A primeira e única vez que falo do MEP antes das eleições
Felizmente tenho um blog que é só meu, onde escrevo com toda a liberdade e sem outros condicionalismos para além do código ético e de valores morais pelo qual oriento a minha vida pessoal e profissional. Nesta lógica impressionista de caderno diário, onde registo palavras, detalhes, acontecimentos, paisagens e gestos mas também as pequenas e as grandes coisas que são, para mim, reveladoras da substância da vida, não posso passar ao lado nem deixar de partilhar aqui, com o meu círculo alargado de amigos, o momento comovente que vivi no fim da semana que passou. Falo do jantar do MEP em Lisboa, no Mercado da Ribeira, o mesmo local onde há pouco mais de 3 meses se realizou o último jantar da minha campanha enquanto candidata ao Parlamento Europeu.
Acreditem que ter mais de 500 pessoas a apoiar o MEP numa altura em que só os cinco grandes partidos têm acesso aos media e cobertura jornalística diária é obra. Desta vez eu não estou a votos nem faço campanha e se já antes tinha toda a liberdade por ser candidata independente pelo MEP, agora esta minha liberdade torna-se ainda mais evidente. Sou mandatária nacional de um partido ao qual não pertenço mas que apoio com toda a convicção por conhecer bem as pessoas que o compõem e, mais importante ainda, por saber de onde vêm e para onde vão os seus fundadores. Ou seja, por conhecer a linha humanista, o percurso profissional e a obra social levada a cabo por Rui Marques e pelas suas equipas é que eu acredito na sua política pela positiva. Como todos sabem, fiz campanha pelo MEP durante os primeiros seis meses deste ano e foi um tempo muito exigente mas extraordinariamente gratificante. Dei o meu contributo de cidadã livre e independente para que este movimento de cidadãos igualmente livres e independentes pudesse converter-se na 6ª força política logo nas primeiras eleições a que concorreu. Depois retirei-me de cena e voltei para a minha vida de colunista, entrevistadora e conferencista. Assumi o compromisso de não escrever nos jornais sobre a política partidária nesta fase de campanha e cumpro diária e escrupulosamente este compromisso. Aqui, no meu blog, é diferente mas desde já aviso que esta é a única vez que escrevo sobre o MEP antes das eleições. Acontece que não podia deixar de partilhar um momento tão importante para mim como foi o jantar e o momentos dos discursos de sexta-feira passada.
E pronto. Aqui fica a minha partilha que é, ao mesmo tempo, um gesto de verdade, coerência e consequência que passa por assumir também aqui que apoio o MEP nas legislativas. Sinto que se não o fizesse poderia parecer que estava a esconder alguma coisa ou, pior ainda, a vivê-la de coração dividido. Felizmente estou inteira nesta minha opção e insisto que é com toda a liberdade e gratuidade que dou o meu voto a um novo movimento de cidadania ao qual não pertenço mas cujas pessoas, ideias, medidas e programa conheço muito bem.
De Augusto Küttner de Magalhães a 21 de Setembro de 2009 às 10:36
Bom, afinal, SEMPRE existe liberdade e não asfixia democrática. Bom a Laurinda poder livremente e publicamente expressar as Suas opções. Este Seu exemplo, fará muitos, se o entenderem, assumir que ainda há liberdade, que nos últimos 4,5 anos fizeram-se tantos disparates, mas mesmo assim, outros teriam feito melhor? Tenho dúvidas. E que apesar de tudo ainda se pode falar livre e correctamente!!!! Um tema que me está a desgostar e a Laurinda sabe a m/ ligação gratuita ao Público, é o que se vem a passar com este jornal. Estou espantado e desiludido, e ontem ao ler a Crónica do Provedor, pasmei, dado que não estava a dar a mínima importância ao assunto, mas….. Não entendo o que aconteceu com o José Manuel Fernandes, nunca o imaginei a dizer e desdizer-se publicamente… e a chamar mentiroso ao seu Provedor, e a vasculhar mail´s internos de colaboradores do Publico. Esperemos que tenha sido um menos bom momento. Mas o Público, já teve outros directores e pode ter ainda outros. Achei que este era um bom espaço para expressar este mal-estar, uma vez que a Laurinda, e muito bem, quis falar no MEP.
É desta que vou comentar!!! Sou uma leitora assidua do seu blog, que adoro e me ajuda a começar os dias! Comento hoje, finalmente porque só quem esteve presente na missa do Lourenço consegue entender que foi uma lição de vida e talvez a cerimónia mais profunda a que assisti. Sou amiga (e a "namorada" da adolescência) do João Paulo e fiquei orgulhosa da serenidade que ele a a Patricia conseguiram manter...
