Terça-feira, 7 de Dezembro de 2010
Dias de chuva, tristes e frios

 

Hoje foi um dia especialmente triste para uma amiga e um amigo meus, para as suas famílias e para todos nós que os acompanhámos. Ambos perderam o pai no mesmo dia, embora em circunstâncias diferentes e com idades distintas. Ainda não passei por esta perda, graças a Deus, e dou comigo a pedir para ser o mais tarde possível. Neste dia de chuva, triste e frio, senti o calor de duas famílias unidas cada uma à volta do seu pai, e guardei a luz que emanava dos que por tanto se amarem, estiveram sempre de mãos dadas, abraçados, ou a segredar coisas queridas que, por serem verdadeiras, ajudam a viver melhor estes momentos.

publicado por Laurinda Alves às 21:50
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7 comentários:
De Marcolino a 8 de Dezembro de 2010 às 00:17
Querida Laurinda,
A dôr de se perder alguém, avós, pais, filhos,irmãos, e grandes amigos, nunca teve dimensão, é incomensurável, porque não existem padrões de referência, existem, isso sim, sentimentos de perda traduzidos nas reacções individuais de cada um de nós.
Eu era estremamente jovem quando perdi minha mãe, faleceu com a sua cabecita repousada entre as minhas pernas cruzadas à yoga.
Tal foi a exarcebação do meu sentimento de perca que se me secaram as lágrimas durante anos seguidos, e recusei-me a vestir de luto...
Muitos anos bem mais tarde perdia também o meu pai. Estive sempre junto a ele, de mãos dadas e a dizer-lhe que não tivesse medo de partir, porque nós, filhos, noras e netos, estavamos todos bem e de bem com a vida.
Chegada a hora exacta, lá partiu serenamente, sorrindo tranquilamente como era a sua maneira de ser, rosto sempre distendido e sorriso tranquilo.
Hoje recordo-me dos meus, já falecidos, incluindo um irmão mais velho, e um filho meu que, se fôsse vivo, teria 49 anos.
As suas vidas tocaram a minha e vice versa.
As suas mortes abriram-me novos horizontes para aquilo que de melhor poderei dar aos que ainda me rodeiam, familia, amigos e conhecidos, reforçaram-me os afectos e amansaram-me o coração!
Desejo ter contribuido, com este meu testemunho, para a serenidade de quem ainda não enfrentou o sentimento de perca!
Abraço
Marcolino
De João Nuno a 8 de Dezembro de 2010 às 02:35
Querida Laurinda, em oração por todos os momentos menos bons que vão pautando os dias.
Espero que o sol caminhe lado a lado com o dia de amanhã.
Com um abraço sentido e com um outro de força.
João Nuno
De Anónimo a 8 de Dezembro de 2010 às 08:09
Assustei-me... estupidamente me assustei...
Não há palavras de circunstância para atenuar a dor da perda...nestas datas Natalícias ainda custam mais a aceitar. Vai fazer seis anos que no próximo dia 15 perdi o meu saudoso pai...ainda o levei a observar a árvore de Natal em Belém...cheio de agasalhos e com sacos de água quente...para não ter frio...gostou muito...mas dois dias depois, rebentou-lhe o aneurisma e nada mais houve a fazer.
Nestes casos naturais (em idades e pela ordem natural da vida) só podemos aceitar...pedir a aceitação necessária, aprendermos a viver com essa perda natural da/ e na vida.
Comecei por me assustar, porque tenho orado pelo Vasquinho no sentido de Deus estar junto da equipa médica que o assiste para que se faça somente a Sua Vontade... Creio em Deus que tudo irá correr de feição para os pais, familiares e amigos.
Abraço sereno...neste dia da mãe ...no antigamente.
Mer
De Antonio Brazão a 8 de Dezembro de 2010 às 09:59
Querida Laurinda,

Começamos a morrer no dia em que perdemos a nossa mãe ou o nosso Pai.

A morte é verdadeiramente estúpida e o ser humano merecia viver pelo menos o dobro, tal é a quantidade de livros que ficam por ler, as paisagens por visitar, os abraços por dar.

Apenas as crianças são QUASE eternas!

Apenas morrem no dia em que morre a sua mãe.

Nunca antes!

Deixe que o silencio e a tranquilidade entrem no seu coração bonito.

Dê um abraço aos seus amigos. Dê um abraço.

António.

De António R. a 8 de Dezembro de 2010 às 10:08
Infelizmente sei na pele que a morte faz parte da vida. A dor da perda é sempre imensa e por mais que façamos é impossível sentir o mesmo que quem sofre a perda sente.
Aprendi contudo há uns 18 anos uma lição, que a partir daí me ajudou sempre a enfrentar a perda de um ente querido. Um amigo meu do Equador, que tinha acabado de perder um filho de tenra idade , devido a uma infecção pulmonar fulminante e complemente inesperada, ensinou-me que Deus é como um agricultor, só colhe os seus frutos quando estão maduros.
Abraço.
De Teresa Lopes a 9 de Dezembro de 2010 às 00:57
Querida Laurinda,
Aqueles que amamos nunca morrem no nosso coração. Nunca. Ficam para sempre, naquela gaveta da alma que guarda as boas memórias. Uma gaveta que podemos abrir vezes sem conta, sempre que a saudade aperta. E esse é o consolo para quem, como eu, não aprendeu ainda a aceitar esta inevitabilidade.
Um beijinho grande de conforto, extensivo aos teus amigos, que têm imensa sorte em ter-te como amiga.
Teresa
De Fernanda Matias a 9 de Dezembro de 2010 às 11:00
Querida Laurinda

Um grande abraço para os seus amigos, que perderam os Pais. Eu já passei por isso com a morte do meu Pai e sei que é uma dor indizivel e uma perda para sempre. Ficam-nos as memórias e o amor incondicional no meu caso, mas ficamos muito orfãos.
Um abraço terno, nestes dias tão tristes e demolidores para as vitimsas deste inicio de Inverno

Fernanda Matias

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