Quinta-feira, 11 de Setembro de 2008
Um Cristo com cara de facínora?

 

 

Estive em Fátima, onde participei numa conferência sobre

Acção Social e a transformação que ela implica no mundo. 

 

 

Depois da conferência não resisti a entrar na nova igreja

monumental, construida no recinto de Fátima. Fui com a

minha mãe. Entrámos pelas portas grandes, majestosas.

 

 

Lá dentro o Cristo na cruz, suspenso sobre o centro do altar.

Tudo como seria de esperar se este Cristo não fosse uma

figura estranha, desproporcionada e quase assustadora.

A minha mãe já O tinha visto mas eu não. Ao meu lado e em

tom reverente, dadas as circunstâncias, disse em voz baixa

mas altamente indignada: Já viste? É muito feio e tem cara

de facínora. Mete medo. Este não é o Cristo que eu conheço!

 

Não pude conter um ataque de riso em plena igreja a olhar

para a 'cara de facínora' daquele Cristo. É medonho, sim e

também eu não reconheço este Cristo. Quem será o autor?

 

publicado por Laurinda Alves às 14:29
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11 comentários:
De jc a 11 de Setembro de 2008 às 15:17
olá laurinda.

tive a mesma reacção quando visitei o novo templo pela primeira vez. não sou crente nem nada que se pareça mas tenho criação católica praticante, ao ponto de ter sido acólito durante uma série de anos.

o ar da reprentação de cristo que a igreja da santíssima trindade apresenta nem sequer é de facínora. tem um ar meio gay, com uma pose de anca de quem está a acabar de fazer um passo de dance music dos anos 70, num qualquer musica da broadway.

a escultura é da autoria da irlandesa catherine green.
De Mafalda Moura Soares a 11 de Setembro de 2008 às 16:34
Foi a irlandesa Catherine Green. Ela refere numa entrevista ( Agencia Ecclesia) que não se trata de um Cristo sofredor, “não é um Cristo de glória, mas de passagem para a Glória”, com influência da arte bizantina.
De Augusto Küttner de Magalhães a 11 de Setembro de 2008 às 16:47
Interessante como em alguns locais feitos por pessoas de prestígio se conseguem fazer "coisas" tão mnos bonitas. Não me refiro ao caso concreto que a Laurinda sublinha, mas a tantos outros, onde parece que quem o faz não vai querer que os seus concidadãos usufruam com gosto do que fez....e temos tantos exemplos, por este país fora e aqui no Porto!!!!!!!!!
De ruben a 11 de Setembro de 2008 às 17:22
é para evitar confusões e situações destas que os nossos irmãos muçulmanos não O representam de nenhuma forma. no universo deles, Cristo é o que de mais belo a nossa mente nos pode informar. ali não há margem para polémicas quando o que é evidente nos é disponibilizado. talvez nisso eles saibam o que é melhor, do que nós.
De Anónimo a 11 de Setembro de 2008 às 18:17
Tem toda a razão Laurinda.
Quando , no verão, lá passei tb achei que aquele Cristo não era o meu.
Tem olhos esbugalhados e feios.
Continuo a lê-la atentamente.
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Tem toda a razão Laurinda. <BR>Quando , no verão, lá passei tb achei que aquele Cristo não era o meu. <BR>Tem olhos esbugalhados e feios. <BR>Continuo a lê-la atentamente. <BR class=incorrect name="incorrect" <a>bjs</A> <BR>
De severino a 11 de Setembro de 2008 às 18:57
É triste sim. Sobretudo porque a obra dos artistas reflete-lhes a alma.
De Ana Paulo Santos a 11 de Setembro de 2008 às 19:28
Olá, querida Laurinda. Desculpe tratá-la assim com tanta intimidade, mas já faz parte do meu dia-a-dia e por isso considere como um carinho especial que nutro por si.

Comento pela primeira vez para lhe falar sobre o Cristo da Igreja da Santíssima Trindade. Realmente, não podemos considerá-lo bonito, mas parece que é propositadamente. É da autoria de uma artista irlandesa, Catherine Green. De acordo com declarações do santuário, este "Não se trata de um Cristo sofredor, não é um Cristo de glória, mas de passagem para a Glória, com influência da arte bizantina".
Há uns meses, numa viagem com a minha paróquia, de Sintra, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais em pormenor a Igreja e os elementos que a constituem, através de um estudo aprofundado do edifício por parte do "nosso" professor Heitor, que dá aulas de Educação Visual. De acordo com a sua experiência, ele garante que a artista fez questão de fazer um Cristo com todas as medidas alteradas, para que parecesse sempre estranho aos nossos olhos. A ideia seria, provavelmente, com a intenção de não nos restringirmos àquela figura, idolatrando-a, mas de que percebessemos que qualquer imagem de Jesus sairia sempre diminuída em relação à Sua pessoa.
São, claro, conceitos com os quais podemos concordar ou não.

