Por incrível que até a mim me pareça, fui esta noite fazer casting para o Coro Capella Olisiponensis aqui na Basílica dos Mártires, no Chiado. Quem me desafiou foi a Jo, minha amiga e vizinha, filha de José Campos e Sousa, um dos grandes cantores e compositores das Missas em Fado nesta igreja e um impulsionador do coro de profissionais e amadores que tem um percurso notável e um maestro muito exigente.

Eis parte do grupo que esta noite se apresentou nas primeiras provas de admissão. Ao centro as duas professoras, uma que ensina solfejo e a ler música, outra que ensina técnica vocal. As aulas são às 4ªas feiras entre as 19:30/20h e as 22h e só ao fim de seis ou sete semanas é que cada um de nós vai perceber se tem ou não voz para integrar um coro que já é uma referência em matéria de canto gregoriano e não só.

A Jo tem uma voz infinitamente melhor do que a minha, não só porque é filha de um músico, mas também porque no passado já teve aulas com a professora Ana Barata, ela própria discípula de duas mestres admiráveis: Elsa Saque, cantora lírica que foi soprano no São Carlos e Olga Prats, professora, pedagoga e pianista portuguesa. A professora Ana Barata tem uma voz fantástica, mas acima de tudo uma paciência épica. Adorei o casting e adoro a ideia de para já ter sido aceite e poder passar os serões das quartas-feiras a aprender a cantar e a ler pautas. Amanhã há mais castings a partir das 19:30. O de hoje foi muito divertido. Ah! A minha voz é contralto.