Se eu fosse de acreditar em vidas passadas, diria que a minha família era veneziana. Tenho uma predilecção especial por esta cidade e já uma vez escrevi aqui que foi a cidade que visitei mais vezes (e N.Y.) e onde me sinto mais em casa. Curiosamente o meu filho também. Hoje pôs-me numa pen um pequeno fragmento que gravou (muito mal gravado, devo dizer) quando tinha para aí 14 anos.

Achei graça ao presente que me estava a oferecer e perguntei se o podia usar no blog. Já nem me respondeu porque desapareceu no corredor, coisa que interpretei como um sim. Aqui fica, para ouvir com som moderado, já que eles tocam muito alto e muito rápido. 

Na placa que aparece sobre a cabeça do homem do violino lê-se uma palavra mágica: Florian. A magia vem de ser o café-restaurante mais célebre de Veneza e aquele por onde passaram todos os grandes escritores, actores, artistas e famosos do mundo inteiro. É lindo e inspirador.

Hoje o dia começa em Veneza, com violinos e trambolhões da máquina de filmar, que passa a rasar sobre a minha cabeça e só pára no campanário da Praça de São Marcos, onde fiquei de respiração suspensa quando subi pela primeira vez e vi toda a beleza que havia para ver.