Filme do meu primeiro dia de trabalho fora de casa desde o dia 2, o dia do acidente do Martim: um passeio nos jardins e prados do Museu do Traje, onde fizemos um pic-nic, uma ida a escolas da zona da Musgueira, uma visita ao futuro Parque Agrícola da Alta de Lisboa e um encontro na Quinta das Conchas. Tudo isto porque a Avaal tem um dos sete projectos Entre Gerações apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, que aposta em reforçar os laços entre as gerações mais novas e mais velhas.
Os miúdos da escola interessaram-se por tudo o que Rui Costa, o arquitecto paisagista do Museu do Traje, lhes explicou sobre as hortas, sobre as plantas e as árvores centenárias dos jardins, e é curioso ver como um bom mestre pode deixar sementes nos discípulos, pois dois destes miúdos disseram que um dia gostariam de ter uma horta. Pode ter sido um impulso do momento ou o reflexo de um dia bem passado, não sabemos, mas é um facto que este dia ficou muito marcado por um tempo de relação e de ligação entre pessoas que habitualmente vivem em mundos e tempos separados.
No terreiro do Museu do Traje, depois do passeio e do pic-nic, as senhoras descansam nos bancos enquanto os adolescentes se juntam aos pares ou em grupos animados e, sem cerimónia, conversam sobre as coisas próprias das suas idades. A naturalidade com que uns e outros se relacionaram ao longo do dia revelou o trabalho de meses da Avaal, uma associação que promove o verdadeiro encontro entre gerações. Jorge Cancela (na foto de baixo), arquitecto paisagista e um dos fundadores desta associação, é também o seu grande motor.
Jorge Cancela conversa com Krista Harper, antropóloga norte-americana e professora na Universidade de Massachusetts, sobre a essência e objectivos de actividades como as de hoje. Krista é uma referência em matéria de ecologia e agricultura urbana e é fascinante ver como em menos de 6 meses aprendeu a falar correctamente português, e juntou a sua ciência e experiência a este projecto. Neste momento é um pilar da associação, mas também um critério de fasquia alta, e alguém que já conhece quase tão bem como os próprios moradores a vida, usos e costumes dos micro-bairros da Alta de Lisboa.
O dia foi longo e muito animado e terminou numa das escolas onde a Avaal tem projectos de hortas com crianças e os seus avós. Não posso dizer muito mais do que aquilo que já disse pois tudo isto será, mais à frente, parte da substância da publicação que estou a preparar com a Fundação Calouste Gulbenkian. Fica o essencial, sem dizer de mais nem de menos.
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