Sexta-feira, 19 de Fevereiro de 2010
Como terra sagrada

Alguém me disse que devíamos olhar para todos os acontecimentos da nossa vida (os bons e os maus, note-se) como se fosse "terra sagrada". Percebo o alcance da frase e deixo-a aqui pelo prazer da partilha. Esta semana está a chegar ao fim e na próxima começa o meu countdown para a sucessão de viagens. Que maravilha e que privilégio! Começamos por Londres, onde estaremos a filmar entre os dias 28 de Fevereiro e 11 de Março. Ou seja, este blog vai ficar mais colorido e mais cosmopolita. Para já, não se esqueçam de olhar para tudo o que acontece ou aconteceu como se olha para terreno sagrado :)
De mafalda a 19 de Fevereiro de 2010 às 14:15
Mas como é que se encara esta terra sagrada quando surge o insuperável? Ao ler este post não consegui deixar de me lembrar novamente dos pais de um colega de um dos meus sobrinhos mais velhos, cujo filho faleceu abruptamente na semana passada. Não foi acidente de carro, nem devido a nenhum exagero de juventude. Podia ter sido o meu sobrinho, e, de um momento para o outro acabava tudo. Tenho rezado muito por estes pais que não conheço. Peço a Deus que lhes dê muita força neste momento das suas vidas que nunca mais serão as mesmas. Como é possível superar o insuperável?
De Augusto Küttner de Magalhães a 19 de Fevereiro de 2010 às 15:52
FICO SEMPRE TREMENDAMETE ARREPIADO QUANDO SE FALA NA MORTE DE FILHOS, JOVENS.
Quando se fala de filhos que vão antes dos pais. Acho horrível. Conheço vários casos e nunca sei o que pensar, muito menos o que dizer.
Não há qualquer justificação, não há palavras, unicamente que OS FILHOS NÃO PODEM MORRER ANTES QUE OS PAIS.
Mas acontece! E morrem. E não poucas vezes.
Penso que além de os Pais, terem que conseguir fazer um tremendo luto! Tenho um caso recente de um casal amigo, e de quando em vez estou com eles, e falam, falam, choram, choram, falam……Depois de feito o luto, por outros casos menos recentes que conheço, fica sempre a memoria, que dispara ao mínimo “encontrão”…...mas conseguem ir “indo”…
É muito difícil, é muito complicado. Mas não é impossível…..
Estou-me a lembrar de um caso de um filho do dono de um café por aqui conhecido, já não novo, cujo filho um dos gerentes-trabalhador do café do pai, morreu de repente. O pai, conseguiu resistir, e conseguiu colocar no lugar do filho que havia morrido um neto, filho daquele filho…e ficou o outro filho e uma filha que já lá estavam, e o neto
Querida Mafalda, tem toda a razão na interrogação de fundo mas na realidade nunca saberemos os 'porquê?' destes e outros sofrimentos radicais, brutais. Também já passei por algumas perdas irreparáveis e também já me fiz as mesmas perguntas (que, aliás, continuo a fazer perante o sofrimento de tantos inocentes, de tantos velhos e novos que são vítimas de dores, humilhações e conedanções terríveis) mas aprendi com o padre Vasco Pinto Magalhães que os 'porquê?' são paralizantes. Masi vale focar nos 'para quê?' porque aí poderemos encontrar algumas respostas, algumas pistas ou até algumas chaves de leitura para situações que parecem não ter saída. Mas a vida é difícil e esse facto é incontornável. rezo pelos seus amigos, também, para que não afundem completamente nesta dor sem tamanho. Um abraço e obrigada pela profundidade a que nos obrigou a ir. Abraço.
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