Filmámos o Kiko e a Maria a cozinhar um jantar na cozinha de um amigo ontem à noite. Depois de um ano a viajarem pelo mundo através das cozinhas, o Kiko e a Maria cumpriram a primeira parte do seu projecto Eat The World. Entrevistei-os para a minha série e faltavam estas imagens. Os 3 cozinhados de ontem ficaram deliciosos e as conversas de cozinha foram uma alegria. Muito bom. Grande privilégio trabalhar com esta equipa, a entrevistar pessoas como o Kiko, a Maria e todos os que cabem nesta série de portugueses com iniciativa, determinação e garra para construir este país e deixar a nossa marca no mundo.
Instantâneos da vida na cidade de Lisboa: na sexta-feira passada ao fim da tarde dei com este cortejo de bicicletas a desfilar pela Avenida de Roma. Não sei de onde vinham nem para onde iam, mas gostei de assistir e gostei do silêncio e da quietude que, de repente, atravessou aquela avenida.
Diz o Paulo Lopes, no comentário a este post, que este grupo era da Massa Crítica. Que giro, vou experimentar ir no próximo dia 25. Obrigada pelas pistas, Paulo! Aqui fica também o link do Lisbon Cycle Chic.
Fui ao lançamento do novo livro de Tolentino Mendonça, que esta tarde foi apresentado como "poeta, sacerdote e professor", por esta ordem. Trata-se de mais um livro original, simples e profundo em que Tolentino fala do tesouro que existe em cada um de nós e da arte da procura interior, em busca desse mesmo tesouro. Monge guerreiro, foi como chamou a Tolentino um dos 'prefaciadores' orais desta tarde. Disse que este livro revela os fundamentos da "ideologia tolentina", no sentido de fazer pontes entre cépticos ou duvidosos e crentes. Comecei a lê-lo ainda na FNAC, enquanto esperava a minha vez na fila dos autógrafos. Aconselho-o a todos os que gostam de desafios intelectuais, estímulos existenciais e rigores éticos.
Eu estou péssima na fotografia mas a Teresa e a Luísa estão óptimas, bonitas e iguais a si mesmas. Não resisto a estas miúdas. Ontem à saída da audição de piano estava muito vento e ficámos as três cheias de frio. Valeu-nos a minha écharpe de algodão encarnado... A Teresa ontem mostrou-me todos os livros que já leu nas férias e é impressionante. Está entusiasmada com a colecção Uma Aventura e já chegou a ler um livro inteiro em apenas um dia. Bravo! Ela adora o grupo de aventureiros e gosta da coincidência de nomes das gémeas Teresa e Luísa, duas das protagonistas destes livros. Também acho graça à coincidência de nomes. A Luísa ainda não lê mas já escreve algumas palavras de cor. E tal como a Teresa, faz desenhos giríssimos. Ah! E tira fotografias! Deixo aqui 3 imagens 'abstractas' (como me explicou) que ela tirou com a minha máquina, mais uma da Teresa a ler os seus livros.
O meu filho voltou de férias mais cedo porque tem a última audição de piano deste ano lectivo já no próximo domingo, e precisa de estudar. Tal como fez no ano passado, tocou todos os dias num piano alugado à hora numa academia de música na cidade onde passa férias. Hoje jantámos em família alargada e foi uma festa voltarmos a estar juntos. Ontem foi o Dia dos Avós, mas acabámos por celebrar hoje com um jantar mais especial e uma mesa mais comprida onde couberam tios, sobrinhos e amigos. Soube-nos bem a companhia um dos outros. Gosto da alegria das conversas descombinadas na sala de janelas todas abertas sobre a cidade. O meu filho deixou-me no computador 5 pequenos vídeos dele a tocar cinco fragmentos de peças de compositores diferentes. Agora ouço-o enquanto escrevo. Tinha saudades.
Passei a correr por uma rua onde o tempo parecia ter outro tempo, ampliado pelo silêncio dos homens concentrados nas peças e movimentos de tabuleiro, e abrandei imediatamente o passo. Fiquei ali a vê-los pensar, pensar, hesitar, e depois arriscar jogar. Sempre calados, todos exclusivamente focados nas enormes peças de xadrez colocadas num tabuleiro de grandes dimensões, desenhado no chão.
Do lado de lá, a claque silenciosa do jogador de fato cinzento, que disputava a partida ao de casaco verde, sentado do lado de cá. Ninguém disse uma única palavra nem fez o mais vago gesto para não distrair os jogadores. Acompanhei-os durante alguns minutos e tirei fotografias mas nem uns nem outro pareceram dar pela minha presença. Saí discretamente pela esquerda baixa e deixei-os na sua cisma olímpica.
Estes homens e este jogo moram no centro de Amsterdam. Pelo que percebi cada partida de xadrez pode demorar eternidades e, tal como os grandes encontros dos grandes jogadores, arrastar-se durante dias. Acho graça às vidas dos outros...
Tiro um livro ao acaso das prateleiras meio à sombra, meio ao sol, e sai-me o "Aqui e Agora" de Henri Nowen. Leio distraída alguns dos sublinhados que contém, até parar naquele que, a meu ver, justifica o acaso de ter pegado nele hoje:
É difícil viver no presente. O passado e o futuro continuam a atormentar-nos. O passado com remorsos, o futuro com preocupações. (...) Mas piores que as culpas, são as preocupações. As nossas preocupações enchem-nos a vida de "o que será se": o que será se fico desempregado; o que será se o meu pai morrer; o que será se não tiver dinheiro suficiente; o que será se a economia enfraquece ainda mais; o que será se estala uma guerra?(...) os verdadeiros inimigos da nossa vida são os "deverias" e os "ses". São eles que nos puxam para um passado que não se pode modificar e para um futuro imprevisível. Mas a vida real tem lugar aqui e agora.
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