Su , também me fez impressão a história. Uma vez dei com um pássaro ferido no chão e a imagem do seu estertor ficou para sempre gravada na minha memória. Que chato ter acontecido isso consigo e, ainda por cima, com esse incontornável sentimento de culpa. A 'boa' notícia é que o pior seria ter atropelado alguém. Já me aconteceu, sem que eu tivesse culpa nenhuma, e posso-lhe garantir que é um verdadeiro trauma. Era uma rapariga que atravessou a estrada disparada e a bem dizer foi ela que se esbarrou no meu carro pois eu já ia a passar. Foi horrível e marcou-me para sempre. Ela partiu uma perna e fez umas nódoas negras mas aquele momento do embate e a imagem dela caída no chão inerte e eu sem perceber se tinha morrido foi um trauma difícil de ultrapassar. Ela tinha 8 anos e ficámos amigas. Os pais viram que eu não tinha tido culpa (e que ainda por cima felizmente ia muito devagar) mas isso não faz com que o choque não fique gravado para sempre. Tudo isto para lhe dizer: coitado do passarinho, sim, mas ainda bem que não foi uma pessoa. Um abraço.
Laurinda, esse foi tb o pensamento que tive passado uns minutos: Ainda bem que não foi uma pessoa!Mas mesmo assim sinto-me mal. Eu tenho pânico de atropelar seja o que for qd vou na estrada (acho que ganhei este trauma nas aulas de condução, por três vezes tive cães a travessarem-se à frente do carro). E esta foi a primeira situação que me aconteceu, tlz por isso me tenha marcado tanto! Imagino o seu sofrimento, pânico quando essa criança se colocou à frente do seu carro, deve ser horrível:( Mas o que importa é q ela ficou bem apesar das mazelas que que a ganhou a si como amiga:) Um beijo