É bom tê-la de volta. Leio-a há muitos anos (desde a Pais e filhos). Gosto muito da sua simplicidade. Ouvi-a numa "palestra" no Colégio do meu filho (Sagrado Cor.Maria), que adorei...e sei que contribuiu para a nossa venda de Natal (sou irmã da Cristina Velozo).
Já agora...vou votar MEP claro! Nem que seja pelo optimismo que escasseia nos nossos políticos...e pela força e conhecimento da vida "no terreno" que o Rui Marques tem.
Laurinda! Muito obrigada pela sua partilha .Aqui poderia ter dito o que disse, mas sem se justificar , mas achou que o devia fazer e aplaudo de pé o seu gesto , aliás como tantos outros seus . Quanto ao MEP ,mesmo sem conhecer pessoalmente Rui Marques ,sei qual o seu percurso de vida e isso chega-me para neste momento o apoiar . Já agora aproveito para comentar o último programa "Prós e Contras" onde gostei de escutar um discurso diferente porque o meu País está cansado do tipo de campanhas que se têm feito .Rui Marques destacou-se nesse programa, por ser fluente ,objectivo e credível naquilo que afirma , porque acredita . É claro que votarei MEP . Um abraço na comunhão de ideais
De Augusto Küttner de Magalhães a 21 de Setembro de 2009 às 12:51
Não quero tomar em demasia este bom espaço da Laurinda. Estou deslumbrado com o discurso que Obama fez aos alunos no 1º dia de aulas. BRILHANTE! A responsabilizar/incentivar/pedir de uma maneira espectacular a todos, a começar pelos alunos e a acabar nos pais e nos professores, pelo futuro de todos e de cada um. Dando exemplos concretos de quem conseguiu vencer adversidades, de que há tempo para tudo, até para aprender. Obama não vai de modo algum conseguir fazer tudo o que prometeu, mas tem feito tanto, desde estar a pretender facultar seguros de saúde a todos os americanos – queixamo-nos do nosso SNS, mas lá morrem, por não terem sequer quem os trate se não tiverem seguro de saúde = morrem. De querer acabar com o escudo anti-mísseis na Europa. De querer sair do Iraque onde nunca lá deviam ter ido. De querer fazer algo no Afeganistão para não haverem mais atentados 11 Setembro, numa terra de ninguém! Valha-nos o exemplo. Quem tiver oportunidade leia o discurso. Vale…seria interessante todos os nossos políticos, hoje lerem esse discurso = todos! Aprendiam muito!
O MEP passou hoje motorizado pela minha sala. Houve quem gritasse que era o Sporting, mas logo quem dissesse tratar-se do MEP; houve quem perguntasse se era uma associação de motards, mas logo quem soubesse responder em viva voz que se trata de um movimente de que a Laurinda Alves é mandatária nacional. Deixe-os falar na liberdade que se pode e deve dar nestas coisas. Acredito que todos naquela sala sabem o que é opção e quero crer que sabem igualmente o significado d eopção válida. Passem as vezes que quiserem por aquela sala. Aqueles que buscam conseguir construir um futuro melhor são sempre bem recebidos. Afinal, o futuro começa hoje. Bom trabalho!
Depois das duas rodas, as várias de um autocarro. A miudagem delirou, ouviu uma ou outra chamada telefónica, comentou e ficaram a olhar enquanto lhes foi possível o autocarro MEP ali parado. Na rua, pelo menos uma senhora simpática entregava panfletos. O programa, creio. Esticou-me um. Nem olhei em condições. Agradeci a partilha e disse já ter o meu voto decidido. Estou certa que percebeu para quem era, como se naquele instante tivesse um qualquer dom de adivinhação. No fim do intervalo a miudagem perguntou-me porque não recolhi à minha mala o que me fora oferecido. Antes mesmo de começar a aula planeada, ele haviam já planificado o que precisavam de fazer. Curioso foi ter no envelope de material daquela aula da manhã duas declarações ainda do século XVIII, aquelas que buscam os direitos dos homens e dos cidadãos e a resposta de de De Gouges pelo despertar das mulheres. A Liberdade também se faz assim: de aulas planificadas trocadas por aulas não esperadas, mas sempre próprias e pertinentes democraticamente.
Laurinda Alves, Só hoje aqui cheguei, mas quero dizer-lhe que a leio há muitos anos. É sempre um gosto saber mais de uma das jornalistas que mais admiro. Da Pais e Filhos à Xis, passando pelo I e por outras publicações, creia que gosto sobremaneira da sua abordagem à vida.Também posso confessar-lhe que votei em si nas Europeias e que tenho uma enorme admiração pelo Rui Marques. Assim acontece desde o seu envolvimento na defesa da liberdade e humanismo para Timor Leste.