Para começar bem a semana, aqui ficam fragmentos de um poema de Novalis, poeta de que tanto gosto:
(...)
Teremos de assumir sempre um tom grave?
Quem for demasiado velho para sonhar,
que evite os encontros de jovens.
(...)
As cores da vida:
quanto mais vivas, melhor.
in Fragmentos são Sementes, Novalis, Roma Editora
Hoje é um dia em que só cabe alegria em nós e em toda a nossa família. Hoje celebramos os 54 anos de casados dos nossos pais e é impossível não partilhar esta felicidade tão grande e tão profunda. Tudo o que tenho e sou, no sentido mais estruturante e marcante da minha personalidade, devo-o aos meus pais e à sua extraordinária maneira de ser e agir. Vivo com a consciência do privilégio que é ser filha de pais íntegros, rectos, generosos, inteligentes, alegres, construtivos, bondosos, fiéis aos seus valores e a cada um de nós, e sinto uma gratidão infinita por tê-los tão próximos, tão autónomos e livres nestas idades. O meu pai tem 81 e a minha mãe 77 anos e é uma benção hoje podermos celebrar juntos este dia.
P.S.:Hoje também decidi tentar retomar o blog e embora saiba que dificilmente o conseguirei actualizar todos os dias, confesso que tenho saudades deste meu (nosso!) grupo alargado de amigos e não queria deixar passar mais tempo sem voltar. Aproveito a boleia deste post e deste dia radicalmente feliz para vos desejar a todos festas felizes e um ano cheio de pessoas, encontros, oportunidades e projectos construtivos! Sabemos que será um ano difícil, mas não podemos deixar de acreditar em melhores dias!
Sei muito pouco sobre esta senhora, mãe de vários filhos e avó de 10 netos, com quem me cruzei esta manhã depois de uma reunião para organizar um encontro do Humanity's Team em Portugal. Vinha a conversar pelo passeio quando 'tropecei' nesta cena: uma senhora mais velha toda despachada a abrir o capot do carro para verificar a mecânica com ar entendido. Perguntei-lhe se precisava de ajuda e com o mesmo ar desembaraçado agradeceu e disse que não. Achei graça à sua atitude e voltei atrás para lhe perguntar se podia repetir a cena e se a podia fotografar para o blog. Riu e disse que sim. Chama-se Ana Maria, tem idade para ser minha mãe e atravessa uma fase particularmente erosiva e dolorosa do ponto de vista da saúde, mas ninguém diria. Grande pinta!
O que é que Nuno Tovar de Lemos, padre jesuíta, tem a ver com velas, veleiros e marinheiros? Nada. Ou tudo, depende do ponto de vista e do dia da semana.
A partir desta 5ª feira, e até domingo, estarão em Lisboa alguns dos maiores veleiros do mundo. A Sagres é uma beleza e hoje uso a polaroid que tirei recentemente, no dia em que estive a bordo, para falar de uma dupla celebração a propósito de veleiros e fé. Como estava a dizer, entre 5ª e domingo a entrada é livre e todas as pessoas podem ir ao Cais dos Cruzeiros, perto de Santa Apolónia, ver o espectáculo fabuloso dos Tall Ships.
No dia da inauguração deste mega-acontecimento os jesuítas do Cupav - Centro Universitário Padre António Vieira - vão celebrar uma missa ao ar livre, com um cenário de cinema: os veleiros, os mastros e as velas ao entardecer, com um pôr-do-sol no horizonte líquido e a outra margem ao fundo. Todos os que quiserem ir podem ir, mas por uma questão de organização o Cupav pede para mandarem um mail a avisar que vão. Isto porque em cada uma das celebrações recentes na Lx Factory e depois, nas Ruínas do Carmo, estiveram quase mil pessoas.
Ver a maneira prática e poética como os jesuítas e voluntários improvisam o altar e transformam os espaços em lugares sagrados é outro filme. Habituados a celebrar para crentes, descrentes e cépticos, os jesuítas sabem que a estética importa e ajuda a entrar no espírito. Não vou perder esta missa como, aliás, não perdi a celebração da LxFactory nem a missa nas Ruínas do Carmo. Sem querer converter ninguém, mas porque sei que estes momentos são radicalmente marcantes até pela experiência estética, insisto, pelo silêncio, pela comunhão e pelos coros num espaço público, não resito a aconselhar este 'programa' para 5ª feira às 20h. Quem quiser ir mande um mail para aqui: missa.grandesveleiros@gmail.com
Nesta imagem Nuno Tovar de Lemos e Miguel Siqueira de Almeida faziam os últimos preparativos antes da missa nas Ruínas do Carmo. Estas celebrações são especiais para todos os que participam e também para quem acha que a Igreja está muito distante da realidade-real.
