OS SAPATOS DOS OUTROS, OS SEUS PASSOS E CAMINHOS. Olho para estes sapatos com um olhar especial por serem de um filho que cresceu e se fez um homem, com ideias próprias e talentos que não se adivinhavam quando era criança. Agora, que está em vésperas de se estrear como Maestro-estudante, a dirigir pela primeira vez uma Orquestra perante uma plateia pública, num país a Leste, onde a música é o 'caldo' em que nascem, crescem e evoluem grandes músicos, comove-me saber que vai calçar estes sapatos no dia em que usar a primeira casaca da sua vida. Lá estarei, naquela penumbra e naquele silêncio solene que antecedem a música.
O MAIOR PRESENTE DA VIDA? Poder ter os meus pais a morar comigo naquele que é seguramente o último ciclo da vida deles, e podermos todos fazer esta escolha com liberdade e sem aflições. Ou seja, sem ser em estado de emergência, estando eles ainda com saúde e muita autonomia. Não concebo maior dádiva do que esta, e sei que muitos filhos gostariam de poder fazer o mesmo com os seus pais, em vez de os visitarem à pressa na vertigem dos dias ou, pior, de os irem ver ao hospital ou a um lar de onde é impossível não sairmos sempre meio desolados. Confesso que o testemunho que os meus próprios pais deram, quando trouxeram os meus avós para nossa casa, me marcou para o resto da vida. A minha querida-adorada avó Laurinda morreu na sua cama, no seu quarto, em nossa casa, rodeada por toda a família alargada e numerosa. Não consigo imaginar uma morte mais tranquila. Deus queira que este nosso ciclo familiar ainda seja longo e feliz, mas há muitos anos que sonhava com isto. Comove-me a realização deste sonho e se há pais que merecem este suplemento de alegria e ternura, são pais como os meus. E há muitos como eles, felizmente. Amanhã, depois e depois estamos em mudanças. Muito cansativo, mas muito bom.
Nos caminhos da Universidade, em Bolonha, há paredes e muros repletos de anúncios para alugar quartos e apartamentos, mas não só. Oferecem-se mil e um serviços e partilha-se todo o género de informações. Nestas paredes e nestes papéis estão inscritos milhões de contactos, telemóveis e emails. É fascinante, parece uma instalação, uma criação artística. Hoje revi estas polaroids e de repente fiquei com saudades de Bolonha. Mas não apenas da cidade, note-se.
É incrível, mas é verdade. Ou melhor é impensável, mas real. Incrível, porque não parece ter 80 anos; impensável porque nunca pensamos nestas idades e assim como os filhos permanecem eternas crianças para os pais, também os pais a partir de certa altura na vida deixam de ter idade aos olhos dos filhos. Eu, pelo menos, sinto isso. Hoje o meu pai faz 80 anos e celebramos com ele o seu dia e a sua vida. É uma verdadeira felicidade ter os pais vivos, presentes, próximos, disponíveis e autónomos. Dou-me conta do privilégio e gostava de estar à altura de o merecer. A surpresa do fim-de-semana passado foi festejar com a família alargada este aniversário e terem vindo todos os que vivem fora de Portugal. Hoje estamos só os 'da casa', mas a festa não é menor. Neste dia, em que a minha mãe tira finalmente o gesso do braço direito, agradeço aos meus pais o seu testemunho de fidelidade e de amor; a sua infinita capacidade de fazer das fraquezas, forças; a bondade e a paciência para com filhos e netos; a maneira leve e alegre como aliviam pesos e fardos das nossas vidas; a inteligência com que acolhem as ideias dos outros; a luz com que apagam as sombras do mundo; a serenidade com que atravessam a vida e a inteireza com que vivem todos os desafios. A integridade e a generosidade dos meus pais é uma marca profunda, indelével. A melhor herança que nós, filhos e netos, podemos receber. Obrigada, mãe. Obrigada, pai. Muitos parabéns!
Todos os anos por esta altura a minha família reune-se para passarmos um fim-de-semana juntos. Somos muitos e é sempre uma festa. Este ano foi tudo organizado pelos juniores e entre as surpesas habituais, há uma muito especial. Que bom que é este tempo terno e eterno vivido com a família alargada! Volto em breve. Bom fim-de-semana!
O meu sobrinho Gonçalo faz hoje dois anos, a idade mais gira de todas. Ou melhor, a mais gira dos primeiros anos, porque as outras que se seguem também são fascinantes! Diria que os dois anos marcam um tempo a partir do qual tudo é ainda mais apaixonante na relação, seja entre pais e filhos, avós e netos, tios e sobrinhos e por aí adiante... Tudo por causa da comunicação verbal que se estabelece entre nós e os bebés, claro. Bem sei que há excepções e alguns bebés falam imenso antes dos dois anos, mas seja como for, esta idade é maravilhosa. Muitos parabéns, Gonçalinho querido!
Eis algumas das fotografias das páginas do livro FAMÍLIA da fotógrafa Isabel Pinto. Adoro este livro, que é uma sucessão de fotografias luminosas, vibrantes, divertidas e ternas com mães, pais e filhos, mais os tios os avós e os primos, todas elas tiradas ao longo de anos e anos. A minha própria própria fotografia, com o meu filho na fase de não ter os dentes da frente, comove-me e lembra-me mais um tempo muito bem vivido. Feliz Dia da Mãe!
Depois do sucesso que foi a primeira edição do fim-de-semana de actividades em família na Costa Vicentina, a Mariana Sabido decidiu dar sequência a esta sua organização e marcar as datas de 6, 7 e 8 de Maio para um segundo encontro, desta vez já com sol e calor. Tudo o que a Mariana cria tem uma luz especial e um toque muito original e, por isso, este tempo especialmente dedicado às famílias só pode ser um tempo luminoso e inspirador. Recordo que a Mariana fotografa tudo e cada participante tem direito a um CD de fotografias maravilhosas, de cinema. Quem quiser saber mais, clique aqui no blog da Mariana.
P.S.: Como passo a vida a recomendar pessoas, projectos e lugares de que gosto muito, deixo aqui o link para verem uma nova rubrica que tive o prazer de inaugurar ontem na SIC Mulher, onde me pediram para falar de um livro, um restaurante, uma viagem, um filme e uma banda de música:
A Maria tem 2 anos e é o único bebé que mora no Orgal, uma povoação perto de Foz Côa. António, o avô, toma conta da neta de manhã à noite e os dois passam horas de mãos dadas e estão sempre próximos um do outro. António toda a vida trabalhou na terra, mas agora está reformado. A filha anda a trabalhar nas vinhas e deixa a Maria entregue aos cuidados do avô, que diz que a menina é muito sossegada e não dá trabalho nenhum. Durante a tarde inteira ninguém a viu chorar e esteve realmente muito sossegada, cheia de gestos de ternura com o avô. Muito queridos, um e outro.
Boas notícias para mim: depois de um mês de Fevereiro muito intenso e sem fins-de-semana livres para descansar, eis que chego ao fim da primeira semana de Março com a certeza de que só volto a pensar em trabalho depois do Carnaval. Quase nem acredito... Ainda por cima as Zinhas vêem passar estes dias connosco e vamos estar juntos. Adoro as minhas sobrinhas, as suas conversas, as suas perguntas e por vezes os seus disparates. Hoje vão mascaradas para a escola e logo ficamos todos em casa dos avós. Ou seja, vai ser um fim-de-semana em cheio com os meus pais, alguns dos meus irmãos e sobrinhos. Muito bom. É tudo o que me apetece. Bom fim-de-semana e bom Carnaval! Volto em breve.
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