
E pediu-me para fazer o prefácio, coisa que muito me comove e enche de orgulho. Somos amigos há cerca de 10 anos e, por isso, já conheci o Bento na sua cadeira de rodas. Impressionou-me desde o primeiro minuto a sua serenidade, inteligência e alegria. Foi uma 'quicksonic friendship' e desde então temos partilhado muitos e muito bons momentos. Seja de férias ou em visitas de trabalho ao Porto; rodeado de família ou amigos; para provas de vinhos e chocolates (geniais, estas provas que o Bento faz, acompanhadas de um menu gourmet que ele próprio concebe e cozinha por interposta pessoa, quase sempre a Clô, sua irmã) ou simplesmente para estarmos à conversa à mesa ou na sala, todas as horas e dias passados com o Bento são um tempo bem vivido. O Bento é, entre muitas outras coisas, Chefe de Câmara dos Provadores de Vinho do IDVP, foi campeão do mundo de vela adaptada e bateu o recorde do mundo em velocidade na neve. Tudo isto e muito mais depois de ter ficado tetraplégico ao fazer uma carreirinha no mar quando tinha 25 anos. Este livro era mesmo preciso e estava a fazer falta a muita gente. Falo por mim, que já o li de uma ponta à outra, mas também de muitas pessoas a quem o testemunho de superação diária do Bento vai ajudar a atravessar muitas crises. O livro vai sair em breve, mas dou notícias. Nas fotos de baixo, tiradas em Serralves há dois Verões, estão o Bento e a Carmo, sua mulher e também minha amiga, eu e o João Melo Gouveia, a Susana (cunhada, de t-shirt branca) e a Clô. A Carmo, a Susana e a Clô também são uma grande inspiração para todos nós que as conhecemos e acompanhamos. Grande pinta, esta família e a atitude com que vivem toda a adversidade diária.
Ontem foi dia de chamar o INEM para uma emergência familiar que envolveu a minha mãe numa situação inédita de crise com dor extrema e incapacitante. Dois bombeiros chegaram com a ambulância passados breves minutos e o filme da entrada e saída de casa, mais a chegada a São José, foi eloquente da eficiência destas equipas extraordinárias. Impressiona sempre ver profissionais exercer a sua profissão com escrúpulo, zelo e humanidade. Sobretudo comove a humanidade e a bondade destes homens e mulheres que acodem os aflitos 24h sobre 24h. Começo pela simpatia e profissionalismo, mas não posso deixar de sublinhar a ternura e o sentido de humor com que aliviam dores físicas e morais. O bombeiro de ontem chamava-se Pedro Moreira (não fixei o nome do outro, que pena) e foi inexcedível. Quando viu a minha mãe, de 77 anos, naquele estado de dor e paralisia, exclamou: "Ah, é esta jovem!". Pode parecer um detalhe menor, mas o sorriso que nos provocou a todos foi apenas o primeiro de muitos. Depois e porque se tratava de uma crise de cervicais e era impossível fazer o transporte deitada numa maca, também ele deu a mão à minha mãe durante os dolorosos sobressaltos do caminho e travou com os seus próprios pés os pés da minha mãe para que não escorregasse na cadeira e sofresse menos durante o percurso. Atenta a estes e outros detalhes dentro e fora da ambulância, não posso deixar de agradecer a todos os profissionais do INEM que nos ajudam a atravessar estes momentos de sofrimento sem pânico e com confiança. Muito obrigada a todos e a cada um.
Um Papa resigna por questões de saúde e debilidade física, mas também para permitir que a Igreja se renove. Grande liberdade interior, a de Bento XVI.
Há pessoa que são mais do Céu do que da Terra. A minha querida tia Ester era uma destas pessoas. Agora está finalmente no lugar que lhe pertence.
O que é que Nuno Tovar de Lemos, padre jesuíta, tem a ver com velas, veleiros e marinheiros? Nada. Ou tudo, depende do ponto de vista e do dia da semana.
A partir desta 5ª feira, e até domingo, estarão em Lisboa alguns dos maiores veleiros do mundo. A Sagres é uma beleza e hoje uso a polaroid que tirei recentemente, no dia em que estive a bordo, para falar de uma dupla celebração a propósito de veleiros e fé. Como estava a dizer, entre 5ª e domingo a entrada é livre e todas as pessoas podem ir ao Cais dos Cruzeiros, perto de Santa Apolónia, ver o espectáculo fabuloso dos Tall Ships.
No dia da inauguração deste mega-acontecimento os jesuítas do Cupav - Centro Universitário Padre António Vieira - vão celebrar uma missa ao ar livre, com um cenário de cinema: os veleiros, os mastros e as velas ao entardecer, com um pôr-do-sol no horizonte líquido e a outra margem ao fundo. Todos os que quiserem ir podem ir, mas por uma questão de organização o Cupav pede para mandarem um mail a avisar que vão. Isto porque em cada uma das celebrações recentes na Lx Factory e depois, nas Ruínas do Carmo, estiveram quase mil pessoas.
Ver a maneira prática e poética como os jesuítas e voluntários improvisam o altar e transformam os espaços em lugares sagrados é outro filme. Habituados a celebrar para crentes, descrentes e cépticos, os jesuítas sabem que a estética importa e ajuda a entrar no espírito. Não vou perder esta missa como, aliás, não perdi a celebração da LxFactory nem a missa nas Ruínas do Carmo. Sem querer converter ninguém, mas porque sei que estes momentos são radicalmente marcantes até pela experiência estética, insisto, pelo silêncio, pela comunhão e pelos coros num espaço público, não resito a aconselhar este 'programa' para 5ª feira às 20h. Quem quiser ir mande um mail para aqui: missa.grandesveleiros@gmail.com
Nesta imagem Nuno Tovar de Lemos e Miguel Siqueira de Almeida faziam os últimos preparativos antes da missa nas Ruínas do Carmo. Estas celebrações são especiais para todos os que participam e também para quem acha que a Igreja está muito distante da realidade-real.
Hoje falo aqui e no meu fb da Maria Vicente Rosa, 22 anos, estudante de Psicologia, já no 4º ano, a fazer Mestrado, porque sei que ela é uma baby-sitter espectacular e como já está de férias, está mais disponível para quem possa precisar. Hoje em dia é bom ter referências e como conheço bem a Maria, que é uma das minhas primas mais novas, e sei da sua alegria, da sua criatividade, dedicação e maturidade, deixo aqui a sua fotografia e os seus contactos, just in case...e para que possam passar palavra. Mail: mariafvrosa@hotmail.com Telemóvel: 919897492.
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