Quarta-feira, 7 de Janeiro de 2009
A eternidade revelada na luz da tarde

 

Gosto da luz da tarde plasmada nas paredes ao fim do dia e

gosto da geometria das casas e das coisas que as habitam.

Gosto de escritos manuscritos em cartas e cartões de papel.

Neste Natal quase não recebi presentes e fiquei contente por

isso. Era mesmo o que eu queria. Não preciso de nada e não

há dinheiro para gastar em coisas acessórias. Mesmo assim

tive uma ou duas coisas de que gostei muito, mais um ou dois

livros importantes para ler num tempo de mudança. Um destes

livros trazia um cartão escrito à mão. É de um amigo daqueles

que me acompanham na vida e com quem conto para a minha

velhice. Para a eternidade, quero dizer. A sua ternura e alegria

encantam-me e diverte-me o exagero com que escreve.O cartão

começava com esta frase: "queria oferecer-te o mundo mas não

havia um laço desse tamanho. Assim ofereço-te apenas um livro

com votos de eterna amizade." Eu prefiro a eternidade ao mundo. 

publicado por Laurinda Alves às 17:29
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6 comentários:
De Piquenina a 7 de Janeiro de 2009 às 20:45
Querida Laurinda,

Acho que percebo. Este ano pedi que ao invés de gastarem dinheiro a comprarem-me prendas de aniversário (que é 15 dias antes do Natal), ajudassem a família do meu afilhado a comprar equipamento para ele crescer melhor (uma longa história de uma criança saudável até aos 10 meses de idade, que entra no hospital com uma bronquilite e sai de lá com uma paralisia cerebral e uma bronquiolite obliterante).
Foi o melhor presente de aniversário que tive!

Quanto a essa frase e a este post, comoveu-me, como sempre com o que é simples, sincero e verdadeiro.

Que este tempo doloroso seja um tempo que dê frutos.

Bjinhos e as melhoras
Piquenina
De Pequenez existencial a 7 de Janeiro de 2009 às 21:18
Gostei bastante deste texto. Transmite um pedaço de ar puro, uma eternidade sem explicação.

Sem dúvida virei aqui mais vezes

(se puder passe pelo meu recém-construído blog)
De sissia a 7 de Janeiro de 2009 às 23:34
Olá LAurinda,
fico a pensar que este seu blogue é um espaço virtual de paz...estas últimas mensagens são pequenos momentos de paz, sem dúvida...enquanto nos demoramos a ler ...parece que o mundo é perfeito!
Bj
De Ana a 8 de Janeiro de 2009 às 09:55

Adoro receber cartas e postais, infelizmente cada vez menos isso acontece.

Neste Natal, a minha filha de 7 anos, escreveu-me um cartão que ela própria fez...foi tão bom. Além dos desenhos que guardo com carinho, tenho agora bilhetes e postais que me vai escrevendo.

Espero que a mãe continue a recuperar rapidamente.
De Vera Baeta Lima a 8 de Janeiro de 2009 às 11:08
Linda frase para um cartão de Natal, porque as palavras, às vezes, são o melhor presente.
As melhoras.
De Augusto Küttner de Magalhães a 8 de Janeiro de 2009 às 14:01
Eu prefiro a eternidade ao mundo!!!!Mas o cartão dizia eterna amizade! Porque só escolheu, Laurinda, a última frase? a pergunta não tem qualquer outro sentido, como minimamente já me vai conhecendo!
Saltou a amizade eterna? por certo que não!

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