Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2011
Celebrar os 25 anos dos Leigos para o Desenvolvimento
A Carminho, fadista, e o Miguel Siqueira de Almeida, padre jesuíta, são dois amigos muito queridos com quem me cruzei ao fim do dia no lançamento do livro que celebra os 25 anos dos Leigos para o Desenvolvimento, a Organização Não-Governamental fundada pelo pe António Vaz Pinto e pela sua equipa de voluntários-missionários.
Estamos Juntos, é o título deste livro que juntou 25 textos de 25 autores, alguns deles com experiência nos Leigos para o Desenvolvimento. Graças à Daniela Vieitas, actriz e voluntária dos Leigos, mais a editora Tenacitas, com a designer gráfica Teresa Olazabal Cabral e ainda a livraria Ler Devagar, todos recordámos momentos importantes desta ONG e sublinhámos algumas verdades essenciais sobre o trabalho dos Leigos. Comprar este livro é contribuir para uma grande causa e deixo aqui o apelo pois a combinação de testemunhos, contos e fotografias é muito inspiradora e todos nunca seremos demais para ajudar os que mais precisam, seja aquém ou além-fronteiras.
É impossível resumir aqui a substância dos 25 anos de experiência das centenas de Leigos que partiram em missão para diversos países em África, mas posso dizer que conheci alguns grupos no terreno (São Tomé foi a primeira missão que conheci) e vi como os Leigos aplicam a grande máxima: "mais do que dar o peixe, importa ensinar a pescar!". Contribuir para o desenvolvimento dos países mais carenciados passa por deixar alicerces e fundações, mas também por evitar cair na tentação do voluntariado assistencialista. A caridade e os actos voluntaristas são sempre bem vindos, mas é preciso muito mais para fazer evoluir as comunidades em vias de desenvolvimento. Graças aos Leigos muitas realidades mudaram e continuam a mudar em muitos países africanos, mas não só. A experiência de passar um ou dois anos fora de Portugal, ao serviço de quem mais precisa, transforma qualquer um e essa marca fica para sempre. Este dia para mim acabou da melhor maneira: na livraria Ler Devagar, na Lx Factory, entre bons amigos e um círculo alargado de pessoas extraordinárias que fazem a diferença no mundo. Ao meu lado o pe António Vaz Pinto, fundador dos Leigos para o Desenvolvimento, e em cima das nossas cabeças uma espécie de Passarola suspensa que prendia as atenções...
De Rita Pires a 13 de Dezembro de 2011 às 15:07
Boa tarde Laurinda,
Ao ler aqui este seu post e dois conjuntos de palavras-chave (leigos para o desenvolvimento e padre jesuíta) queria perguntar-lhe se tem algum mail p onde eu possa enviar um pequeno pedido de luzes sobre este assunto. Talvez me possa ajudar, porque tenho lido bastantes posts seus sobre os jesuítas, em especial. Se não puder/quiser enviar mail, eu escrevo noutro comentário, mas suspeito que a cntextualização possa tornar-me mais extensa e pessoal.
Obrigada,
Rita Pires
De viguilherme a 14 de Dezembro de 2011 às 10:22
É de se congratular por esta iniciativa que decorre desde há 25 anos na melhoria das condições de vida das pessoas e de aumentar seu saber e participação na comunidade ....
Parabéns ao Padre Tolentino pela sua nomeação como conselheiro Cultural no Vaticano pois é mais um reconhecimeno de " gente "de Porugal além fronteiras a navegar com outras "gentes " de cientistas ,artistas , profissionais diversos e povo deste Pais que tão bem expandem valores e saberes desta NAÇÃO .....
De Georgina Matos a 14 de Dezembro de 2011 às 10:41
Querida Laurinda,
aproveito a imagem do Padre Miguel Siqueira de Almeida que, como eu, vai desde sempre para a Ericeira (o cruzar de famílias - a dele e a tua - da minha infância e juventude!)... para enviar um beijo de Parabéns para a mana do aniversariante de ontem.
Não consegui passar pelo teu cantinho no dia de ontem, mas enviei um sms aos teus queridos Pais pelo 52º aniversário do Mané.
Dia 18, vou tentar passar de novo por aqui... já sabes porquê!
Beijos para todos, com amizade.
De Fernanda Matias a 14 de Dezembro de 2011 às 13:54
Querida laurinda
Admiro a obra e trabalho feito pelos Leigos para o Desenvolvimento e outra ONG.
Estas e outras pessoas não andam á espera de protagonismos nem reconhecimentos. Querem estar com as pessoas e envolvê-las na melhoraria das suas condições de vida.....
Um dia vou fazer uma experiência com estas ou outras pessoas, que do fundo do coração se dedicam a quem menos tem. tenho isso como quase certo para a minha vida.
No entanto, apesar de devermos dar as canas e não o peixe, lembremo-nos que , terá que haver um mar muito grande com peixes para todos. As desigualdades , a pobreza e a exclusão, residem muito na má distribuição dos recursos dos Países e por isso só alguns têm direito a pesar os peixes.
Um grande abraço
fernanda Matias
De ann a 14 de Dezembro de 2011 às 12:41
É sempre importante despertar as consciências para estas causas. A vida não dá espaço e atenção para as pessoas se abeirarem destas causas.
Haver as ONGs, em muitos casos, são a salvação de muita gente , a todos os níveis.
Sou testemunha de dois milagres que a ONG(Betel), ajuda a toxicodependentes , operou numa família, e com pouco mais do que - solidariedade , respeito , disciplina e a palavra de Deus...verdade!!
Mas realmente, temos de ajudar mesmo com pequenos donativos, mesmo com a compra de pequeníssimas coisas, às Organizações. Não custa nada. Não adianta virar a cara e assobiar para o lado. «Qualquer coisinha», é construtivo...o Mundo fica mais justo e mais acolhedor...
Também não percebi, muito bem, à partida, como poderia ajudar aqui, mas já fui espreitar ao link e vi o mail da Organização...porque não um livro ou uma garrafinha daquelas??
Feliz tempo de Natal para todos!
De Catarina Henriques da Silva a 15 de Dezembro de 2011 às 00:19
Querida Laurinda,
Sigo o seu blog diariamente, embora recentemente e é engraçado como tem partilhado temas que fazem parte ou fizeram do meu quotidiano, lugares e pessoas com quem estive ou ainda estou.
Há dez anos quando terminei o curso de fisioterapia fui em Missão para Lichinga, no norte de Moçambique, com esta “família” de Leigos para o Desenvolvimento. É claro que aos 23 anos foi uma experiência que consolidou uma forma de estar na vida mais simples e atenta ao essencial. Bem instruída deste lema aplicado em missão: "mais do que dar o peixe, importa ensinar a pescar!", depois de regressar não tive dificuldades de integração no local de trabalho, pois continuo a aplicá-lo no meu dia-a-dia como fisioterapeuta, no Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão*, através do ensino de estratégias que promovam uma menor dependência de terceiros. Gostei muito de ouvir o Bento Marques e ainda faz eco em mim que a felicidade está em nós e na capacidade de aceitar isso, mesmo perante a adversidade.
Muito obrigada por partilhar a "substância da vida" de todos nós. Um beijinho. Catarina
*Conheço alguns dos que estavam na semana das capacidades.
Saudades do Miguel..
Um beijinho Laurinda, e parabéns pelo teu blog (só hoje o descobri).
António
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