Eis o ramo de flores que o Diogo me entregou no fim de uma tarde de conversa no Colégio do Sagrado Coração de Maria, a propósito do Dia da Filosofia. Devo as flores, a conversa e estas horas tão bem passadas, rodeada de 90 alunos com idades entre os 14 e os 16 anos, à professora Ângela Curral. Leitora assídua deste blog, a Ângela desafiou-me a dar uma 'aula' sobre política e cidadania aos seus alunos e como é professora de Filosofia, esperou pelo Dia da Filosofia no Colégio. Hoje estes teens fizeram a diferença no meu dia! Adorei ter ido ao 'Sagrado' (nome pelo qual também é conhecido o colégio) depois de ter passado a manhã inteira na sala de espera de um hospital, num círculo mais íntimo e familiar, a dar (e a receber!) forças enquanto um bebé muito pequenino e muito querido, filho de dois grandes amigos, era operado ao coração. Os dias que se seguem continuam a ser difíceis e delicados, mas estamos juntos e esta certeza ajuda a atravessar o sofrimento e a viver a angústia. Há casais e famílias inteiras que são verdadeiros monumentos de coragem. É o caso.
Amanhã vou participar numa conferência muito interessante sobre a gestão positiva do tempo. Organizada por Helena Marujo, a conferência decorre na Culturgest e envolve mulheres empenhadas em rentabilizar o seu tempo e geri-lo de uma forma mais construtiva, seja no trabalho, nas horas de lazer ou em família. O tempo é um bem escasso (porventura o mais escasso de todos os nossos bens) e importa aproveitá-lo bem, com a maior eficácia possível. Acho o tema muito estimulante e apetece-me imenso este debate de ideias. A propósito, se alguém tiver alguma história ou episódio eloquente para contar, sinta-se livre para o fazer porque todos os testemunhos nesta e noutras matérias são muito benvindos. Como sempre, aliás.
Anúncio no Metro de Bruxelas, a pedir voluntários anónimos para serem ouvintes na linha SOS de prevenção ao suicídio. Conheço histórias de pessoas que foram salvas por estes voluntários e talvez por isso este anúncio tenha prendido mais a minha atenção. A frase-slogan diz tudo ou quase tudo sobre a condição humana: um homem existe a partir do momento em que é escutado.
Melides, na semana passada. Fui lá passar um dia com grandes amigos que todos os anos vão para estas praias e adorei o dia e a companhia. Também gostei de ver o aprumo com que as dunas estão a ser protegidas naquela imensa extensão de areal.
Com tantas praias destruídas ou desfeadas ao longo da costa por construções clandestinas erguidas em plenas dunas, dá gosto chegar a um lugar onde está tudo em ordem e protegido como deve ser.
Ainda por cima este sistema de estacaria em 'pente', enterrado na areia, é bonito e ecológico. Parabéns às autoridades ou a quem adjudicou esta protecção.
Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar... dizia o poeta e diz a canção. As notícias dos novos submarinos, mais a polémica que estalou à volta da sua compra e das contrapartidas, fica a fazer eco. Por mais explicações que sejam dadas, custa perceber a prioridade e a urgência de um investimento de mil milhões de euros. Se este dinheiro fosse investido na Educação ou na Saúde (ou na Saúde e na Educação!) muita coisa mudaria neste país.
Tirei esta fotografia no atelier do Rui Calçada Bastos, artista plástico, que vive e trabalha em Berlim. Não sei se entretanto ele já mudou para outro espaço, mas se ainda aqui está, a mudança deve estar para breve. Lembrei-me desta foto agora porque começo hoje a semana e um novo ciclo (com outro foco) que vai durar cerca de 4 meses. Até Setembro estou mergulhada numa mesa de montagem da Íngreme, empresa criada e gerida pelo Ricardo Portela que só conheci no dia em que tivémos uma reunião na Garage, mas de quem gostei imediatamente. A Íngreme é mais uma daquelas empresas onde apetece trabalhar e onde o espírito da equipa faz toda a diferença. O espaço também é muito bonito e bem arquitectado, mas o que faz realmente a diferença nas empresas é quem lá trabalha e quem dirige as equipas. Durante os próximos meses vou estar mergulhada na semi-escuridão das cabines e mesas de montagem, onde não há janelas nem se percebe se é dia ou noite. A boa notícia é estar na Íngreme a trabalhar com o Rodrigo Brazão, o Miguel Almeida e o André Cruz (o realizador com quem gravei as entrevistas e imagens) e adorar esta parte do trabalho. Felizmente dá-me tanto prazer viajar e entrevistar como visionar, escrever e editar. Espero estar à altura de mais esta 'empreitada'! Boa semana para todos. Vou dando notícias. À tarde vou à TVI gravar para o programa Biblioteca Ideal do João Paulo Sacadura e à noite vou com o meu filho a Sintra a um concerto de piano de um dos maiores pianistas vivos. Esta segunda-feira promete! No fim da tarde vou à apresentação da equipa da Turma do Bem, na Fundação EDP. Tenho que falar aqui sobre este projecto espactacular que envolve dentistas voluntários que tratam gratuitamente dos dentes de crianças e jovens desfavorecidos. Amanhã espero ter boas imagens e histórias para contar.
