Terça-feira, 20 de Janeiro de 2009
Histórias de pânico nos elevadores

 

No post anterior o Pedro comentou as imagens e disse que até

parecia uma festa. E era. Ou melhor, foi uma festa ao fim do dia.

Muitos acabaram por subir os quatro andares a pé e foi a melhor

opção pois o elevador ficou encravado 15m, tempo que pareceu

uma eternidade aos que estavam lá dentro. Já vivi um episódio

quase trágico com alguém que, ao meu lado, teve um ataque de

pânico e claustrofobia e posso garantir que é dramático pois não

há argumentos nem razões que ajudem a atenuar os sintomas...

Foi uma experiência traumática para a 'vítima' e foi difícil assistir

sem conseguir ajudar. Nessas situações as pessoas perdem a

capacidade de ser racionais e não ouvem nada nem ninguém. Eu

própria percebi a armadilha interior que trazem consigo e explode

nestas alturas. Foi um episódio que nunca mais esqueci, confesso. 

 

 

A história de ontem acabou por ser quase divertida por estarmos

todos por ali e por não haver ninguém em sofrimento. Mas mesmo

assim não é agradável ficar preso num elevador. Outra história que

posso contar, essa sim bem mais desagradável, foi a de uma amiga

que ficou 6h presa num elevador daqueles que transportam os carros.

Ela trabalhava numa empresa cujo acesso à garagem se fazia através

de um elevador de carros e numa sexta-feira ao fim do dia, quando as

pessoas já estavam a ir de fim de semana, ficou presa dentro do carro,

dentro do elevador. O telemóvel não tinha rede e durante seis horas que,

essas sim, são uma verdadeira eternidade, ninguém soube do que se

passava. A assistência do elevador não funcionou e ninguém ouviu o

alarme e, por isso, esta minha amiga achou que estava condenada a

passar ali o fim de semana inteiro. Foi uma experiência muito dura e

ela sofreu bastante. Ao fim de 6h foi salva por um acaso: alguém voltou

ao escritório porque se tinha esquecido de alguma coisa e ouviu os seus

gritos e buzinadelas dentro do elevador. Se essa pessoa não tivesse ido

lá nessa noite o mais provável era ela ter passado muito mais horas presa.

O próprio filho não sabia dela nem imaginava onde pudesse estar e ainda

hoje quando penso neste episódio e nos contornos que teve, me assusta

a ideia de alguém ficar muitas horas preso num espaço fechado sem ajudas.

publicado por Laurinda Alves às 11:44
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7 comentários:
De Daisy a 20 de Janeiro de 2009 às 12:50
Olá! vim aqui dizer que recentemente li uns livros seus e adorei, e quando encontrei este blog, e comecei a ler alguns textos, achei espectacular, gosto muito da forma como escreve, também escrevo, mas acho que nao se pode comparar porque ainda nao consegui ir muito longe e publicar um livro é um dos meus "milhares" de objectivos.
Quanto ao texto, acho que a claustrofobia pode-se ultrapassar, nao entendo muito da matéria, mas é tudo psicológico, as pessoas têm que se mentalizar que vão sair dali, porque é o que acontece na maioria das vezes. Mas compreendo perfeitamente esse pânico, principalmente no caso da srª que ficou presa durante 6 horas, deve ser horrível... acho que nesse caso, é quase impossível mantermos a calma. É mesmo daquelas coisas que acontecem e serve para nos pôr á prova. =)
*desculpa a invasão
De Augusto Küttner de Magalhães a 20 de Janeiro de 2009 às 15:29
A claustofobia é tratável como qualquer outra "fobia" e se for uma situação muito recorrente, é com a ajuda de psiquiatas ou psicologos, confio mais nos primeiros, que se ultrapassa!
De Su a 21 de Janeiro de 2009 às 23:44
Sim é tratável e com o tempo e a prática as pessoas aprendem a fazer auto-control. Eu Já consigo ter o discernimento de saber quando vou entrar em pânico, principalmente naqueles elevadores de hospital que ficam entupidos de gente. fujo de lá o mais depressa possível... porque sei que se lá ficar é possível que tenha um ataque...
De Augusto Küttner de Magalhães a 22 de Janeiro de 2009 às 14:08
É um começo, mas caso tenha mesmo necessidade imperiosa "de ter " que andar em elevadores, um bom psiquiatra - que note-se não são médicos de malucos, e todos temos a nossa pequena "panca"!!!! - ajuda a tratar o problema!!!!
De Celina a 20 de Janeiro de 2009 às 14:07
Sorte a minha que a única experiência destas que tive foi a dormir, tive um pesadelo em que o elevador entrava em queda, a sensação foi horrível mas felizmente acordei antes do impacto :)
Beijos Laurinda e boa semana.
De Su a 21 de Janeiro de 2009 às 23:39
Também já tive um pesadelo assim.. é horrível... Lembro-me que estava eu e as minhas duas colegas de estágio curricular dentro de um elevador que começou em queda livre... nós subíamos as paredes até ao tecto, gritávamos... e depois acordei! Acho que este foi o pior pesadelo que tive!!
De Henriketa a 20 de Janeiro de 2009 às 14:58
Não conhecia o blog, comecei agora na blogoesfera.
Gostei muito. Sobre este artigo apenas partilho que já fiz viagens longas de avião, de comboio, carro...mas não me metam dentro de um autocarro, pois é aceto que assistam a um ataque de pânico. E sou lá eu capaz de explicar este medo irracional!!!
Um abraço

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