Sábado, 7 de Junho de 2008
António Rosado: serões à sexta

 

Acabo de voltar de um serão maravilhoso de piano, tocado pelo pianista António Rosado num lugar especialmente inspirador: o Museu Colecção Berardo, no CCB, na sala dedicada à obra de Helena Almeida, cujas fotografias se podem ver na parede da mão esquerda do pianista.

 

A ideia de organizar Quadros de uma Exposição - cinco concertos em cinco sextas-feiras pelas 22h, imediatamente a seguir à hora de fecho do Museu - e de colocar o piano numa das salas de exposição foi uma ideia brilhante da direcção do Museu.

Por um lado porque enche os quadros de música e, por outro, porque o próprio pianista e o seu piano ganham contornos mais gráficos e compõem um quadro mais que perfeito. Muito bom.

 

António Rosado, recentemente condecorado como Chevalier des Arts et des Lettres pelo governo francês, celebra este ano trinta anos de uma carreira extraordinária que faz dele um dos melhores pianistas portugueses de sempre. Hoje tocou magistralmente Liszt e revelou uma excelente forma na interpretação da lendária Tarantela, peça que exige fisicamente muito de um pianista. Como se toda ela fosse tocada em sprint final... (imagino que a minha descrição seja muito pouco ortodoxa para os aficionados de piano e de Liszt e, por isso, peço desculpa mas é o que me ocorre dizer depois de ver a velocidade com que as mãos de Rosado correm sobre o teclado).  

 

Estes cinco serões de piano à sexta no Museu Colecção Berardo começaram em Março e acabam já no próximo dia 11 com António Rosado a tocar Debussy. Vale a pena não perder! Ainda por cima antes do concerto podemos ver a exposição, durante o serão musical estamos na sala mais bonita que dá para o jardim de inverno (e reflecte a imagem do pianista ao piano, uma imagem muito cinematográfica e poética) e no fim há um cocktail muito simpático com a presença do pianista em que podemos conversar com António Rosado. Tudo e tanto por apenas 9 euros.

Um verdadeiro tesouro musical e um serão cultural absolutamente invulgar que, insisto, não se pode perder!  

 

P.S.: a fotografia não tem grande qualidade porque foi tirada com um telemóvel, já depois do concerto e com o consentimento do pianista, que se voltou a sentar para tocar uma Consolação de Liszt, consolando-nos a todos com mais este extra depois do último encore...

publicado por Laurinda Alves às 00:56
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2 comentários:
De zilda cardoso a 7 de Junho de 2008 às 08:22
Esses são os momentos a recordar - a música, o ambiente, os amigos em comunhão... É um privilégio poder assistir.
De F a 20 de Julho de 2008 às 02:40
Dear Lady,
como sabe que o António Rosado é um grande pianista? Ouviu dizer? Parece-lhe? Gosta do circo que encena à volta do som que produz? Está de facto convencida de que ele é um grande pianista? Ou são os tótulos que recebe no estrangeiro que a convencem?
Para além dos seus dotes de câmara serem de facto parcos, o seu juízo musical deixa muito a desejar.
Muita saúde para este blog, é o que lhe desejo.

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