Quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009
Tanto sofrimento à nossa volta

Nesta semana de perdas e luto, de dores e saudades, todos os que ficámos tocados pela morte de dois amigos tão queridos e tão próximos nos fizemos perguntas que ficaram sem resposta. Não é natural ver um pai e uma mãe enterrarem os seus filhos. Dizem que a morte de um filho é a única dor que o tempo não cura nem apaga e eu acredito. Não passei por isso graças a Deus mas acredito profundamente que quanto mais tempo passa, mais saudades sentimos. Hoje o dia começa com a missa pelo Bruno e depois o seu enterro. Não tenho palavras para dizer à mãe nem aos que ficam porque também eu as procuro para mim e não as encontro. E eu era apenas uma amiga de agora, deste tempo em que o Bruno esteve no hospital, nem sequer era uma amiga de longa data, mas não era preciso conhecer o Bruno há muitos anos para perceber a sua natureza e a sua fibra. Marcou-me radicalmente e mesmo que eu viva cem anos, o Bruno viverá sempre no meu coração porque é impossível esquecê-lo.

Nesta mesma semana recebi e publiquei aqui a carta dos pais do Pedro, que a Maria Helena mandou num comentário a um post anterior. Queria dizer-lhes que também eles estão muito presentes nas minhas orações. Nas da manhã, na missa pelo Bruno, e nas da noite que hei-de rezar com o meu grupo de oração. 

publicado por Laurinda Alves às 00:47
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De Augusto Küttner de Magalhães a 5 de Fevereiro de 2009 às 14:29
Laurinda, tem tocado e muito bem num tema horrível, e que talvez até por isso não deve ser escamoteado: uns Pais verem morrrer um filho. Tenho tanto, tanto medo disso! Penso que existem umas Organizações de Apoio, para pais nesse desespero, por outros que por isso já passaram, será de ser usado, por quem por certo tanta necessita, para não se sentirem totalmente desamparados, para terem momentos de partilha, com quem pelo mesmo já passou ou está a passar. E ajuda médica e medicamentosa!
De Laurinda Alves a 6 de Fevereiro de 2009 às 10:10
Augusto, existe a Associação A Nossa Âncora, que é uma associação de pais em luto e tem feito um trabalho extraordinário de partilha, acompanhamento e encorajamento de pais que perderam os seus filhos (alguns até por suicídio, circunstância agravante nestas perdas irreparáveis). Acontece qua alguns pais precisam de algum tempo para conseguir dar o passo que os aproxima de uma associação desta natureza. Sei que todos os que conseguem fazê-lo ganham com isso e sentem que encontram ali um grande apoio mas nem sempre é fácil dar esse passo e há que respeitar o tempo interior de cada um. Em todo o caso agradeço ter lembrado e aqui fica o nome da Associação para o caso de alguém precisar. Um abraço para si.
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