Segunda-feira, 27 de Abril de 2009
Sophia nos 35 anos do 25 de Abril e sempre
Revejo Sophia no documentário que passou na RTP2 para celebrar
os 35 anos do 25 de Abril e volto a ouvir a sua voz. Ouço o que dizem
os outros sobre a sua poesia e a sua vida. Rio com as gargalhadas
que algumas das suas histórias ainda provocam nos filhos e netos,
e recordo um e outro poema citado em alto, de cor, por Manuel Alegre.
É noite e dou comigo a repetir a música e a métrica das suas palavras...
Noite de folha em folha murmurada,
Branca de mil silêncios, negra de astros,
Com desertos de sombra e luar, dança
Imperceptível em gestos quietos
De Augusto Küttner de Magalhães a 27 de Abril de 2009 às 22:36
fico sempre atrapalhado com poesia, por que por várias vezes tentando, não 2bem entendo". Defeito meu. Mas gosto de livros, de contos de Sophia
E são os "gestos quietos" que mais murmuram.
Que intensamente estremecem.
Um abraço.
De Augusto Küttner de Magalhães a 28 de Abril de 2009 às 00:07
Para lá das celebrações “obrigatórias” do 25. abril, ficam estas “coisas” em paralelo, que porventura terão mais força do que os formalismos do dia! Talvez seja uma boa altura de os jovens, conseguirem entrar voluntarimente na politica, sem ser em continuidade de pensamentos do “dejá vu”! democraticamente, serão os novos, os não continuados, que vão ter que se interessar pela politica. como em democracia hà espaço, a Laurinda já percebeu isso, e avançou. Os novos, não vão querer que quem está no poder, no contra poder, na politica, saia, para outros entrarem. Não é necessário ser à força, mas com uma dinamica! Propria! Diferente! Actual! E nós mais velhos, ficaremos na rectaguarda, para opinar, se quiserem para ajudar. Penso que este momento do pais, das eleições, da Crise, é a altura!!!!!!!!!!!!!!!!!
Também eu a citei nesse dia (http://mouraaveirense.blogspot.com/2009/04/este-dia-sempre.html)...
Confesso que sou uma apaixonada por poesia e adoro os poemas da Sophia. Aproveito uma vez que estamos em época de eleições para deixar uns versos que cada vez se tornam mais actuais e, se me permite, dedico-os à Laurinda:
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen
De Marta Martins a 28 de Abril de 2009 às 11:42
As vozes daqueles que moram dentro do nosso coração apesar de terem partido, fazem-nos tanta falta, não é?
Tenho gravada dentro de mim a voz da minha avó..
Estou sempre a escutá-la.
De
Reflexos a 28 de Abril de 2009 às 19:36
O meu primeiro contacto com a Sophia foi a Fada Oriana, daí sempre que se fala dela eu a imagino uma fada... a Oriana... das palavras...
De José Tomaz de Mello Breyner a 30 de Abril de 2009 às 09:36
Laurinda
Também vi o mesmo documentário e gostei de rever e ver. Desejo-lhe a maior sorte para esta nova caminhada, e vai ver que não é maior que outras que sei já ter feito. Os resultados vão ser uma surpresa para os politicos instalados no sistema e que não gostam de "outsiders".
JTMB
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