Acordámos às 6h da manhã para filmar a Domitília Santos a correr na Brooklyn Bridge e valeu a pena ter ido ali àquela hora da manhã. Estava tudo uma beleza.
A zona de Wall Street e do South Sea Port ainda sem a luz do sol ficam muito cinematográficas e as cores lembram os filmes de outras épocas. tudo nesta cidade é muito gráfico e embora seja um dos lugares mais filmados e fotografados no mundo, há sempre um olhar de novidade. É impressionante.
Maratonista convicta e viciada, como ela própria assume, Domitília faz o seu aquecimento matinal mas desta vez para as câmaras de filmar do André e do Paulo. É gira a disponibilidade com que todos os entrevistados revelam outras paixões e motivações para além do trabalho.
Àquela hora da manhã ainda havia poucos desportistas no tabuleiro da ponte mas quando terminámos as gravações já havia sol e muita, muita gente a correr e a andar de bicicleta. A vista, à direita e à esquerda da ponte, é linda. Os depósitos de água sobre os telhados de NY fazem-me sempre lembrar as ilustrações do Jorge Colombo. Vou entrevistá-lo cá na segunda-feira, mal posso esperar!
A conversa com a Domitília Santos podia estender-se por muito, muito tempo pois ela tem uma maneira de falar e de ser que prende e fascina. Generosa e atenta a todos os detalhes, tem sido uma excelente cicerone nesta cidade. Ainda nos vamos voltar a encontrar pois ela faz voluntariado e amanhã, domingo, vamos filmar com ela perto do centro paroquial onde está ao serviço dos outros semana após semana, há anos sem fim.
A linha do caminho de ferro High Line, em NY, originalmente construída a dezenas de metros do chão para retirar do solo e da proximidade das casas o movimento dos comboios-contentores que descarregavam carne, leite e bens de primeira necessidade aos habitantes do West Side de Manhattan, converteu-se num parque público fabuloso onde crescem todas as espécies de flores silvestres e uma relva propositadamente selvagem para criar o ambiente de campo no meio da cidade.
Criar e manter este jardim que corre ao longo de alguns kilómetros de antiga linha do caminho de ferro custa muito dinheiro e à boa maneira americana já existe uma Associação de Amigos de High Line para angariar fundos e apoios. O último comboio que circulou nesta linha, em 1980, trazia um carregamento de perús congelados. Desde então a linha foi desactivada e para toda a zona da beira-rio não ficar abandonada, foi arquitectado este parque público onde as pessoas apanham sol e passeiam constantemente dia e noite.
Para além das plataformas de madeira e dos bancos mais convencionais, existem estas espreguiçadeiras king size onde as pessoas se estendem e criam a sua 'praia' privativa. Aqui e ali há cadeiras de metal fáceis de transportar, com mesas redondas igualmente leves que os nova iorquinos levam e trazem de uns lugares para os outros dando às plataformas, cantos e recantos da High Line uma vida incrível. Todo o spot deste parque é um filme e as próprias pessoas parecem artistas de cinema...
Terça-feira é dia de pensar alto e em conjunto mais e melhores caminhos para a humanidade. Ou, pelo menos, parte dela. De manhã na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, numa entrega de prémios nacionais de jornalismo universitário onde também cabe falar sobre direitos humanos e media; multiculturalidade e diferenças, etc, etc. À tarde na Assembleia da República, numa conferência sobre a importância dos Cuidados Paliativos. Entre a manhã e a tarde percorremos vários caminhos e confrontamo-nos com algumas encruzilhadas radicalmente importantes. E actuais. Um dia em cheio, portanto.
A imagem hoje não dá com as palavras, mas nem sempre é preciso ser literal. Gosto desta fotografia e, por isso, uso-a para falar de um debate que vai acontecer esta tarde no CCB, em Lisboa, a partir das 15h, no qual vou participar. Trata-se de um encontro promovido pelo ACI para uma reflexão sobre o pensamento social cristão. Ou seja para falarmos sobre mais e melhores maneiras de intervir no mundo à nossa volta, de forma a construirmos realidades mais construtivas. Passem todas as redundâncias, vale a pena pensar alto e em conjunto algumas das grandes questões do momento. A actualidade é inquietante e interpeladora e, por isso, exige reflexão e discernimento. Daí a necessidade de encontros e debates desta natureza. Vou estar ao lado de dois pensadores profundos e grandes construtores de novas realidades sociais: José Manuel Pereira de Almeida, padre e médico, e Miguel Alves Martins, empreendedor social e um homem com uma atitude inovadora e transformadora. Apetece-me muito estar presente, ouvir e participar. A entrada é livre.
P.S.: A imagem revela uma intervenção estética e uma construção bonita e sólida. Afinal talvez tenha a ver com o tema do post.
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