Quarta-feira, 8 de Outubro de 2008
Quando um minuto parece uma eternidade...

 

 

 

Semáforos encarnados e filas de trânsito em todas as ruas são o filme

diário de quem habita e trabalha nas grandes cidades. Lisboa começa

a ser um caos mesmo fora das horas de ponta. Atravessar a cidade de

um lado ao outro pode demorar horas e ser uma fonte de nervos. Para 

vencer este semáforo foram precisos longos minutos. Ficou verde três

vezes antes de eu conseguir passar. Gravei um vídeo que dura apenas

um minuto mas parece uma eternidade. Valeu-me a música e a calma

aparente dos que estavam à minha volta. Ninguém buzinou, que alívio! 

Aqui fica o filme de um longo, interminável exercício de paciência geral.

 

publicado por Laurinda Alves às 14:46
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33 comentários:
De isabel queiroz melo a 8 de Outubro de 2008 às 23:06
Laurinda
Acho que vale a pena voltar a referir os videos que a Joana referiu relativos aos cuidados paliativos :
1/3 - http://www.youtube.com/watch?v=FlWURfcqytg
2/3 - http://www.youtube.com/watch?v=a8hgxGcDG6M&feature=related
3/3 - http://www.youtube.com/watch?v=wdYHp-4nHzA&feature=related
Acabei de os ver e confesso que me tocaram imenso e que de alguma forma me acordaram ... o tempo ocupado de uma forma tão proxima do sagrado; a morte desdramatizada olhada na serenidade ; o poder transformador das relações humanas na situação limite; a morte uma das poucas certezas que temos; a distancia a que estão alguns direitos por demais evidentes!...
Bem-hajam pelo que fazem e pelo que comunicam.
A crescente participação de tantos neste blog e os seus conteúdos reforça a minha confiança nas pessoas e o acreditar que é muito mais profundo o que nos une do que os pormenores que nos possam separar...

De Laurinda Alves a 9 de Outubro de 2008 às 15:06
Isabel, começo por agradecer o facto de sublinhar a importância de ver o que está nos links que a Joana deixou e que vale a pena ser visto por ser tão eloquente e transformador de uma realidade que nos diz muito a todos. Quanto à crescente participação de todos e a este diálogo recente, confesso que me enche de gratidão e alegria pelo contributo extraordinário que me dão a mim. Não sei se conseguirei manter sempre esta proximidade (do diálogo, note) mas enquanto conseguir, mantenho. Sabe muito bem.
De anna^ a 8 de Outubro de 2008 às 23:14
Fascinam-me os seus detalhes das coincidências diárias.
[No carro levo comigo Kenny G(porque me relaxa nessas horas em que a paciência se esgota)].Mas pior do que as filas por vezes intermináveis, são as buzinadelas...isso sim, tira-me do sério.

p.s espero que a reunião tenha corrido bem :)

Uma boa noite.
De Carla Sousa a 9 de Outubro de 2008 às 02:23
A última vez que me aconteceu algo do género também se passou numa fila de trânsito interminável... recorri ao maravilhoso cd do Rodrigo Leão "Portugal, Um Retrato Social " e relembro de atentar para o exterior do carro e sentir-me "quase" num dos documentários de António Barreto. Concluí que Portugal ainda tem um longo caminho a percorrer no que toca a educação civil.

Cumprimentos,
De anna^ a 9 de Outubro de 2008 às 09:47
Concordo no longo caminho a percorrer no que toca a educação civil(aliás já o tinha referido num dos post com que a Laurinda nos brinda diariamente).
E quando a falta de educação se manifesta com várias buzinadelas,só porque paramos para deixar passar um transeunte na passadeira???Aí solto o diabinho que há em mim e demoro longoooos segundos a arrancar.
De Laurinda Alves a 9 de Outubro de 2008 às 15:07
A reunião óptima. As buzinadelas péssimas. :)
De Luis Estácio a 8 de Outubro de 2008 às 23:30
Quantos minutos nos parecem uma eternidade?
Estava-me a lembrar deste inicio de ano lectivo dos meus 4 filhos, do inicio sim, mas onde um minuto parece uma eternidade é quando tivemos que esperar por aquelas notas decisivas, as que fazem repetir um ano, ou aquelas que abrem as portas para um sonho de um filho, neste caso filha.
Tudo se ganha ou perde num minuto....
No mundo de hoje os minutos não contam, não se dá valor ao tempo. Num minuto consigo dizer aos meus filhos quanto gosto deles, e á minha mulher també. Não se podem deperdiçar minutos.
De Laurinda Alves a 9 de Outubro de 2008 às 15:09
Um minuto pode mudar a vida de muita gente para sempre. No bom e no mau sentido. daí não podermos viver distraídos do essencial... abraço extensivo à sua mulher e quatro filhos. Que sorte uma família tão grande!

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