Hoje eu e o meu filho fizemos esta estrada quatro vezes, para trás e para a frente, de manhã e à tarde, por causa de uma mudança importante e marcante nas nossas vidas. Educar um filho para a autonomia, para a liberdade e a responsabilidade é um caminho longo e por vezes acidentado que vale a pena percorrer. Este dia fica para sempre assinalado como um marco no percurso de cada um. Hoje acordo e adormeço infinitamente grata a Deus, à vida, e de uma maneira especial aos meus pais, aos meus irmãos, ao meu sobrinho mais velho e aos amigos que estão mais próximos em dias como este.
Aos 72 anos, Al Jarreau impressiona pela vitalidade e alegria em palco. Continua a ter aquela sua extraordinaria sonoridade musical e a imitar vários instrumentos com a sua própria voz. Depois de vários internamentos por problemas cardíacos e respiratórios, voltou aos palcos e às digressões. É incrível esta sua atitude de superação e a força que revela.
Tanto ou mais do que a sua voz e a sua força interior, marcam-nos a sua alegria e a sua ternura. Canta a sorrir e ri por tudo e por nada. Oferece sucessivamente o palco aos seus músicos para poder fazer as suas pausas, mas também para os deixar brilhar. E brilham mesmo. No fim Al Jarreau ficou muito próximo do público e deixou-se abraçar, tocar e fotografar com os seus fãs. Quando as luzes do palco se apagaram ele desceu e ficou no meio de um círculo de admiradores, com quem conversou animadamente. Impressionante, mesmo. O concerto foi muito bom e todos dançámos e cantámos alguns dos seus hits. Era impossível não o acompanhar.
É giro andar pelos corredores e escadarias da Assembleia da República nos dias em que estão povoados de estudantes, de adolescentes que se sentam no chão, se derramam pelos sofás e usam o espaço como se estivessem em casa. A escala monumental dos átrios e claustros fica ainda mais humana, instantaneamente mais alegre e mais vivida. Acho que os políticos também devem gostar deste suplemento de vozes e risos que entram na sua esfera quando chegam os alunos das escolas que visitam a AR.
Encontrei estas fotografias no fb de um grande amigo e importei-as para aqui (espero que ele não se importe) porque não resisto a dar os parabéns ao pai e à mãe, meus queridos amigos de quem tenho sempre saudades. Conheci esta miúda quando era bebé, mas os anos passaram e agora está crescida e cada vez mais bonita. Linda!
Não resisto a partilhar uma cena matinal em casa dos meus pais: moramos ao lado uns dos outros há uns meses, porta com porta, e esta manhã quando fui dar os beijos de bons-dias, ao abrir depois o frigorífico com gestos maquinais e distraídos fui surpreendida com a música All Toghether Now cantada em alto por este dueto improvável Carminho/Moonspell. Voltei à sala e lá estava a minha mãe de computador ligado a ler o post no meu blog, com o vídeo a passar e a música a tocar altíssima. Muito bom. Muito divertido. Uma cena matinal quase tão improvável como o próprio dueto. Obrigada, Alexandre, Carminho & Cia por estes momentos únicos e irrepetíveis que nem sabem que provocam.
Não posso deixar de sublinhar o registo e a atitude da Adelaide de Sousa, entrevistadora e apresentadora do programa Ente-Nós, na SIC Mulher, por ser capaz de conduzir longas conversas biográficas sem a menor tentação de devassar as zonas de intimidade da vida privada dos seus entrevistados,nem fazer perguntas invasivas. Agradeço esta elegância e inteligência, mas também registo a alegria e a maneira como a Adelaide é sensível à sensibilidade dos outros. Aqui fica o link para a entrevista e os horários diurnos de 5 das 9 repetições ao longo da próxima semana: terça 07:00 e 11:00; sexta 17:30, sábado 17:45, domingo 20:00. Hoje é o dia D, da estreia de FEITOS EM PORTUGAL, e felizmente tenho um almoço com a família alargada, com tios e primos do lado do meu pai. É bom pela alegria de estarmos juntos mas também ... para me distrair e não ter muitos nervos pela expectativa. Quem, como eu, faz um trabalho mais exposto, atravessa períodos de visibilidade e invisibilidade, por assim dizer. Neste momento estou numa fase de grande visibilidade e exposição, e embora seja uma fase particularmente feliz e construtiva, confesso que não é desprovida de nervos. Como nas horas antes das provas orais que são feitas com assistência, estão a ver?! É mais ou menos isso. Bom sábado e amanhã falamos sobre o feedback da estreia. Obrigada por estarem aí!
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