A pergunta é de Beatriz Quintela, em resposta à minha tentativa de saber porque é que trabalha com crianças doentes nos hospitais.
- Porquê?
- E porque não? Há muitas pessoas que me perguntam como é que consigo trabalhar no hospital e eu respondo: e você, como é que consegue não trabalhar?
A resposta é muito interpeladora e toda a entrevista que Beatriz me deu para o jornal i dá que pensar. Quem quiser pode ler aqui. A fotografia é da Dora Gomes.
Acabei de ler a entrevista à Beatriz Quintela, fiquei muito entusiasmada. Que serviço extraordinário prestam os palhaços nos hospitais! A boa disposição de Beatriz é muito inspiradora e... fica-se com vontade de virar o mundo do avesso, para que fique melhor e não confuso. Entrar num hospital é triste, sair alegre por dever cumprido é muito muito compensador, muito bom.
Conclui-se que é sempre possível fazer algum bem, muito BEM, sejam quais forem as circunstâncias. Mais uma vez, muito obrigada, Laurinda, por nos lembrar isto.
Querida Zilda, que bom senti-la sempre tão presente e tão próxima. E que bom ter também os seus comentários inteligentes e incisivos num grupo alargado de amigos que se juntam (ou se cruzam) neste espaço para partilhar tanta coisa tão importante das vidas de cada um. Todos os dias agradeço este privilégio diário de ganhar o dia (ler: mais alegria, mais confiança, mais força e até mais fé no sentido amplo e não apenas no sentido religioso do termo) por ter lido aqui um comentário deste(a) ou uma partilha daquele(a). Também eu vou sempre ao seu blog (que todos aqui sabem que adoro e é um dos meus favoritos) mas raramente consigo comentar. É tremenda a gestão do tempo... Mas já agora aproveito a boleia para lhe dizer que gostei muito do que escreveu sobre a Agustina, pelo seu aniversário, sobre a Agnès Varda, sobre o país limpo, sobre os mitos e o que eles despertam em nós, enfim sobre as matérias sobre as quais se debruça e escreve sempre com paixão, precisão e aquele não sei quê que faz com que uns sejam verdadeiros escritores e outros não. :) Um abraço enorme e obrigada por este seu comentário hoje.
De Vitor Martins a 29 de Outubro de 2009 às 08:57
Olá Laurinda,
Desta vez, já tinha lido o artigo ...
Estavamos em Julho de 2004 quando três doutores palhaços entraram na ala onde estávamos com o nosso filho no Pediátrico (Coimbra), na fase crítica da doença e uns dias antes do transplante. Não achei piada nenhuma à "invasão" e eles ao perceberem que o ambiente era dificil, sairam discretamente...
Como a enfermaria é separada por paredes de vidro, inevitavelmente fui-me apercebendo do efeito que eles têm nas outras crianças! Foi nessa altura que percebi aquilo que coloquei num comentário anterior, 'mesmo em situações dramáticas, um sorriso de simpatia aquece o coração, seja de quem for', e a partir daí mudei a minha postura e nunca mais pus a "minha cara de pau"! Ainda hoje recordo a cara desses três palhaços, sendo duas delas de palhacinhas brasileiras e o Alex, apesar de apenas ter 7 meses, chegou a olhar curioso e a sorrir-lhes...
Vou ter de os convidar para "aquele" lançamento que já tem várias apresentações marcadas nas diversas FNACs. A Lígia já me tinha lembrado disso e agora ao ler o seu artigo, lembrei-me que eles, também fazem parte da nossa história! Bem hajam!
Abraços,
Vítor, como já percebeu acaba por ser mais fácil para mim responder por aqui do que através do mail, onde os mails infelizmente se acumulam às centenas. Gostava de estar a exagerar mas acredite que é verdade e é a minha realidade diária. Li o mail sobre o livro, sobre o lançamento e sobre a circunstância atenuante dos Doutores Palhaços na enfermaria onde o seu filho esteve internado.Também acho que 'vai ter que os covidar', sim. Hoje estou em dia de responder a comentários e mails e queria ver se conseguia dar um bom avanço nos mails. Espero sinceramente não o deixar muito mais tempo sem resposta. Se vir que estou a passar os limites, mande-me um alerta pelo blog. Pode ser? Obrigada! Um abraço extensivo a toda a sua família.
De Vitor Martins a 29 de Outubro de 2009 às 11:39
Laurinda,
Enviei o mail que lhe dei conhecimento para o mail geral que aparece no site. Como o mesmo deve estar perdido no meio de muitos, se a Laurinda não se importar, reenvie o mesmo para a Beatriz.
Obrigado!
De Joana Freudenthal a 29 de Outubro de 2009 às 10:12
Não é sempre triste entrar ou visitar hospitais.
É lá que nascem os bébés!
Querem maior alegria???
Beijinhos.
Joana
De
Piquenina a 29 de Outubro de 2009 às 13:22
boa Joana!
sabe que tinha ficado maravilhada quando a vi no TCC.
Ontem vi a mãe (ainda sem saber que era a mãe) e tinha achado bestial!
hoje ainda continuo maravilhada, com uma e com outra.
lindas!
bjinhos
Piquenina
De Me a 29 de Outubro de 2009 às 20:47
Sim, porque não? É pena que não seja tão comum colocar essa interrogação com a população idosa. Como gostaria de ver e ler mais sobre iniciativas em relação aos idosos que não passe simplesmente por alimentá-los e serem vistos em lares. Que sentimento se encontrará em alguém que consumiu suas energias em múltiplas tarefas ao longo da vida e de um momento para o outro se encontra na escuridão?
Abraço
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