Vou apanhar o Alfa da tarde para Braga, de forma a chegar a tempo de apresentar o novo livro de fotografias de Manuel Correia. Por enquanto não tenho imagens dele, nem do livro, nem da livraria 100ª Página, que é linda de cinema, e sobre a qual já escrevi algumas vezes. Mas logo que as tenha substituo esta, que serve apenas de ícone enquanto me preparo para o caminho. Adoro este sol de Inverno que, como diz a Concha, não aquece nada mas ilumina tudo. E adoro ir por aí acima de comboio com os meus headphones e a minha música, a ver o filme da paisagem através das janelas. Tudo o que me apetece hoje é rever a Maria Rufino e o Manuel Correia e estar com eles na 100ª Página pelas melhores razões. Mal posso esperar para apresentar o livro dele, porque me fascina o seu olhar e gosto muito das suas fotografias. Quem estiver por Braga às 7 da tarde é muito bem vindo à livraria!
Volto às fotografias que a Mariana Sabido tirou à nossa família numa tarde muito divertida, cheia de abraços, cumplicidades e gargalhadas, para dar os parabéns ao meu irmão Mané, que faz hoje anos. Nascemos os quatro em Dezembro e, por isso, este mês é uma alegria permanente e uma festa sem fim. Parabéns queridos pais!
Obrigada a todos os que me escrevem e telefonam para dar os parabéns. E obrigada aos amigos que cozinharam o jantar maravilhoso de ontem e me fizeram a festa mais divertida e mais animada que podia ter!
P.S.: esta imagem foi tirada à sobremesa de um almoço especial, noutro dia. Não teve a ver com os meus anos, mas uso-a por vir das mãos de alguém que também sabe o valor que têm os amigos que alimentam outros amigos.
Parabéns, pai. Falta um ano para celebrarmos os seus oitenta, grande pinta. Uso o seu computador, em sua casa, às escondidas para deixar aqui uma fotografia nossa já com quase dois anos (foi a única que encontrei aqui sem ter que lhe pedir outras, para não me denunciar). Obrigada hoje e sempre pelo seu exemplo, pela sua integridade, pela sua bondade, pela sua atitude, pelo seu amor sem limites, pela sua disponibilidade e pelo humor sempre tão presente. Posso viver cem anos que nunca esquecerei cada um dos seus gestos queridos ao longo destes nossos anos em família.
Adoro observar as mãos e os gestos dos outros, e fascinam-me particularmente as mãos dos artistas e escritores. Ontem encontrei por acaso o arquitecto Eduardo Souto Moura perto de minha casa. Estava sentado a fumar o seu cigarro de fim de tarde, antes de ir para a cerimónia de homenagem que um grupo alargado de arquitectos e personalidades mais ou menos públicas decidiu prestar a Nuno Teotónio Pereira. Sentei-me com ele à conversa um quarto de hora, tempo mais que suficiente para o ouvir dar as suas gargalhadas e contar algumas pequenas histórias.
Perguntei-lhe se podia fotografar as suas mãos e ele disse que sim, sem nenhuma hesitação e confessou-me que também tem fascínio pelas mãos dos outros. Achei graça ao facto de ele desenhar a sua própria agenda mensal num caderninho preto igual aos que Le Corbusier usava no bolso do casaco. Souto Moura usa-o no bolso de trás das calças, coisa que lha dá um ar boyish.
Contou-me coisas sobre a sua mãe, que tem noventa anos, e a avaliar pelas histórias do filho conserva uma lucidez e um sentido de humor invulgares. Despedi-me e desci para o Chiado a correr porque eu própria tinha onde estar às 7h da tarde. Mais à frente encontrei grande parte da minha antiga família, todas as cunhadas e cunhado (estes são os laços que nunca se desfazem), com a surpresa feliz de terem acabado de receber o primeiro exemplar do maravilhoso volume da Obra Poética de Sophia que está prestes a ser lançado. Uma beleza! Adoro estes encontros felizes e estas surpresas inesperadas e comoventes.
Gosto muito desta instalação de Dan Graham, artista plástico norte-americano, que está nos jardins de Serralves desde o ciclo de exposições "Sobre, Em Volta, Dentro da Paisagem".
Nestes dias de sol de Outono, mas ainda quente, os jardins de Serralves ficam uma beleza. Apetece andar por ali e foi o que fizemos. Primeiro, um brunch no restaurante do Museu de Arte Contemporânea, depois um passeio demorado pelas alamedas de castanheiros.
Serralves é sempre um acontecimento. Temos a sorte de ter a Gulbenkian em Lisboa, mas adoro ir a Serralves.
Em baixo, um dos dois portais de ferro do escultor Richard Serra. Não é a sua obra mais extraordinária nem mais eloquente do seu percurso, mas não deixa de ser uma presença marcante nos jardins.
Eis parte do grupo de amigos que hoje se juntou à volta da mesa em Serralves. Que saudades que eu já tinha do Camilo, do Bento, da Carmo, da Clô, do Afonso, da Susana e dos miúdos, que hoje andaram sempre radiantes à nossa volta (ou à nossa frente) em brincadeiras e cambalhotas. Foi um domingo de sonho, depois de um sábado de festa e celebração de um casamento de dois grandes amigos. Maravilha!
Debaixo deste alpendre vivemos neste fim-de-semana momentos de grande tranquilidade e cumplicidade. Fui com a minha mãe para a casa de Verão de dois bons amigos e por ali ficámos num tempo sem tempo. Ou, como gosto de dizer (porque é o que sinto!), num tempo de eternidade. Neste alpendre de sonho lemos horas a fio, tivemos longas conversas, ouvimos as cigarras a cantar com toda a garra e todas ao mesmo tempo, e colhemos buganvílias de com flores de duas cores.
Não há nada melhor nem mais descansativo do que sentirmo-nos verdadeiramente em casa dos amigos. Nesta sem-cerimónia própria de quem se conhece e reconhece no essencial, os silêncios nunca pesam e todas as conversas apetecem. Obrigada Margarida e obrigada Antrónio. Adorámos estar aí convosco!
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