Fui com o meu filho ao recital de piano que Gabriela Montero, venezuelana, deu esta noite na Gulbenkian. Ele voltou hoje de fora e como o voo se atrasou só conseguimos assistir à segunda parte do concerto. Ficamos com o melhor: os improvisos de uma pianista virtuosa, apaixonada e particularmente dotada para improvisar a partir de notas soltas e músicas mais ou menos populares e conhecidas. Não sei de nenhum outro músico clássico capaz destes improvisos, mas sei que a noite foi uma alegria e cada improviso um poema. Gabriela Montero deu o seu primeiro concerto público aos 5 anos de idade em Caracas e quando completou 8 anos o governo venezuelano atribuiu-lhe uma bolsa para poder estudar nos EUA. Recebeu o seu primeiro prémio aos 12 e interpretou com a Orquestra Sinfónica de Cincinnati o primeiro concerto para piano de Tchaikovsky. Gravou para a EMI Classics um duplo CD com obras de Rachmaninov, Chopin, Liszt, Granados, Ginastera e Scriabine e ainda um disco de improvisações sobre temas clássicos que diz muito sobre este seu dom do improviso que é, afinal, parte substantiva e inspiradora da sua actividade artística. Fiquei na primeira fila, no lugar de uma amiga cirurgiã que estava a operar esta noite, e foi um privilégio e uma beleza ver e ouvir Gabriela Montero tocar e falar. Gostei particularmente da alegria e paixão com que toca.
Genérico Portugueses sem fronteiras from AlvesLaurinda on Vimeo.
Os entrevistados desta noite são a Giselle Bright, que trabalha na City em Londres; o Roger Van Der Poel, bailarino que vive e dança na Haia, Holanda; o Pedro Rosa Mendes, escritor e jornalista que mora em Paris. Isto, note-se, se não tiver havido alterações posteriores ao alinhamento inicial. Gosto da sucessão de episódios justamente por ser possível perceber, semana após semana, a variedade e a qualidade dos entrevistados e a marca portuguesa no mundo. Espero que também gostem!
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