Sophia numa versão 'rapariga de bronze', de queixo levantado a olhar sobre a cidade, com rio ao fundo, esculpida pelas mãos do mestre António Duarte. Eis a homenagem que a CML presta à escritora no dia dos cinco anos da sua morte.
Há precisamente cinco anos este lugar estava cheio de gente a despedir-se de Sophia. Hoje o Largo da Igreja da Graça foi baptizado com o nome de Sophia e foi ali colocado o seu busto de bronze e um poema que escreveu sobre Lisboa. O poema ficou inscrito numa parede muito bonita e cinematográfica.
Os filhos de Sophia estiveram todos presentes. São cinco e estiveram ao lado do Miguel enquanto ele leu o poema da mãe, de costas para o Miradouro da Graça. Conhecendo a luz e a poesia de Sophia não podia haver melhor lugar para ela.
Ela para mim é a poetisa, a musa, aquela que eu descobri quando tinha sete anos e que desde então passou a ser a minha escritora predilecta, até hoje e até à ‘eternidade’. Uma homenagem mais do que merecida a uma mulher que tão cedo (ou mesmo nunca) se repetirá. Como escreveu Clara Ferreira Alves exactamente há uma década no Expresso: “É preciso que ela esteja por dentro dos livros lidos em todas as escolas, aprendida e amada pelos portugueses que aí vêem como nós a aprendemos e amámos, soletrando-a interminavelmente…” Também acho que lhe “devemos uma obra e uma atitude exemplares.” Abraço Laurinda.
Sempre gostei os poemas e contos, também contos infantis da Sophia de Mello Breyner Andresen , sempre quando apetecer de ler um poema e contar contos aos meus queridos sobrinhos. Fico feliz do sitio certo para a estátua no lugar muito lindo e agradável A sua obra poética de "O Mar", era um dos conceitos na criação literária . Admiro da autora da maior poeta portuguesa. P/.
O primeiro livro 'a sério' que li foi a 'Fada Oriana'. ( Até então as minhas leituras não tinha ido para além dos livros da Anita...), tinha sete anos... Nunca irei esquecer esta mulher... como gostava de a ter conhecido!
A alma portuguesa tem a sua essência nos nossos poetas, Sophia é um dos seus expoentes máximos. Deve ter sido um privilégio poder privar com ela. A homenagem é justíssima, claro.
De Joana Freudenthal a 3 de Julho de 2009 às 00:43
O Xavier!!! Ando há que tempos para te perguntar por ele! Conheci-o bem em casa dos Castelo-Branco, onde ele passava a vida. Tinhamos 20 anos. Penso que ainda se deve lembrar de mim.
A poetisa fica na poesia sentida, preenchida pela emotividade de viver os momentos, os sentidos, os lugares. "Mar" será sempre um dos seus mais belos lugares de sempre, que cantou como ninguém. O seu texto no i é coerente com a forma de estar de Sophia. Carlos.