Ser padre todos os dias cansa? Um padre pode abraçar e ser abraçado? E ir à praia, despir a roupa e ficar em fato de banho não lhe traz embaraços perante os amigos? Sublimar os afectos pode dar taras? Estas e outras perguntas não podem ser feitas a qualquer padre.
Felizmente Nuno Tovar de Lemos não é um padre qualquer. Engenheiro de formação e padre jesuíta por vocação, tem 47 anos, escreve livros, canta, toca viola, compõe música e escreve as suas próprias letras. Trabalha há anos a fio em centros universitários frequentados diariamente por nuvens de estudantes.
Os centros universitários criados pelos jesuítas são verdadeiras 'fábricas' de talentos e animadores de programas sociais, culturais e espirituais. Os padres jesuítas têm uma formação média de 12 anos, com longos períodos de estudo dentro e fora de Portugal, coisa que lhes dá uma preparação invulgar e muito abrangente. Conhecidos dentro da Igreja por terem o dom da comunicação, sabem traduzir a complexidade da realidade bíblica por palavras simples e concretas, muito rentes à realidade do dia-a-dia.
Para além de ser um padre inspirado e inspirador com o dom da palavra, Nuno Tovar de Lemos é um grande amigo. Ainda bem que há amigos a quem podemos fazer estas e outras perguntas.
Como se sabe adoro estes vídeos (e não estou a falar das duas loiras belíssimas).
Não sou crente, mas sublinho o fim da entrevista, que é mais ou menos assim:
"a questão na vida é a verdade e a entrega que pomos naquilo que fazemos".
O fim-de-semana? passei na II Feira de Artes para a Infância organizada pela Escola de Artes SAMP sob a coordenação de Paulo Lameiro. Como diz a autora deste blog, muito bom!
Hoje tenho um exame médico importante para fazer , mas antes ainda vim aqui abrir o seu blog . Foi com um grande sorriso que me deparei com esta entrevista . Foi bom escutar N .T. L. .Conheci-o através de uma entrevista que a Laurinda lhe fez na Xis . Referia-se ao livro "O Príncipe e a Lavadeira " .Na altura comprei o livro e li-o de seguida . Adorei o estilo simples mas profundo . Reli-o várias vezes e de cada uma delas se me abria outra perspectiva . Hoje foi bom escutar também a voz do autor . À Laurinda e a N. T. L. o meu obrigada . Concha
Que saudades dos tempos dos retiros de silencio, com o padre Nuno. do cupav. Dos tempos dos leigos para o desenvolvimento. La em casa , eu , a minha mãe e o meu irmão somos muito gratos a ter compartilhado com ele um pouco da nossa fé e vida. Que bom lê-lo, sempre , e revê-lo! Obrigada Laurinda.
De Augusto Küttner de Magalhães a 1 de Julho de 2008 às 21:42
Laurinda, excelente ideia falar novamente em quem deve estar sempre a ser "lembrado" como o Padre Nuno e evidentemente também o Padre Vasco, cada um "apanha" gerações diferentes, o primeiro para os mais novos e o segundo para os menos jovens. Ambos excelentes jesuítas.
a conversa derivou para os afectos e derivou de forma tocante...como tudo na vida, na de padre, na de jornalista, às vezes viver sempre Luís Galego também cansa...acontece-nos a todos...Um abraço...
Na verdade se todos os padres fossem como Nuno Tovar de Lemos a igreja católica teria muito mais pessoas a juntar-se a ela e a fazer crescer o número seus seguidores.
Mas católicos enquanto homens e mulheres que praticassem a religião em que acreditam, com fé, mas também com uma vivência na verdadeira acepção da palavra: com VERDADE, com ALEGRIA, com GOSTO pelo que fazem, com SOLIDARIEDADE, com DISPONIBILIDADE, com SAÚDE mantendo um permanente interesse por cultura e outras actividades lúdicas e desportivas.
Esta forma de estar na vida que deveria também aplicar-se aos padres e às freiras, na generalidade, mas tal não acontece, como sabemos, o que é lamentável pois todos (eles e nós) ficariamos a ganhar em termos de qualidade e de valor pessoal.
Obrigado por promover o esclarecimento no que toca a estas questões, tão delicadas hoje em dia.. Não tenho mais elogios a acrescentar ao Padre Nuno, só fiquei com pena de ler este post num computador sem som...:( Mas mais tarde regressarei para poder "ouvir" o filme!
A propósito deste filme tenho uma foto muita gira que gostava de partilhar com a Laurinda, mas que não deve ser visualizada por todo o mundo. Como posso fazer?