Durão Barroso e Cavaco Silva falaram esta manhã sobre as novas realidades empresariais, numa conferência internacional organizada pelo COTEC Global Business Forum 2010. Passei a manhã no Centro de Congressos do Estoril a ouvir falar sobre novas tendências, novas oportunidades e novos riscos. Gostei particularmente da abertura, realismo e optimismo com que todos enunciaram factos e circunstâncias. Durão Barroso terminou a sua intervenção com um sublinhado especial para os empreendedores e para os investigadores. Disse que precisamos de remover todos os obstáculos à livre circulação de cérebros e reforçou a ideia de que precisamos cada vez mais de um espaço único de investigação, inovação e empreendedorismo. Concordo inteiramente.
O Centro de Congressos do Estoril encheu-se de empresários, gestores e decisores políticos, mas não só. Os oradores internacionais que falaram depois de Cavaco Silva e Durão Barroso eram muito desafiadores e levaram todo o tipo de pessoas a esta conferência. Dominic Barton, líder da McKinsey, fez um discurso muito eloquente e cheio de estatísticas que ajudam a perceber para onde caminhamos: em breve haverá 5 biliões de pessoas com telemóveis e/ou possibilidade de comunicar facilmente entre si e esta realidade abre novas oportunidades. Barton falou em "novas rotas da seda" mundiais e no conceito "repricing the Planet". Foi muito, muito interessante e deixou-nos cheios de ideias para pensar.
Filipe de Botton, o anfitrião e moderador dos debates, está de parabéns pois esta edição do Forum COTEC foi um êxito sob todos os pontos de vista. Gostei particularmente de ouvir algumas ideias concretas e inovadoras sugeridas pelos oradores. Cito apenas um exemplo, para não me estender muito e também porque haveria tanto para dizer que corria o risco de não acabar. Andrew Morgan, da Diageo, falou do "Learning for Life", um mega projecto em curso a decorrer em vários países da América Latina (e não só), em que se pretendem criar novos estímulos e oportunidades de desenvolvimento. Morgan declarou, a título de exemplo, que se todos os condutores que são apanhados sem álcool no sangue fossem gratificados, muita coisa mudaria no mundo. Parece uma ideia absurda? A mim, não. Faz-me sentido e tal como Andrew Morgan, tenho a certeza de que muita coisa mudaria nas estradas portuguesas e na atitude dos condutores se esta medida fosse tomada. E agora volto à Garage e ao visionamento e edição dos programas. Bom fim de semana!
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