Adoro observar as mãos e os gestos dos outros, e fascinam-me particularmente as mãos dos artistas e escritores. Ontem encontrei por acaso o arquitecto Eduardo Souto Moura perto de minha casa. Estava sentado a fumar o seu cigarro de fim de tarde, antes de ir para a cerimónia de homenagem que um grupo alargado de arquitectos e personalidades mais ou menos públicas decidiu prestar a Nuno Teotónio Pereira. Sentei-me com ele à conversa um quarto de hora, tempo mais que suficiente para o ouvir dar as suas gargalhadas e contar algumas pequenas histórias.
Perguntei-lhe se podia fotografar as suas mãos e ele disse que sim, sem nenhuma hesitação e confessou-me que também tem fascínio pelas mãos dos outros. Achei graça ao facto de ele desenhar a sua própria agenda mensal num caderninho preto igual aos que Le Corbusier usava no bolso do casaco. Souto Moura usa-o no bolso de trás das calças, coisa que lha dá um ar boyish.
Contou-me coisas sobre a sua mãe, que tem noventa anos, e a avaliar pelas histórias do filho conserva uma lucidez e um sentido de humor invulgares. Despedi-me e desci para o Chiado a correr porque eu própria tinha onde estar às 7h da tarde. Mais à frente encontrei grande parte da minha antiga família, todas as cunhadas e cunhado (estes são os laços que nunca se desfazem), com a surpresa feliz de terem acabado de receber o primeiro exemplar do maravilhoso volume da Obra Poética de Sophia que está prestes a ser lançado. Uma beleza! Adoro estes encontros felizes e estas surpresas inesperadas e comoventes.
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