Domingo, dia de família para os privilegiados como nós, os que temos famílias grandes e unidas, capazes de se juntarem por boas causas. Hoje optei por ficar na mesa das crianças, onde as conversas são sempre meio delirantes. No fim desataram todos a fazer desenhos. A Luísa e a Teresa gostam de jogos de palavras, mas o Gonçalo ainda só tem 2 anos e prefere fazer riscos e rabiscos. No jornal da noite da TVI passou uma reportagem aflitiva e muito bem feita sobre as crianças que são devolvidas às instituições pelas famílias de adopção, que as rejeitam. Fiquei impressionada com todos os testemunhos, em especial com o do rapaz de 14 anos que foi devolvido (a expressão é dramática, mas foi usada, e com toda a propriedade, pela jornalista) e uma rapariga da mesma idade que não se quer sujeitar a passar por esse massacre emocional. As psicólogas e educadoras foram muito corajosas e assertivas e só disseram coisas importantes, que nos deixaram a pensar. Confesso que tenho no meu círculo alargado de amigos várias famílias que adoptaram crianças e jovens (alguns deles deficientes, note-se) e tenho aprendido imenso com os seus exemplos. Como felizmente são casos bem sucedidos, não tinha a noção da quantidade de crianças que são rejeitadas pelas famílias de adopção e voltam, desalmadas, para a instituição. Fiquei chocada e dou os parabéns à jornalista e ao cameraman, pela ética e sensibilidade com que trataram o tema, mas também às pessoas que deram a cara por esta causa. Voltando ao início, nós e os nossos filhos somos mesmo uns grandes privilegiados e é bom que tenhamos a noção do privilégio, para nunca nos queixarmos nem passarmos ao lado do essencial.
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