Eu, por mim, prefiro o trabalho excelente do artista português Pedro Calapez e a cruz alta de Robert Shad, cujos trabalhos foram tão bem fotografados por Fernando Guerra aqui: http://fernandoguerra.com/calapez/ e http://fernandoguerra.com/cruzalta/

Ups, já me alonguei. As igrejas é um tema que me fascina... ;)

Beijinhos e tudo de bom.
De maria santos a 6 de Agosto de 2010 às 15:51
Como católica praticante em julho de 2010 estive em peregrinação no Santuário de Fátima, e após visitar a Basílica e a Capelinha das Aparições, e ficar maravilhada com tudo que vi, fui conhecer a moderna Igreja da Satíssima Trindade, um primor de arquitetura, que impressiona, no entando, não pude deixar de ver, no centro de toda aquela beleza, um Cristo deformado por uma artista inovadora, mas irresponsável com um templo religioso que recebe pelegrinos do mundo todo. A criadora do monstrengo, com certeza não é espirituosa e muito menos católica, inventou um Cristo dentro da visão que tem, distorcida, da Fé Cristã. O Cristo sofredor que ela quis afastar é o Cristo dos Cristão, que morreu na Cruz pela salvação dos homens. A imagem do Cristo da Glória criada´pela artista é equivocada, porque o Cristo da Glória não usa Cruz, a Glória aconteceu com a ressurreição. Não sei com qual interesse, a artista descaracterizou totalmente a imagem cristã de Jesus Cristo, colocando-lhe um corpo desproporcional aos braços, coxas femininas, rosto com expressão assustadora e um cabelo rídiculo, fez uma mistura de traços que chocam a todos que tem a oportunidade de ver aquela "obra de arte". É uma pena, que uma igreja tão linda, se torne alvo de críticas por causa de uma obra tão feia e mal acabada. Até quando vamos ter que conviver com isso??? Muitos pelegrinos certamente ficam decepcionados em Fátima com aquela visão assustadora, e quem sabe, até deixem de ser católicos ao ver a tolerância da Igreja em mantê-la apoiando assim trabalhos de artistas que desmoralizam a Fé Cristã.

Maria
De Luís Martins a 20 de Agosto de 2010 às 16:18
Pois é. Todas as afirmações nos comentários anteriores que acabo de ler, julgo-as perfeitamente correctas. Em Fátima, as obras construídas, tem disto: O Cristo, que não esculpe o Cristo, que está pendurado na Santíssima Trindade, nada tem a ver com o Cristo que nós os Católicos conhecemos. Na sua pose, mais parece um ginasta num esforço de espaldares ou numa elevação de paralelas, isto porque o volume dos seus ombros, se eleva ao nível do esforço e não cai pelo cansaço - qualquer escultor, ou o mais inqualificável talhador, sabe isto. A sua cara mais se assemelha a um associado Satan. O seu corpo, de facto, leva a prever outras intuições para o futuro próximo, as quais já podem estar em cima do acontecimento. Enfim, tudo isto nos parece ser colocado, mais com o intuito de fazer perder a FÉ, do que para ajudar a conservar-la. Mas as obras estranhas não se ficam por aqui: E que dizer da pintura na parede que se encontra no piso de baixo, junto ás capelas, com a Cruz invertida? Isto não é uma forma de Satan? E as cruzes no chão, muito discretas, à entrada da Igreja da Santíssima Trindade? A quem é permitido pisar as Cruzes? Não é maçonaria pura? Que interesses estarão escondidos em Fátima? Por que se esquivam à revelação do 3º Segredo de Fátima? E quanto ao escultor Tedim, por que razão a Igreja optou por este aprendiz de 20 anos, que fazia apenas trabalhos de empreitada e acabamentos, para a Casa Fanzeres em Braga? Por que razão, com a ajuda do Padre da sua freguesia e amigo do Bispo, se retirou o trabalho ao Mestre Teixeira Fanzeres, um artista de sempre, com escola em Belas Artes? Não é verdade que o Tedim enriqueceu? E quem mais com ele? E por que não revelaram que a pintura, a parte mais difícil pela expressão, da Senhora de Fátima foi realizada pela Casa Fanzeres de Braga? Onde pára a 1ª imagem feita pela Casa Fanzeres e que por ser uma imagem de aspecto simples, isto é, como o artista a imaginava, não foi considerada? Ver curiosidade em: http://www.paroquias.org/noticias.php?n=2032
Há Fátima e Fátima!
De pássaro azul a 1 de Março de 2011 às 14:56
Tem toda a razão este seu comentário!
Sem duvida! Meu pai, trabalhou nessa imagem de Nossa Senhora de Fátima, na Casa Fanzeres em Braga.
Sempre me falava disso com todo o orgulho! E o que foi feito desses nomes que com tanto amor trabalharam?
Enfim... Vale-nos saber que Deus sabe de tudo.
Um abraço
De Luis Martins a 20 de Agosto de 2010 às 16:35
Agradeço a correcção do endereço anterior, cujo comentário acabo de lhe enviar, de luismartins@hotmail.com, para luismartins001@hotmail.com

Luís Martins

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